A Memória Capixaba Esquecida (A Gazeta - 02/07/1976)
Curiosidades da história espiritossantense I
José Schiavo
A desfiguração de Vitória é algo triste de se ver. Esta situação no interior do Estado se agrava.
Muito tem se falado ultimamente a respeito da preservação da memória capixaba. Comissões foram criadas para elaborar planos que não chegam a ser executados. Enquanto isso os prédios antigos, que deveriam ser preservados, vão desmoronando ou sendo substituídos por modernos edificios.
A burocracia, o descaso e a lentidão dos órgãos responsáveis acabam contribuindo para esse estado de coisas. Para preservar a memória capixaba é preciso a máxima urgência, pois quanto mais se demora, mais prédios mais livros, mais a nossa história vai se perdendo
Os primitivos habitantes do Espírito Santo foram índios Puris, Aimorés ou Aimborés, Coroa dos e Goitacazes.
Puri ou Pori é um ramo dos Tapuias, e significa gente pequena ou de baixa estatura. Goitacaz é o mesmo que nômade, explica o conceituado tupinólogo Teodoro Sampaio.
Diz referindo-se a eles Pero Magalhães Gandavo em seu Tratado da Terra do Brasil: "Estes Aimorés são mui feros e cruéis, não se pode com palavras encarecer a dureza desta gente". "A língua deles é diferente dos outros índios, ninguém os entende; são eles tão altos e tam largos de corpo que quase parecem gigantes; são mui alvos, não têm parecer dos outros índios da terra nem têm casas nem povoações onde morem, vivem entre os matos como brutos animais; são mui forçosos em estremo, trazem huns arcos mui compridos e grossos conforme a suas forças e as frechas da mesma maneira...
São inimigos de toda gente... Seu mantimento he caça, bichos e carne humana... Nam se pode achar remedio para os destruir, porque não têm. morada certa, nem saem nunca dentre o mato... Todos quantos índios ha no Brasil são seus inimigos e temem-nos muito, porque he gente atreiçoada" (Cap. I°).
Curiosidades da história espiritossantense I
José Schiavo
A desfiguração de Vitória é algo triste de se ver. Esta situação no interior do Estado se agrava.
Muito tem se falado ultimamente a respeito da preservação da memória capixaba. Comissões foram criadas para elaborar planos que não chegam a ser executados. Enquanto isso os prédios antigos, que deveriam ser preservados, vão desmoronando ou sendo substituídos por modernos edificios.
A burocracia, o descaso e a lentidão dos órgãos responsáveis acabam contribuindo para esse estado de coisas. Para preservar a memória capixaba é preciso a máxima urgência, pois quanto mais se demora, mais prédios mais livros, mais a nossa história vai se perdendo
Os primitivos habitantes do Espírito Santo foram índios Puris, Aimorés ou Aimborés, Coroa dos e Goitacazes.
Puri ou Pori é um ramo dos Tapuias, e significa gente pequena ou de baixa estatura. Goitacaz é o mesmo que nômade, explica o conceituado tupinólogo Teodoro Sampaio.
Diz referindo-se a eles Pero Magalhães Gandavo em seu Tratado da Terra do Brasil: "Estes Aimorés são mui feros e cruéis, não se pode com palavras encarecer a dureza desta gente". "A língua deles é diferente dos outros índios, ninguém os entende; são eles tão altos e tam largos de corpo que quase parecem gigantes; são mui alvos, não têm parecer dos outros índios da terra nem têm casas nem povoações onde morem, vivem entre os matos como brutos animais; são mui forçosos em estremo, trazem huns arcos mui compridos e grossos conforme a suas forças e as frechas da mesma maneira...
São inimigos de toda gente... Seu mantimento he caça, bichos e carne humana... Nam se pode achar remedio para os destruir, porque não têm. morada certa, nem saem nunca dentre o mato... Todos quantos índios ha no Brasil são seus inimigos e temem-nos muito, porque he gente atreiçoada" (Cap. I°).
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