Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • ontem
A economista, pesquisadora e professora da FGV, Celina Ramalho, analisou a suspensão das vendas da Ford à China após tarifas de 125% impostas por Pequim. Ela apontou os efeitos da guerra comercial e o avanço da indústria automotiva chinesa no cenário global.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://tinyurl.com/guerra-tarifaria-trump

🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!

Siga o Times Brasil nas redes sociais: @otimesbrasil

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, TCL Channels, Pluto TV, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasil

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00A Ford suspendeu as vendas de SUVs, picapes e carros esportivos para a China.
00:06A suspensão está relacionada às tarifas de 125% que o país asiático impôs aos produtos americanos
00:13em retaliação ao tarifácio de Donald Trump.
00:16A montadora enviou cerca de 5.500 veículos das fábricas nos Estados Unidos para a China no ano passado.
00:23Foi bem menos do que a média de 20 mil por ano na década anterior.
00:27As exportações dos Estados Unidos representam uma fração dos 400 mil carros e caminhões que a Ford vende ao país asiático.
00:36Só que a maioria desses veículos é produzida nas fábricas chinesas, que a empresa opera com parceiros no formato joint venture.
00:44As montadoras americanas vêm perdendo participação na China, o maior mercado de automóveis do mundo,
00:50à medida que as montadoras locais se tornam mais competitivas.
00:54E sobre mais esse desdobramento da guerra comercial, eu converso agora com a economista Celina Ramalho,
01:02pesquisadora e professora na FGV.
01:05Celina, boa noite para você.
01:06Muito obrigado pela sua participação ao vivo aqui com a gente.
01:09Eu queria começar a entrevista contigo a partir exatamente desse ponto,
01:13de que as montadoras chinesas estão ficando mais competitivas.
01:17E isso já está afetando o mercado de outras montadoras pelo mundo ao vender para a China.
01:23E aí, quando o Donald Trump estabelece tarifas a carros importados, de qualquer outro país, inclusive da China,
01:30isso de alguma forma ajuda as montadoras americanas a reagir?
01:36Boa noite, Turci.
01:38Sim, é importante nós observarmos aqui o que é a estrutura industrial automobilística americana
01:48de fato em contratação com a estrutura fabril chinesa.
01:57A estrutura fabril chinesa, ela recebeu investimentos recentes
02:03num formato de benchmark, num formato de cópia e na sequência melhoria dos automóveis.
02:11Então, o investimento tecnológico é para um estágio além de qualidade dos automóveis.
02:19Então, a indústria chinesa veio absolutamente competitiva desde os anos 90
02:25e cumprindo seus estágios de planejamento da expansão dessa indústria.
02:32Então, abrir a guerra comercial, particularmente pelo setor automobilístico,
02:39é um impacto muito grande para a economia americana.
02:45Então, nesse sentido, a Ford já é um exemplo típico do que aconteceria no médio prazo,
02:52como era estimado logo no início da declaração do tarifácio pelo Donald Trump.
03:00Nesse sentido, a Ford já traz uma consequência aí da sua gestão
03:11em relação ao comércio internacional de se posicionar com um mercado que agora é mais forte,
03:20que é o mercado chinês.
03:21Então, deixa de ser competitivo o carro americano com uma tarifa de 150%.
03:31Competitividade nenhuma, quer dizer, não haveria demanda, não haveria uma resposta do consumidor
03:38na economia chinesa em hipótese alguma.
03:42Então, as montadoras vão precisar, sim, rever as suas possibilidades de comércio mundial,
03:52porque agora outros arranjos entre outros países virão a ser dados,
03:57inclusive pelo Brasil, que já recebe novas marcas chinesas.
04:04Então, o impacto dos nomes de marcas chinesas no mercado automobilístico brasileiro
04:17é muito mais forte nesse momento.
04:21Então, ao mesmo tempo que essa política do tarifácio veria uma tentativa interna,
04:30através do protecionismo, de corrigir a necessidade de industrialização ou de reindustrialização,
04:40essa política sai de efeito, não tem efeito, porque existe um mercado maior que a China.
04:52Então, era importante que se olhasse para os parâmetros de todas as possibilidades
04:58da indústria automobilística mundial e que novos acordos fossem feitos progressivamente.
05:06Esse é um tema que eu tenho colocado muito em relação a essas últimas três semanas após o tarifácio.
05:13Ele veio de uma vez por todas.
05:16E agora vem aí um gradualismo para um novo cenário da indústria automobilística mundial,
05:23com o destaque da China como o maior protagonista dessa indústria no mundo.
05:34A gente vê que a indústria automobilística, assim como a indústria da tecnologia,
05:39tem uma cadeia de suprimentos que é global, que é capilarizada por diferentes mercados,
05:44cada mercado produz um insumo, produz um componente,
05:48e você precisa, em algum lugar, juntar aquilo tudo e montar.
05:50O que é que pode acontecer, na sua leitura, com a indústria automobilística americana,
05:57nesse cenário de tarifácio em que muitos desses países que são fornecedores estão sendo sobretaxados?
06:06Sim, com a sobretaxa, o produto importado nos Estados Unidos deixa de ser competitivo.
06:15Então, deve haver uma estrutura produtiva nos Estados Unidos que supere essa impossibilidade de importação agora,
06:30porque assim como a Ford já vê a impossibilidade na China,
06:35a indústria de autopeças vai ver impossibilidades nos Estados Unidos.
06:43Sendo a China a aceleradora de uma proporção maior de produção de automóveis,
06:50o olhar da indústria de autopeças deverá ser para a China.
06:55Então, mais uma vez, os Estados Unidos levam uma situação prejudicial nesse cenário.
07:06Celina Ramalho, economista, pesquisadora e professora na FGV.
07:10Muito obrigado, Celina, pela gentileza da sua entrevista e boa Páscoa para você.
07:16Boa Páscoa, Turce, e a todos. Muito obrigada.
07:19Muito obrigado.

Recomendado