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Marcelo Zeferino, CCO da Prestex, analisou como as tarifas de Trump afetam rotas, cadeias produtivas e decisões de investimento no setor logístico. A incerteza trava a indústria, mas abre oportunidades para empresas flexíveis e ágeis no Brasil.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://tinyurl.com/guerra-tarifaria-trump

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Transcrição
00:00O tarifaço de Donald Trump ameaça desconfigurar todo o comércio internacional
00:05e levar a um rearranjo de rotas e cadeias de fornecedores.
00:09É um enorme desafio para o setor de logística.
00:12Sobre esse assunto, eu converso com o Marcelo Zeferino,
00:15especialista em logística emergencial e CCO da Prestex.
00:20Marcelo, boa tarde para você.
00:21Obrigado pela sua gentileza em participar ao vivo aqui com a gente do Radar.
00:25Queria começar te perguntando se já tem efeito do tarifaço
00:27aparecendo no setor de logística.
00:30Já tem menos movimento, já tem cancelamento.
00:32Como é que está o setor agora?
00:35Olá, Turci. Boa tarde.
00:37Prazer em falar contigo, falar um pouquinho de logística.
00:40Quando dois gigantes da economia se chocam, entram em rota de colisão,
00:44isso acaba afetando todos os setores e todas as empresas que se envolvem com essa economia global.
00:51Só que na prática, de forma efetiva, nós ainda não sentimos a demanda
00:55ou qualquer tipo de movimentação acontecendo.
00:58O que existe é uma incerteza muito grande.
01:00E essa incerteza causada por esse choque, por toda essa briga das últimas semanas,
01:07ela acaba reprimindo qualquer tipo de investimento, qualquer tipo de movimentação na área.
01:12E essa movimentação estagnada e essa paralisação sobre qualquer investimento,
01:18sobre qualquer tipo de avanço em cima da área,
01:21ela estagna toda a cadeia e prorroga qualquer tipo de movimentação planejada.
01:26Então, esse momento é de muita incerteza e é de muita expectativa sobre os próximos passos
01:31até que os preços se estabilizem e que a gente consiga entender o real impacto disso,
01:37tanto na economia quanto, obviamente, no consumo que vai afetar a movimentação da logística.
01:42Quer dizer, você diria que investimentos em logística já estão sendo afetados?
01:46Quem queria investir num galpão novo, investir em máquinas, em sistemas, por exemplo,
01:51está agora aguardando para ver qual vai ser o rumo das coisas?
01:57Já, já.
01:57Isso a gente já percebe, obviamente, que até que se defina algo,
02:01ninguém coloca recursos, ninguém pensa em investir em alguma coisa
02:06sem saber exatamente para que lado isso vai.
02:08Nós já temos clientes, por exemplo, com fábricas no Canadá, no México,
02:14suspendendo produção, obviamente, que são muito mais impactados de forma direta
02:18pela tarifa imposta e isso, num primeiro momento, ainda não afeta.
02:24Mas, obviamente, que ao longo das semanas e ao longo que a cadeia produtiva
02:28sente falta desses componentes e precisa transacionar essas peças,
02:33essas informações do mercado nacional, a gente vai começar, obviamente, a sentir esse impacto.
02:38Especificamente na Prestex, como é que vocês estão?
02:40Vocês estão segurando algum investimento que estivesse previsto, por exemplo?
02:45Nós vivemos um movimento contrário, porque a Prestex,
02:49por trabalhar com logística de alta performance, logística emergencial,
02:52toda alteração de ciclo econômico, de ciclo produtivo,
02:55ela demanda... Isso acaba quebrando o planejamento da indústria.
02:59Então, toda vez que a indústria se planeja para uma escala de produção
03:03a longo prazo e isso é afetado por algum motivo externo,
03:08por algum motivo político, econômico,
03:11isso trava a linha de produção e força com que toda a cadeia produtiva
03:16se adapte de forma rápida a esse cenário.
03:19Essa mudança abrupta sobre produção, sobre componentes,
03:23precisa de uma logística mais ágil, uma logística expressa,
03:27uma logística que consiga acompanhar essa movimentação econômica.
03:30E a Prestex se posiciona justamente nisso.
03:33Então, toda vez que ou a produção aumenta e essa demanda aumenta,
03:38a Prestex está ali como um apoio à produção, principalmente nacional,
03:43para suprir essa demanda.
03:45E quando ela está em recessão, quando esse ciclo está na fase de baixa,
03:49a indústria como um todo não pode segurar estoque,
03:53ela não pode segurar componente,
03:55ela não pode investir recurso em um material que vai ficar obsoleto.
03:59Então, ela trabalha com um estoque mínimo, trabalha com recurso mínimo
04:02e toda vez que alguma oscilação, algum pedido,
04:05algo fora da curva acontece,
04:07ela precisa que essa flexibilidade na entrega,
04:12no fornecimento aconteça e aí que a Prestex se posiciona.
04:16Então, com essa ótica, enquanto uns choram, outros acabam vendendo lenço.
04:21A gente acaba surfando nas duas frentes
04:24e a gente acaba, durante todo o ano,
04:26tendo esse ciclo movimentado na logística.
04:29Quem acaba mais prejudicado é aquela empresa de mais longo prazo,
04:33mais planejada, com transportes e com movimentação mais lenta,
04:37que aí, obviamente, é mais difícil planejar em longo prazo
04:40no momento como esse.
04:42Agora, para o setor de logística como um todo,
04:44como é que funciona um momento como esse?
04:46Porque a gente pode ter um rearranjo dramático aí nas cadeias,
04:50quer dizer, pensando no Brasil.
04:51O Brasil pode passar a vender muito menos para os Estados Unidos,
04:55pode passar a vender mais para a China,
04:57vender mais para outros parceiros.
04:58Enfim, as parcerias podem mudar de peso relativo
05:02no comércio internacional brasileiro.
05:04Como é que o setor de logística tem que reagir a isso?
05:07O que fazer num momento como esse?
05:08Como se preparar para essa reconfiguração?
05:11É, eu costumo dizer que é um tempo de paz que se prepara para a guerra, né?
05:18E, ao longo do tempo, a gente precisa se preparar para momentos como esse.
05:22Ao mesmo tempo em que o mercado externo,
05:24toda transação internacional é afetada
05:26e ela fica num momento de incerteza muito grande,
05:29a produção nacional, ela continua.
05:30O consumo continua.
05:31E toda essa pressão da indústria nacional e das grandes fábricas
05:37que, eventualmente, fora do Brasil,
05:39tem essa incerteza sobre como produzir, como transacionar,
05:42elas acabam migrando esse investimento e esse recurso para o Brasil.
05:46O que vai acontecer?
05:47O fornecedor, que antes era externo,
05:50vai existir uma pressão de toda essa cadeia nacional
05:53para nacionalizar esses fornecedores.
05:56Isso deve começar, ao longo do tempo,
05:59a fomentar um aumento na nossa produção nacional.
06:02Óbvio que é muito menor do que hoje se transaciona no mercado externo.
06:06Porém, é uma oportunidade, sim,
06:08e eu sempre acabo olhando para o lado da oportunidade,
06:11para quem tem flexibilidade de se moldar a um momento como esse
06:15e atender o mercado de forma ágil,
06:17acaba sendo uma oportunidade.
06:18Para a logística, não é diferente.
06:20Nós não vivemos um país em uma situação econômica
06:25que nos permite passar mais do que um, dois anos
06:28planejando a economia e as nossas movimentações da mesma forma.
06:32Você precisa ter flexibilidade.
06:33Isso vem para a logística, isso vem para os momentos de hoje
06:36e não pensem que é a última que vai acontecer.
06:39Assim que isso estabilizar, que os preços se estabilizarem,
06:42ali na frente vão acontecer outras situações como essa
06:45que vai exigir para o empresário mais flexibilidade
06:48e é disso que faz o empresário brasileiro cada vez mais capacitado
06:52e mais pronto para esse tipo de situação.
06:54É a capacidade de se reinventar e de se moldar
06:56a qualquer tipo de situação econômica.
06:58Quem consegue empreender e ser um empresário
07:01minimamente de sucesso no Brasil com todo esse cenário posto,
07:05consegue fazer negócios em qualquer lugar do mundo.
07:07E para o setor de logística, qual o desafio para ser flexível
07:10e conseguir se adaptar rapidamente aqui no Brasil?
07:14Acho que o grande ponto é saber onde alocar os recursos.
07:17Nós vemos durante muitos anos, vendo um modelo logístico tradicional,
07:22com grande alocação de recursos, com previsibilidade de muitos anos.
07:26Isso hoje não se dá da mesma forma.
07:28Como falei anteriormente, os ciclos econômicos são cada vez mais justos
07:33e menos ajustáveis sob o aspecto de rentabilidade e de longo prazo.
07:38Dito isso, dentro da estrutura da logística brasileira,
07:42dentro da estrutura do que cabe ao empresário brasileiro,
07:44é importante olhar para aquilo que se faz muito bem feito,
07:48para aquilo que se consegue fazer de forma rentável ao longo do tempo
07:53e investir nisso.
07:55No nosso caso, por exemplo, nós já investimos em economia circular,
07:59em parcerias estratégicas para dividir um pouco dessa operação logística
08:04em várias mãos,
08:05que é para justamente poder ter mais fôlego
08:08para em eventuais momentos em que a economia não ajude
08:11e a gente não consiga performar da mesma forma,
08:14que a gente consiga se manter estável
08:16e consiga se manter vivos
08:19para que a gente possa,
08:21assim que essa economia dê sinais de uma melhora
08:23ou de um aumento nessa demanda,
08:26a gente possa investir no momento certo
08:28e aí sim galgar os objetivos que a gente espera ao longo prazo.
08:33Marcelo Zeferino, especialista em logística emergencial,
08:37CCO da Prestex.
08:39Marcelo, obrigado pela sua atenção aqui
08:41e bom feriado, boa Páscoa para você.
08:45Obrigado, Turcio. Um abraço.
08:46Um abraço. Valeu.

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