Discurso de Cidadão Henrique Coitinho na Festa da Exposição
Excelentíssimo Senhor, Excelentíssimas Senhoras, Senhores,
Há um dever imperioso que me impulsiona a dizer algumas palavras sobre o assunto que motivou esta reunião. Com orgulho, posso afirmar que vejo representadas, nesta ocasião, todas as classes de nossa sociedade.
Dentre elas, aquela à qual tenho a honra de pertencer, embora mal representada nesta ocasião, devido ao fato de ser, embora de forma imerecida, um dos delegados da Sociedade Central de Imigração. Também, Senhores, o encargo que me foi conferido a pedido de meu nobre amigo, o Sr. Dr. Pacca, de convidar o Excelentíssimo Sr. Presidente da Província para abrir nossa modesta e 1ª Exposição Provincial, me obriga a não permanecer em completo silêncio.
Peço a benevolência de todos que têm a paciência de me ouvir, pois sem esse apoio, não seriam perdoadas as falhas de quem, como eu, não tem experiência nas lides da tribuna e carece de ilustração e inteligência.
Patenteando na Exposição Universal de Berlim alguns produtos desta província, mostrá-los aqui nesta capital, e fundando a Sociedade Provincial de Imigração, estabelecemos alicerces para o grande edifício social que representa a realização das necessidades atuais e o progresso. Este foi o principal objetivo dos que se empenharam neste nobre e glorioso empreendimento.
Nessa ocasião, julgo muito oportuna a oportunidade de saudar, em nome de minha província, aquele que foi o iniciador desta festa do trabalho, aquele que, com vontade de ferro, tanto se dedicou ao que vocês irão presenciar: refiro-me ao muito distinto cavalheiro, o Sr. Dr. J. A. Pinto Pacca.
Estive ocupado todos esses dias, como meus companheiros de trabalho podem atestar, dispondo as coisas de modo a evitar que causassem má impressão. Trabalhei, em muitas ocasiões, até com martelo em punho, pois que bem compreendem o quanto custa um empreendimento como este em nossa terra. Escrevi, a voos de pássaro, algumas reflexões que peço licença para ler, e que foram registradas nos momentos em que roubava ao descanso e aos cuidados que o estado de saúde de minha esposa exigia, felizmente já em melhor situação.
Senhores, é um fato indiscutível, desde que se queira agir com sensatez, que o futuro da província do Espírito Santo depende unicamente de três circunstâncias que devem ser urgentemente atendidas: Imigração, Colonização e Estradas de Ferro. Eis, Senhores, um ponto sobre o qual muito se tem escrito; eis um ponto sobre o qual os governos do Brasil ainda não tomaram medidas eficazes; eis um ponto que bem demonstra o país da mística e do papelório.
Não me alongarei em discutir qual o melhor método a ser adotado para o estabelecimento de uma forte corrente migratória. Não me deterei em apontar os erros cometidos – direi apenas, olhando para os exemplos que estão aí, tão eloquentemente falando: temos errado, e muito, e só por prazer de errar.
Excelentíssimo Senhor, Excelentíssimas Senhoras, Senhores,
Há um dever imperioso que me impulsiona a dizer algumas palavras sobre o assunto que motivou esta reunião. Com orgulho, posso afirmar que vejo representadas, nesta ocasião, todas as classes de nossa sociedade.
Dentre elas, aquela à qual tenho a honra de pertencer, embora mal representada nesta ocasião, devido ao fato de ser, embora de forma imerecida, um dos delegados da Sociedade Central de Imigração. Também, Senhores, o encargo que me foi conferido a pedido de meu nobre amigo, o Sr. Dr. Pacca, de convidar o Excelentíssimo Sr. Presidente da Província para abrir nossa modesta e 1ª Exposição Provincial, me obriga a não permanecer em completo silêncio.
Peço a benevolência de todos que têm a paciência de me ouvir, pois sem esse apoio, não seriam perdoadas as falhas de quem, como eu, não tem experiência nas lides da tribuna e carece de ilustração e inteligência.
Patenteando na Exposição Universal de Berlim alguns produtos desta província, mostrá-los aqui nesta capital, e fundando a Sociedade Provincial de Imigração, estabelecemos alicerces para o grande edifício social que representa a realização das necessidades atuais e o progresso. Este foi o principal objetivo dos que se empenharam neste nobre e glorioso empreendimento.
Nessa ocasião, julgo muito oportuna a oportunidade de saudar, em nome de minha província, aquele que foi o iniciador desta festa do trabalho, aquele que, com vontade de ferro, tanto se dedicou ao que vocês irão presenciar: refiro-me ao muito distinto cavalheiro, o Sr. Dr. J. A. Pinto Pacca.
Estive ocupado todos esses dias, como meus companheiros de trabalho podem atestar, dispondo as coisas de modo a evitar que causassem má impressão. Trabalhei, em muitas ocasiões, até com martelo em punho, pois que bem compreendem o quanto custa um empreendimento como este em nossa terra. Escrevi, a voos de pássaro, algumas reflexões que peço licença para ler, e que foram registradas nos momentos em que roubava ao descanso e aos cuidados que o estado de saúde de minha esposa exigia, felizmente já em melhor situação.
Senhores, é um fato indiscutível, desde que se queira agir com sensatez, que o futuro da província do Espírito Santo depende unicamente de três circunstâncias que devem ser urgentemente atendidas: Imigração, Colonização e Estradas de Ferro. Eis, Senhores, um ponto sobre o qual muito se tem escrito; eis um ponto sobre o qual os governos do Brasil ainda não tomaram medidas eficazes; eis um ponto que bem demonstra o país da mística e do papelório.
Não me alongarei em discutir qual o melhor método a ser adotado para o estabelecimento de uma forte corrente migratória. Não me deterei em apontar os erros cometidos – direi apenas, olhando para os exemplos que estão aí, tão eloquentemente falando: temos errado, e muito, e só por prazer de errar.
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