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DiversãoTranscrição
00:00:00Olá, bom dia. Bom dia. Hoje nós vamos contar a história inspiradora de um grupo de pequenos agricultores da Bahia.
00:00:16Eles criaram uma cooperativa para processar frutas e mandioca. Recuperaram a renda, a dignidade e o orgulho de viver na roça.
00:00:24O sucesso da cooperativa não só mudou a vida de centenas de agricultores, mas também trouxe a possibilidade de a nova geração permanecer no campo.
00:00:35Se a gente vê de uma geração que não tinha tecnologia e a gente conseguiu quebrar essa barreira, hoje eles têm toda a tecnologia disponível.
00:00:41Têm todas as ferramentas, só precisa se esforçar um pouco mais que chega.
00:00:45E veja outros assuntos do programa de hoje.
00:00:48No Rio Grande do Sul, a colheita de soja chega quase na metade da área que foi plantada.
00:00:55E o resultado até agora confirma perdas de 30% na produção gaúcha.
00:01:01No sul do Piauí, a seca continua castigando os pequenos agricultores.
00:01:07No Acre, indígenas e pequenos agricultores sofrem com as cheias dos rios.
00:01:11De Petrolina a Pernambuco vem a resposta para a seguinte questão.
00:01:16Variedades diferentes de manga podem estar em um mesmo pé?
00:01:22No Rio de Janeiro, um composto que foi processado por esse bichinho aqui, um gongolo.
00:01:27Os gaúchos sentem os impactos do clima na produção de soja.
00:01:52As perdas serão maiores do que o previsto.
00:01:55O Miguel Nedel colheu parte dos 750 hectares que plantou com soja em Giruá, no noroeste gaúcho.
00:02:03Aqui a lavoura rendeu bem mais do que ele esperava.
00:02:07A gente talvez imaginava aí 55, 60 sacos, que seria uma boa produtividade para o ano.
00:02:14E por incrível que pareça, está surpreendendo.
00:02:16Estamos atingindo até picos de 70 sacos por hectare.
00:02:19A quase 200 quilômetros de Giruá, em São Borja, na fronteira oeste do estado, fica outra área que ele cultiva soja.
00:02:27Plantou 1.200 hectares e a estiagem prejudicou e muito a produtividade.
00:02:33Só que lá as temperaturas foram mais altas ainda e a estiagem foi muito maior.
00:02:37Então lá a produtividade está muito ruim, muito ruim mesmo.
00:02:40A gente está falando aí de 10 sacos, 15 sacos, 20 sacos por hectare.
00:02:46Com o avanço da colheita, está cada vez mais evidente essa diferença de produtividade entre uma região e outra.
00:02:53Na fronteira oeste, a média varia entre 10 e 20 sacas por hectare.
00:02:58Aqui no noroeste, a média por hectare é de 29 sacas.
00:03:03Mas o curioso é que, por aqui, essa variação ocorre em distâncias menores, dentro do próprio município.
00:03:09Tem diferença de produtividade numa lavoura ao lado da outra.
00:03:14É o que acontece com o seu Heraldo.
00:03:16Ele plantou em Santa Rosa 24 hectares de soja, mas dividiu em áreas diferentes.
00:03:22Olha, esse ano a seca judiou de novo, está bem complicado.
00:03:27Uma área deu 25, daí a outra foi plantada 2, 3 dias depois e já deu 36.
00:03:35Tem tudo a ver com variedade e às vezes pegou uma pancada e chuva mais.
00:03:40Algum lugar pega uma pancada mais, daí ele já produz um pouco mais.
00:03:44Tem bastante a ver com chuva.
00:03:45A estimativa de produção de soja no Rio Grande do Sul baixou de 21 milhões e 600 mil toneladas para 15 milhões de toneladas.
00:03:55Queda de 30% na comparação ao que se esperava na época do plantio.
00:04:01Em relação à safra passada, a queda é de 17%.
00:04:05Que impacto isso vai trazer em relação à questão do preço, a gente seria muito cedo afirmar isso aí.
00:04:13O seu Heraldo está na expectativa de uma elevação nos preços, já que não vendeu a soja antecipada.
00:04:20É, tá, tá depende.
00:04:22Que nem veio a 121 e o comentário era que ia baixar mais.
00:04:26Mas não, agora deu uma virada, tá reagindo.
00:04:29Vamos ver, tomara que suba mais um pouco.
00:04:31O Miguel vendeu antecipado somente 10 sacas por hectare.
00:04:35Se faz muito mais que isso, às vezes o produtor não consegue colher essa quantidade que ele fixou e acaba tendo que pagar até uma multa por isso, né?
00:04:44Ainda falta colher metade da área plantada com soja no Rio Grande do Sul.
00:04:49No Piauí, as perdas provocadas pela estiagem também são enormes.
00:04:53Em algumas regiões, foram mais de 90 dias sem chuva.
00:04:58Falta água pra tudo.
00:04:59Em fartura do Piauí, os reservatórios estão vazios.
00:05:04Dos 12 poços usados para abastecer a população do município, apenas dois ainda têm água.
00:05:11Se dá até capacidade de 300 mil litros de água, nós estamos conseguindo achar 30 mil no máximo.
00:05:16Estourar água.
00:05:16O abastecimento do município também era feito por essa barragem, que hoje está completamente seca.
00:05:23O leito rachado guarda os restos dos peixes que morreram por falta de água no manancial.
00:05:28E pra se ter uma dimensão do problema, é aqui onde nós estamos, na barragem Tanque de Areia, que até ano passado abastecia toda a cidade.
00:05:38Mas sem chuva, ela secou e o problema só aumentou.
00:05:43É na zona rural que a situação é mais grave.
00:05:46Os agricultores perderam tudo.
00:05:48O chão está ressecado e a pouca água que resta não dá nem para atender as necessidades das famílias.
00:05:55Seca total, seca total, perda total, 100%.
00:05:59Eu cheguei a plantar 45 quilos de milho.
00:06:05Ele está nascido mais ou menos numa média de 3 centímetros de altura.
00:06:09E até essa data, sem chuva, sem nada.
00:06:12Nesta época do ano, a dona Constança já deveria estar colhendo milho, feijão e melancia em sua plantação, que fica em Jaicós.
00:06:20Mas as lavouras não foram para frente.
00:06:22A roça mais bonita que aqui no Nordeste tinha era a minha.
00:06:27Mas quando foi o mês de janeiro, quando foi o fevereiro que faltou a chuva, que era o mês na safra, pronto.
00:06:33A gente ganha a safra com a chuva, quando o tombe está penduando, o feijão está florando, é que nós ganhamos a safra.
00:06:39Se não choveu, perdeu tudo.
00:06:41A gente estima que pelo menos 80% da produção esteja perdida.
00:06:45E isso afeta em torno de 2.500 famílias, que dá em torno de 8.700, 9.000 pessoas no município, que é a população rural.
00:06:55E a situação se repete pelo Estado.
00:06:58Outros 128 municípios estão em situação de emergência.
00:07:02A Defesa Civil anunciou que liberará mais recursos para abastecer os moradores desses locais com caminhões pipa.
00:07:09Eu diria que a Operação Carro-Pipa é como você estar com dor de cabeça e tomar um remédio para topar dor de cabeça.
00:07:15Nós temos que encontrar a solução definitiva.
00:07:18Como é isso?
00:07:19Perfuração de poços, onde existem lugares de água potável, água boa, de boa qualidade, onde não existe.
00:07:26Fazer mini barragem ou barragem, para que a população ao longo dos anos não sofra mais com isso.
00:07:31Faz tempo que a gente vem falando dessa seca grave no Piauí.
00:07:36Cíntia Toledo, bom dia.
00:07:37Bom dia, Cíntia.
00:07:39Bom dia, Ellen Nelson.
00:07:40Bom dia para você que está aqui com a gente também.
00:07:42Cíntia, tem alguma chuva prevista para aliviar a situação dos agricultores que a gente viu aí?
00:07:49Olha, finalmente tem uma chuva de 35 milímetros prevista para o município de Fartura, que a gente viu na reportagem.
00:07:57Ainda não é suficiente para recuperar a situação dos açudes, mas ajuda nas plantações.
00:08:03Além do Piauí, Maranhão, Tocantins e parte da Bahia, devem receber um volume considerável de chuva essa semana.
00:08:13É uma notícia boa, especialmente quando a gente lembra que desde o começo do ano, essa região do Mato Piba sofre com períodos longos de estiagem.
00:08:22Olha como ficou seco nos dez primeiros dias de abril.
00:08:27Teve um pouco mais de chuva só em parte do Tocantins e no norte do Maranhão.
00:08:33E como sempre faz muito calor por ali, o pouco de água que tinha no solo evaporou, prejudicando o desenvolvimento das plantas.
00:08:41E enquanto tem gente sofrendo com a seca no Nordeste, no Norte o excesso de chuva preocupa.
00:08:49No Acre, a cheia dos rios acabou com a lavoura de pequenos agricultores.
00:08:53Luiz anda sobre o que restou da plantação de milho na zona rural de Rio Branco.
00:08:58E você começa a produzir, plantar, a planta começa a desenvolver, você fica feliz que vai ter uma colheta boa, um bom lucro.
00:09:06Mas aí vem a enchente e acontece isso aí, né?
00:09:09Ele ainda se recuperava da cheia do ano passado e já teve que enfrentar outra.
00:09:14Aqui tem seis hectares de plantação de milho.
00:09:17Quatro foram afetados pela cheia do rio Acre.
00:09:20A água chegou a passar desses pés, mais de dois metros de altura.
00:09:25O solo ainda está úmido para começar o plantio de uma nova safra.
00:09:30Não pode desistir porque se tu desistir é pior, né?
00:09:32É plantar e se vir o outro é esperar, né?
00:09:35Se vai o rio vai levar ou não, né?
00:09:37Só em Rio Branco, 785 produtores foram afetados pela cheia do rio Acre.
00:09:43A enchente impacta a produção, renda e segurança alimentar desses agricultores.
00:09:48Em todo o estado, mais de 4.500 produtores contabilizam prejuízos.
00:09:52As maiores perdas foram nas produções de banana, mandioca e milho.
00:09:56Segundo o levantamento da Secretaria de Agricultura do Acre, os prejuízos ultrapassam 146 milhões de reais.
00:10:02As perda por enchente foi total. Perda total de tudo que a gente tinha plantado foi perda total.
00:10:08As cheias também impactam as aldeias da terra indígena Catuquina Caxinauá, em Feijó.
00:10:12Eles perderam plantações e criações de animais com o transbordamento do rio Envira.
00:10:17Onde nós moramos é que está sendo afetado agora.
00:10:20E no momento nós pedimos apoio, que todos os anos a gente vem sofrendo com essas alagações aqui na aldeia.
00:10:28A gente perde as nossas produções e a nossa casa fica afetada, destruída com a nossa residência.
00:10:35Cíntia, e o que explica essa chuva toda no Acre?
00:10:38Influência do El Ninho, viu Helen?
00:10:41A água do Oceano Pacífico fica mais quente na altura da América do Sul, o que interfere diretamente no regime de chuva.
00:10:49Foi por isso que mais uma vez o Acre registrou chuva acima da média em fevereiro e em março.
00:10:56E o pior é que abril caminha nessa mesma direção.
00:11:00Para essa semana ainda tem previsão de chuva e mais para o fim do mês os volumes aumentam.
00:11:06Destaque também para chuva em pontos do Pará, que aparece nesse azul mais escuro aqui no mapa.
00:11:13E como é que fica a chuva em outras regiões?
00:11:15Ainda fica bem seco no sertão da Bahia e também no norte de Minas.
00:11:21No restante do país, chuva a partir do meio da semana, principalmente nessa faixa produtora aqui entre Mato Grosso do Sul, norte do Paraná e o meio do estado de São Paulo.
00:11:34Mas não deve atrapalhar a colheita da cana e ainda vai ajudar o milho e o algodão que se desenvolvem no campo.
00:11:41E as temperaturas, Cíntia?
00:11:43Olha, não deve ser uma semana tão quente de maneira geral.
00:11:48Quase não tem já aquelas áreas grandes em vermelho que mostram temperatura acima dos 35 graus.
00:11:55Esse calorão é destaque agora apenas em parte do norte, do nordeste e também em Mato Grosso do Sul.
00:12:02Mas o que predomina no mapa são esses tons de amarelo, laranja, indicando temperatura na casa dos 25, 26 graus.
00:12:11Vamos acompanhando, né? Até a semana que vem.
00:12:13Vamos, até, Cíntia.
00:12:15Bom domingo.
00:12:15Pra vocês também.
00:12:17E tem mais clima em nosso primeiro giro de notícias.
00:12:22No oeste de Santa Catarina, a volta da chuva tem amenizado os impactos da estiagem.
00:12:27Alguns municípios registraram mais de 80 milímetros na última semana.
00:12:30Apesar disso, a região vinha sofrendo com chuvas abaixo da média desde dezembro do ano passado, o que impacta na produção de soja, feijão e principalmente do milho.
00:12:40A Conab estimou a atual safra de grãos do Brasil em 330 milhões e 300 mil toneladas.
00:12:48Resultado próximo do levantamento divulgado em março e 11% acima do da temporada passada.
00:12:55A recuperação é puxada pelo desempenho das lavouras de soja e milho, principais cultivos do país.
00:13:02A safra de laranja de São Paulo e Triângulo Mineiro, principal região produtora, chegou a quase 231 milhões de caixas de 40 quilos.
00:13:1325% a menos que no ciclo anterior.
00:13:17Foi a segunda pior dos últimos 37 anos.
00:13:20O clima seco e quente e a ocorrência de pragas e doenças são as principais causas dessa quebra.
00:13:27No Paraná começou a colheita de café.
00:13:30Desde a florada, em outubro, o clima ajudou e favoreceu o desenvolvimento dos frutos.
00:13:36Com isso, o estado deve colher em torno de 700 mil sacas, 6% a mais que na safra passada.
00:13:44Além da boa produção, o preço também subiu muito este ano.
00:13:48Ano passado a gente vendeu a saca 700, esse ano está na base de mais de 2 mil reais.
00:13:54E a seguir.
00:13:55O Brasil tem muita gente boa, gente que faz o bem, gente que ilumina o caminho de quem precisa estudar, se qualificar, empreender e recomeçar.
00:14:23Na próxima quinta, a TV Globo apresenta o especial LED Luz na Educação.
00:14:29Um programa que premia iniciativas, que promove o acesso a conhecimento e oportunidades que mudam a vida de muitos brasileiros.
00:14:39É depois o BBB.
00:14:40Quem joga a luz na educação também merece brilhar.
00:14:44O novo parque do governo federal está duplicando rodovias, construindo ferrovias, hospitais, portos, aeroportos.
00:14:54São mais de 20 mil obras pelo país.
00:14:56Geralmente eu vou passar aqui com os meus filhos e mostrar que eu estive aqui, teve minha participação.
00:15:02Downy, o amaciante número um do Brasil.
00:15:05Com perfume inconfundível, que dura desde amanhã até o fim do dia.
00:15:11Pra você aproveitar tudo com confiança.
00:15:14Vista-se de perfume Downy o dia todo.
00:15:18Nessa segunda-feira tem café da manhã como eliminado do BBB.
00:15:22É reta finalíssima do jogo, então você não pode perder.
00:15:24É depois do encontro, que espera você.
00:15:26Até lá.
00:15:27Quer saber como sempre ter água de qualidade, economizar na conta e valorizar sua terra?
00:15:44Água da Pedra.
00:15:45Você sonha, nós realizamos.
00:15:48Uma notícia vai pegar todo mundo de surpresa.
00:15:51O que foi?
00:15:52A semana promete.
00:16:12E vale a pena ver de novo?
00:16:18Tieta.
00:16:18De onze a treze de abril, venha dar uma volta ao mundo na Festa das Nações em Paranavaí.
00:16:25Um evento beneficente que une o amor pelas tradições e pelo trabalho voluntário.
00:16:30Com apresentações artísticas e pratos típicos de diversos lugares do mundo.
00:16:38Entrada gratuita.
00:16:41Mais informações lá no site.
00:16:45Ajude sua comunidade com a RPC.
00:16:48Torcedor, você que adora um calendário cheio, aproveita.
00:16:57Depois do meio de semana de Libertadores na tela, é bom já começar o aquecimento pro fim de semana.
00:17:05Vem aí um confronto de gigantes pelo Brasileirão, Grêmio e Flamengo.
00:17:11Hoje, a partir das cinco da tarde, com os preparativos do Hora Pro Jogo.
00:17:18Hora de responder as dúvidas dos nossos telespectadores.
00:17:28A primeira, Helen, é mais do que uma pergunta.
00:17:32O Jorge Marcelo, de Porto Vitória, Paraná, sugere uma reportagem sobre criação de gongolo na produção de composto orgânico.
00:17:42Para começar, você sabe o que é gongolo?
00:17:46O repórter César Daci conta pra gente.
00:17:53Um bichinho que tem muitos nomes populares.
00:17:57O gongolo também é conhecido como fiole de cobra, emboá, gangugi, isso depende da região do país.
00:18:04No meio científico, ele é classificado como um diplópoda.
00:18:08Isso porque o corpo dele é formado por anéis.
00:18:12Em cada anel, a gente tem dois pares de pernas.
00:18:15Então, por isso, dois, né, di, poda é perna.
00:18:19Por isso que, cientificamente, é diplópoda de dois, poda de pé.
00:18:25A bióloga Elisabeth Correia, da Embrapa Agrobiologia de Seropédica, no Rio de Janeiro,
00:18:31estuda o gongolo há mais de 20 anos.
00:18:34E sua pesquisa, antes voltada para entender o comportamento desse bicho na natureza,
00:18:40mudou de rumo como que, por acaso.
00:18:42Era um trabalho mais de observação ecológica, não de dar aí uma funcionalidade tecnológica.
00:18:49A observação trouxe a descoberta de que o gongolo pode ser um importante aliado
00:18:56na produção de um adubo orgânico de excelente qualidade.
00:19:00Assim como o das minhocas, que são especialistas quando o assunto é húmus.
00:19:05A diferença é que os gongolos trituram materiais duros,
00:19:09mais difíceis de se decompor e que as minhocas não dão conta de processar.
00:19:15Como elas são muito molinhas, elas não têm estruturas para quebrar,
00:19:20para triturar um material mais fibroso.
00:19:22Já o gongolo?
00:19:23O gongolo, o aparelho bucal dele é formado por dentes calcificados, né?
00:19:28Apoiado numa musculatura muito robusta.
00:19:31Então, eles têm força para triturar esses materiais fibrosos.
00:19:35Olha, os gongolos fazem tanto sucesso nas aulas e palestras da doutora Elisabeth,
00:19:41que a gente resolveu aqui abrir uma caixinha das perguntas mais frequentes sobre esse assunto.
00:19:48O gongolo é venenoso?
00:19:50Não, não é venenoso.
00:19:52Muitas pessoas podem pensar que ele tem algum grau de veneno,
00:19:56porque para espantar predadores, quando ele se estressa, ele se enrola
00:20:01e libera um líquido na lateral do corpo, que pode ter um odor desagradável
00:20:06e também é capaz de manchar as mãos.
00:20:09Mas é só tinta.
00:20:10Leva aí uns dois, três dias e depois some.
00:20:13O gongolo é parente da minhoca?
00:20:15Não, não é parente da minhoca.
00:20:17São organismos muito diferentes.
00:20:20Quantas pernas o gongolo tem?
00:20:22Conforme ele vai crescendo ao longo da vida, o gongolo vai adicionando anéis
00:20:27e, portanto, cada anel mais quatro pernas.
00:20:30Mas o que a gente sabe, a espécie que já foi contado, que tem mais pernas,
00:20:35era um número mais ou menos perto de 700 pernas.
00:20:39Não é pouca coisa.
00:20:40Não.
00:20:41E coordenar isso tudo também é louvável.
00:20:45Bom, e afinal, o que o gongolo come?
00:20:48O gongolo vai se alimentar de materiais vegetais que já secaram.
00:20:51Então, quando a gente vai montar uma pilha para fazer a compostagem,
00:20:55a gente tem que considerar três tipos de materiais.
00:20:59Num primeiro grupo, estão os materiais fibrosos,
00:21:02como o sabugo e a palha de milho, o bagaço de cana e o papelão.
00:21:08Papelão?
00:21:09Papelão.
00:21:10A gente até descobriu que ele consumia papelão,
00:21:12porque a gente separou para montar um experimento uma caixa de papelão
00:21:15e ele roeu a caixa de papelão.
00:21:17Porque é celulose.
00:21:18É celulose.
00:21:19Então, ele consegue digerir.
00:21:21E aqui?
00:21:22Aqui a gente tem um grupo que a gente chama de intermediário.
00:21:25Nessa categoria, entram as gramas, os capins e a palha da bananeira.
00:21:31Então, são materiais que têm um certo grau de fibra,
00:21:34mas não tanto quanto, por exemplo, o bagaço de cana.
00:21:37E tem mais um grupo ali, né, de alimento?
00:21:39Sim.
00:21:39Esse grupo é o grupo que vai ter a missão de fornecer nutrientes, principalmente nitrogênio.
00:21:45Esse é o grupo das folhas de plantas leguminosas, como a pata de vaca, o sabiá ou sanção do campo e a gliricídia.
00:21:54Como fonte de nitrogênio, até o esterco bovino pode ser utilizado.
00:21:58Eles vão processar naturalmente.
00:22:01Na mistura, é recomendado colocar 40% dos materiais ricos em nitrogênio, 40% do grupo intermediário e 20% dos materiais mais fibrosos.
00:22:13E eles devem ser oferecidos, assim, secos?
00:22:17Sim, sempre secos.
00:22:19Porque se eu colocar material fresco, a tendência é aquecer.
00:22:23A temperatura pode chegar até 70 graus, o que é muito alto e que vai prejudicar o gongolo.
00:22:28Então, ele não fica. Se ele tiver como escapar, ele escapa, senão ele morre.
00:22:31Então, a gente utiliza esses materiais secos, mesmo que depois a gente tenha que adicionar um pouco de água, né, pra reidratar.
00:22:38Olha, o trabalho com as minhocas deu de herança alguns nomes do trabalho com os gongolos, né?
00:22:47Em vez de minhocário, como é que chama aqui?
00:22:50Gongolário.
00:22:51Gongolário. E aí tem o humus de minhoca, que também tem um outro nome, né, que é?
00:22:55Verme composto.
00:22:56Que aqui, no caso dos gongolos, é o gongo composto.
00:23:00O gongo composto, que no final vai ser o cocô do gongolo, pode ser feito em manilha de cimento ou em leira a céu aberto,
00:23:08como essa, que tem proteção de bambu.
00:23:11Essa contenção é, na verdade, pra que o material não escorra, né, a pilha não se desmonte.
00:23:17Não é pra segurar, confinar, digamos assim, o gongolo.
00:23:20Não, até porque a ideia é que eles venham naturalmente, porque ele busca esses acúmulos de matéria orgânica.
00:23:27Nas manilhas de cimento, o manejo é um pouco diferente.
00:23:31Nessa manilha cabem 400 litros de resíduos.
00:23:36E aí tem que colocar quanto de gongolo?
00:23:39A gente coloca, normalmente, meio litro de gongolo pra essa quantidade.
00:23:44O gongolo tem que ser adicionado manualmente, porque a lateral é fechada e os bichos não conseguem ter acesso à parte interna da manilha.
00:23:53Se você não consegue meio litro no primeiro momento, não tem problema.
00:23:57Você coloca o que você tem e, aos poucos, vai adicionando.
00:24:01Qual é o principal ponto de atenção a partir desse momento?
00:24:06O principal e o único ponto de atenção é verificar a umidade.
00:24:10Esse controle da umidade é na base da observação, no olhômetro mesmo.
00:24:18E tem que ser feito toda semana, pra não deixar o material úmido demais, nem seco demais.
00:24:25Após 30 dias do início da compostagem, é importante prestar atenção na parte de baixo da pilha.
00:24:32Porque eles começam a processar do fundo para cima, né?
00:24:37Então vai começar a acumular o composto no fundo da pilha.
00:24:41E se tiver água demais, vai empossar.
00:24:44E aí sim, qualquer matéria orgânica molhada, com muita água, começa a dar mau cheiro.
00:24:49Porque passa a ser um processo sem oxigênio.
00:24:52Então eu pego um pouco do composto já acumulado,
00:24:54e eu devo sentir que tá úmido, mas não pode escorrer água entre os dedos.
00:24:59Esse é o ponto ideal.
00:25:00E quanto que cada gongolo produz de composto?
00:25:04A gente sabe que cada indivíduo é capaz de consumir de resíduos o equivalente ao seu próprio peso em 3 dias.
00:25:11A maior parte vai pra manutenção das suas funções, e uma pequena parte disso vira composto.
00:25:17Uma pilha como essa, né?
00:25:19Após 120 dias, a gente tem 30% de composto.
00:25:24Quer dizer, do que a gente tinha originalmente, 30% vira composto.
00:25:28Vai reduzindo, né?
00:25:29Vai reduzindo.
00:25:30Que é um processo normal em qualquer tipo de compostagem.
00:25:34Aí é peneirar.
00:25:35Peneirar e tá pronto pra usar.
00:25:38Quando a gente vê o material assim, já decomposto,
00:25:42nem dá pra saber o que foi processado por minhoca ou por gongolo.
00:25:47Mas olhando de perto, a diferença se evidencia.
00:25:50De que forma, Beth?
00:25:51Primeiro a textura.
00:25:52O composto de gongolo, ele tem uma estrutura em forma de bolinhas.
00:25:57Isso é muito importante pra drenagem.
00:26:00Então, ele nunca vai encharcar demais.
00:26:03É bem leve, né?
00:26:04Sim, ele é bem leve.
00:26:06Isso facilita muito quando a gente tá trabalhando com bandejas de mudas de hortaliças.
00:26:11Porque pro trabalhador fica menos penoso, já que é mais leve e mais fácil de transportar.
00:26:16Já aqui é o húmus de minhoca, né?
00:26:18Então, no húmus de minhoca, quando a gente aperta, ele compacta muito mais facilmente.
00:26:24Tanto é que quando ele fica muito úmido, ele forma quase que uma lama.
00:26:29E é mais pesado, né?
00:26:30Sim, muito mais pesado.
00:26:31Em termos de nutrientes, tem alguma diferença?
00:26:35Não, eles são muito equivalentes.
00:26:37Olha, aqui a gente não tá fazendo uma comparação pra dizer qual é melhor e qual é pior, né?
00:26:42Cada um tem a sua função.
00:26:44Exatamente.
00:26:45Eu acho que a grande mensagem é como que você pode fazer o uso dos recursos que você tem pra reciclagem,
00:26:53e em vez de jogar fora, de queimar, de poluir algum curso d'água,
00:26:58você usar como um recurso importante na sua propriedade.
00:27:02No caso, como substrato.
00:27:03Use sem moderação.
00:27:05Sim.
00:27:06É isso?
00:27:07Sem moderação.
00:27:08Você viu aí que a compostagem com gongolo demora uns 120 dias pra ficar pronta.
00:27:24A produção do humus de minhoca é mais rápida.
00:27:26Leva em torno de 90 dias.
00:27:29E em seguida, tem mais perguntas e respostas.
00:27:33É possível uma mesma árvore ter duas variedades de manga?
00:27:38A gente vai falar sobre uma doença que é uma das principais causas de morte entre as ovelhas que estão no fim da gestação.
00:27:46Em Goiás, uma feira reuniu o que há de mais moderno em pesquisas, insumos e maquinários para o agro.
00:28:03Dúvida que vem de General Câmara Rio Grande do Sul.
00:28:07A Daniela Martins conta que perdeu uma ovelha do rebanho e desconfia que o animal tenha morrido por toxemia.
00:28:15Ela quer saber mais sobre essa doença.
00:28:18O repórter Rafael Castro traz as informações pra você.
00:28:21Oi Daniela, olha, segundo os especialistas, a toxemia é uma das principais causas de morte entre as ovelhas que estão no fim da gestação.
00:28:33A gente vai conversar com o Sebastião Faria, que é médico veterinário.
00:28:37Explica então pra gente o que essa doença provoca nas ovelhas.
00:28:40Essa doença é causada, na verdade, por uma hipoglicemia, uma queda do nível de açúcar no sangue.
00:28:46É um problema metabólico individual de um animal e por isso a gente precisa ficar atento ao comportamento do rebanho
00:28:53pra identificar animais que manifestem nesse quadro.
00:28:56O animal fica apático, fica triste, não procura comida, se aparta dos outros,
00:29:01pode desenvolver até cegueira por causa dessa lesão cerebral provocada pela falta de glicose, falta de açúcar no sangue.
00:29:08Uma vez instalada, a mortalidade é muito alta, chega a 80, 90%.
00:29:12A toxemia pode acometer tanto ovelhas como cabras.
00:29:17Geralmente ocorre no quinto e último mês de preenche.
00:29:21E é mais frequente em gestações múltiplas, com dois ou mais fetos.
00:29:26Quanto antes você identificar os sintomas no animal doente no rebanho, melhor.
00:29:31O tratamento seria a gente levantar essa glicose,
00:29:34mas o problema é que quando a gente vai atuar, muitas vezes o quadro já está muito avançado.
00:29:39Então o ideal é a gente fazer uma prevenção pela suplementação de energia na dieta.
00:29:45Então além daquilo que a ovelha já comeu até ali,
00:29:48a partir dos quatro meses de preenche, nós vamos suplementar com uma fonte de energia.
00:29:53Pode ser um fubazão, um farelo de milho, uma quirera.
00:29:56E a gente vai adicionar então 400 a 500 gramas de milho na dieta dessa ovelha por dia.
00:30:04Além do que ela já está habituada a comer.
00:30:06Além da dieta reforçada, é possível garantir outras fontes de glicose.
00:30:11Se a gente suspeita que o quadro está se iniciando,
00:30:14ou que há um risco alto dele desenvolver,
00:30:17porque a ovelha tem um problema de casco,
00:30:18então se movimenta pouco, come pouco,
00:30:21nós vamos suplementar esse animal com uma solução oral à base de propileno glicol.
00:30:28A gente vai fornecer pela boca 50 a 60 ml, duas a três vezes por dia,
00:30:34dependendo do quanto esse animal está ingerindo de alimento.
00:30:37A gente dá diretamente na boca do animal para levantar o nível de glicose do sangue.
00:30:42Todo esse cuidado, Daniela,
00:30:44para que a próxima mamãe ovelha aí da sua propriedade fique tão bem quanto essa.
00:30:49Pelo tamanho da barriga aqui, dá para perceber que essa ovelha está preenhe,
00:30:56já está no final da gestação e é um animal saudável, né doutor?
00:31:00Você vê que aqui é um animal que está alerta,
00:31:02está ligado no ambiente em torno dela.
00:31:04Está esperta.
00:31:05Está esperta.
00:31:06Está num estado também corporal bom de reserva de gordura,
00:31:10ela não engordou demais no início da preenhez,
00:31:12e assim ela vai se manter saudável até o parto.
00:31:14Olha, é mais raro, mas a toxemia também pode ser causada pelo excesso de açúcar no sangue,
00:31:22principalmente em fêmeas que estão acima do peso, com muita gordura.
00:31:26Daí a importância de uma dieta equilibrada e do acompanhamento de um especialista.
00:31:32Uma curiosidade no mundo das plantas.
00:31:35O G.I.
00:31:35Wilson Sena, de Santana de Parnaíba, São Paulo,
00:31:38mandou um vídeo para mostrar uma flor diferente que nasceu lá na casa dele.
00:31:43É, pessoal, quem já viu isso?
00:31:45Ah, essa planta, ela fede a carne podre.
00:31:49Hoje ela abriu duas flores, tem mais duas para abrir ali.
00:31:53Olha como que fica de mosca.
00:31:55Olha só que coisa, natureza.
00:31:57Uma flor tão linda e desse jeito, para atrair o inseto.
00:32:03E aí o inseto vem, solta um monte de lágrima.
00:32:06Que coisa, hein?
00:32:10G.I. Wilson, o agrônomo Shukite Kurosawa, consultor do Globural,
00:32:14disse que você tem aí o cacto estrela.
00:32:18Apesar do nome, ele não pertence à família dos cactos, e sim da rosa do deserto.
00:32:22E olha, até parece uma planta carnívora, mas não é.
00:32:26Esse cheiro desagradável é mesmo para atrair os insetos
00:32:30que fazem a polinização das suas flores vistosas.
00:32:34Só não dá para regar muito, viu?
00:32:35Ele gosta de lugares quentes e secos.
00:32:38Agora tem dica de uma cartilha.
00:32:41Hoje, atendendo ao pedido do Maurício, do município de Lontra, Santa Catarina.
00:32:46Ele quer começar uma criação de tilápia.
00:32:50Vamos lá.
00:32:51Aponte a câmera do seu celular para o código que aparece na tela.
00:32:55Você vai ter acesso a essa publicação do SENAR,
00:33:00o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural,
00:33:04sobre produção de tilápia em tanque rede.
00:33:06Tem muita informação.
00:33:08Escolha do local, qualidade da água, ração dos peixes,
00:33:13e também como fazer a despesca e o controle da produção.
00:33:17Esse conteúdo é de graça e fica disponível lá no nosso site,
00:33:21g1.com.br, barra Globo Rural.
00:33:25Será que dá para cultivar duas variedades de manga no mesmo pé?
00:33:29Essa é a pergunta do Luiz Roma, de Boituva, São Paulo.
00:33:34A Bruna Vieira conversou com um especialista em produção de frutas.
00:33:37Oi, Luiz, tudo bem?
00:33:39A gente veio aqui para a Petrolina, em Pernambuco, para esclarecer a sua dúvida.
00:33:43E eu vou contar com a ajuda do agrônomo Pedro Ximenez.
00:33:46Pedro, é possível ter duas variedades de manga no mesmo pé?
00:33:51Sim, é possível.
00:33:53Apenas fazendo a técnica da enxertia.
00:33:55A enxertia é uma técnica bastante comum na produção de frutas.
00:33:59Ela combina partes diferentes de duas plantas para que elas cresçam,
00:34:04como se fossem uma só,
00:34:05aproveitando as melhores características de cada uma.
00:34:09Luiz, você começa escolhendo a parte que vai servir de enxerto.
00:34:13Selecione um ramo de uma planta bem produtiva que você quer multiplicar
00:34:17e tire as folhas.
00:34:21Espere cinco dias e corte o galho, que deve ter em torno de 25 centímetros.
00:34:26Aí é só levar para encaixar no chamado porta-enxerto,
00:34:30esse outro ramo que fica em contato com o solo.
00:34:33Esse enxerto vai ser cortado em formato de V.
00:34:37E na planta que vai receber o enxerto, vai ser o V invertido.
00:34:41Um corte de aproximadamente 3 centímetros,
00:34:45colocando o enxerto dentro do ramo da planta.
00:34:50Passa-se a fita plástica.
00:34:53Essa fita plástica vai fazer com que as camadas fiquem juntas,
00:34:57ela solda, fazendo com que ela brote
00:35:01e o enxerto tenha sucesso no processo de enxertia.
00:35:04Você encontra a fita em casas agrícolas
00:35:07e é importante que ela fique bem amarrada.
00:35:10Envolva o enxerto com papel higiênico
00:35:13e amarre um saquinho plástico.
00:35:17Mantenha a planta irrigada e espere o pegamento.
00:35:20Após 18 dias, quando ele começar a brotar,
00:35:25brotos de aproximadamente 3 centímetros,
00:35:28é retirado esse saco e o papel higiênico.
00:35:30E o enxerto tornou-se um sucesso.
00:35:33Em pomares comerciais, o porta-enxerto não emite galhos nem frutos.
00:35:38Isso não é desejável.
00:35:40A produção fica na parte de cima, no enxerto.
00:35:43Às vezes acontece de sair um ramo, mas ele é logo eliminado.
00:35:47Agora, no quintal de casa Luiz,
00:35:50ter duas variedades de manga na mesma árvore pode até ser vantajoso.
00:35:55Na casa da tia, do doutor Pedro, tem uma mangueira assim,
00:35:59da manga quente e manga adem.
00:36:02Olha a diferença que ficou entre os troncos depois da enxertia.
00:36:06Uma planta com duas variedades,
00:36:08geralmente ela produz em épocas diferentes,
00:36:10porque uma é mais precoce e outra é mais tardia.
00:36:12E assim faz com que a planta tenha mais frutos durante o ano.
00:36:16Se você quer participar do Globo Rural, como Luiz,
00:36:22mande a sua dúvida para o nosso WhatsApp.
00:36:26O número é 11-988-95-5505.
00:36:32Vale enviar mensagem de texto, foto e vídeo.
00:36:36E não deixe de colocar o seu nome e o do seu município.
00:36:39Vamos aos eventos da semana?
00:36:41Dia de Campos sobre Café em Pedra Dourada, Minas Gerais.
00:36:46Feira Agropecuária em Sinop, Mato Grosso.
00:36:49Festival da Ata, também conhecida como Pinha,
00:36:52em Lagoa de São Francisco, Piauí.
00:36:54Em São Paulo, seminário sobre conservação do solo em Campinas.
00:36:59E Feira do Peixe na capital.
00:37:01Goiás sediou essa semana a Tecno Show,
00:37:05uma das maiores feiras agropecuárias do Centro-Oeste.
00:37:08E não faltou novidade naquele parque de exposições.
00:37:12A colheitadeira gigante foi uma das novidades da feira neste ano.
00:37:16A máquina tem um sistema inteligente de câmeras
00:37:19que faz, em tempo real, um diagnóstico da área que vai ser colhida.
00:37:23Como essa máquina está muito automatizada,
00:37:27ela promete entregar muito mais rendimento no mesmo tempo,
00:37:30então mais rendimento em hectares por hora.
00:37:33Por exemplo, ela tem a capacidade de se ajustar à velocidade
00:37:36quando ela vê uma massa maior.
00:37:38Então ela antecipa, você não vai ter aquele impacto de potência no motor
00:37:41e ele vai acabar trazendo também uma redução no consumo de combustível.
00:37:45Já essa plantadeira lança as sementes
00:37:48e ainda faz a adubação do solo ao mesmo tempo.
00:37:51Pela primeira vez, a feira apresentou um simulador de plantio,
00:37:55pulverização, colheita e até o descarregamento dos grãos no caminhão.
00:38:00É um treinamento para operadores
00:38:02sobre como funciona o painel de controle de uma máquina agrícola moderna.
00:38:07Aqui é o momento para ele errar.
00:38:09Aqui ele tem que aprender.
00:38:11E aqui, na verdade, ele aprende antes de ter que fazer.
00:38:14Então, para alguma situação também,
00:38:15que porventura venha a ocorrer lá no campo,
00:38:18ele já treinou no simulador e está preparado para aquela situação na vida real.
00:38:21As novidades foram apresentadas durante a 22ª edição da Tecno Show
00:38:26em Rio Verde, sudoeste de Goiás.
00:38:29Além de maquinário e soluções para o campo,
00:38:31a feira trouxe resultados de pesquisas de insumos e sementes.
00:38:36Esta planta com a flor amarela é a carinata,
00:38:39muito comum na Etiópia.
00:38:41Ela é da mesma família da canola,
00:38:43mas chegou ao Brasil há cerca de dois anos.
00:38:46Isso se adaptou bem ao clima do cerrado.
00:38:48As sementes dela são matéria-prima para a produção de biocombustível de aviação.
00:38:54Ela entregou resultados muito bons.
00:38:57É uma cultura que tem uma demanda hídrica bem baixa
00:38:59quando comparada com outras culturas.
00:39:02E ela teve um resultado de entre 20 e 30 sacos
00:39:06no nosso ambiente de cerrado.
00:39:08Na parte de pecuária, este expositor trouxe touros da raça Guzerá.
00:39:12Os animais foram melhorados geneticamente
00:39:15e podem ajudar a aumentar a produção de carne e leite
00:39:19a partir dos cruzamentos.
00:39:21A gente consegue fazer uma melhora genética
00:39:23se você colocar um touro holandês nas Guzerá.
00:39:26Você vai fazer um grusonel,
00:39:28que vai dar vaca de 40, 50, 60 litros de leite.
00:39:31Depende do manejo.
00:39:32Eu brinco que ele é o coringa das raças.
00:39:34Qualquer orgulho que você coloca ele, ele dá um excelente resultado.
00:39:36Nos cinco dias da feira, a Tecno Show recebeu 150 mil visitantes
00:39:42que puderam ver de perto tecnologias que permitem o avanço do agro
00:39:47e da produção de alimentos.
00:39:50A feira movimentou mais de 10 bilhões de reais nessa edição.
00:39:55E você vai ver já já.
00:39:57Depois de três anos de prejuízos,
00:40:00os produtores independentes de suínos de Santa Catarina
00:40:03comemoram um ano inteiro com resultados positivos.
00:40:07Com o preço do boi gordo em alta,
00:40:09pecuaristas de Goiás já planejam aumentar o número de animais em confinamento.
00:40:25Pecuaristas de Goiás aproveitam o bom momento no mercado do boi
00:40:29para investir na criação.
00:40:30O capim verde é sinal que ainda tem comida para o rebanho.
00:40:35Na fazenda do Fabiano em Anápolis, região central de Goiás,
00:40:39os 1.200 animais da raça Nelore
00:40:41ficam no pasto antes de seguir para o confinamento,
00:40:44onde é feita a fase final de engorda.
00:40:47Mas com a diminuição das chuvas nas últimas semanas,
00:40:50o pecuarista está suplementando a alimentação do gado
00:40:53com farelo de soja, sorgo e caroço de girassol.
00:40:57Aqui a gente trabalha com suplementação com gado
00:41:01para abater ele mais novo,
00:41:04para exportar para a China, Estados Unidos,
00:41:06para tentar pegar um valor melhor da rouba.
00:41:10Nessa outra fazenda em Goiás,
00:41:11em Anápolis, os 1.800 bovinos já entraram no sistema de confinamento.
00:41:16A temporada de engorda leva de 90 a 120 dias
00:41:20e cada animal consome em média 8 quilos de ração
00:41:23e 10 quilos de silagem de milho por dia.
00:41:27Para reduzir os custos, a administração da fazenda
00:41:30investiu em uma fábrica e passou a produzir os alimentos dos animais.
00:41:34Além de economizar com o manejo alimentar do rebanho,
00:41:38os confinadores de Goiás viram o preço da rouba do boi gordo
00:41:41reagindo nos últimos meses.
00:41:43Abril começou com a rouba sendo negociada a 295 reais,
00:41:47quase 50% a mais que no mesmo período do ano passado.
00:41:51Com a melhora do preço,
00:41:53a gente também já está pensando em aumentar
00:41:56em 30, 40% a capacidade dos animais da engorda.
00:42:02Segundo o Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás, o IFAG,
00:42:07uma das justificativas para essa alta nos preços da rouba do boi
00:42:11é a demanda aquecida, tanto no mercado interno quanto no externo.
00:42:15O consumidor está buscando mais a carne bovina
00:42:17e outra questão é o ciclo pecuário,
00:42:20onde nós temos uma menor oferta de animais para abate,
00:42:23principalmente fêmeas, devido ao aumento do preço do bezerro.
00:42:27Então isso também está fortalecendo esse preço.
00:42:29Vamos ver como ficaram os preços do boi essa semana.
00:42:35Em Araguaína, Tocantins,
00:42:38a rouba vista na sexta-feira saiu por 290 reais.
00:42:42Campo Grande, 320.
00:42:44Rancharia São Paulo, 330.
00:42:47A média CPE dos preços do Estado de São Paulo
00:42:49fechou em 324 reais e 50 centavos,
00:42:54uma pequena queda de 0,3%.
00:42:57Após anos de prejuízo, criadores de suínos estão conseguindo colocar as contas em dia.
00:43:04O sorriso no rosto do Edilson tem um motivo.
00:43:08Enfim, a produção independente de suínos voltou a dar lucro.
00:43:12Com certeza isso já nos anima bastante, que dá para a gente continuar.
00:43:17Ele cria suínos em São Ludigero, no sul de Santa Catarina.
00:43:20Tem um plantel de 1.800 animais.
00:43:23O Edilson é criador independente.
00:43:26Não é ligado a nenhuma cooperativa e nem a frigorífico.
00:43:29Ele define para quem vai vender os animais.
00:43:32Nos últimos anos, chegou a diminuir em 30% a produção
00:43:36por conta dos prejuízos acumulados entre 2021 e 2023.
00:43:41Teve uma época de 2023 aí, passando de 300 reais por animal de 100 quilos de prejuízo, né?
00:43:47Então, foi muito desconfortável isso.
00:43:50Um momento difícil que afetou os 12 mil produtores independentes de suínos de Santa Catarina.
00:43:57O Júnior é de Braço do Norte, também no sul do estado.
00:44:00Ele chegou a acumular quase 3 milhões de reais de prejuízo.
00:44:05Pensou até em desistir da produção.
00:44:06A gente viu muitos colegas fecharem as portas porque a gente não via viabilidade do negócio, né?
00:44:12Então, a gente teve que pegar financiamento em banco,
00:44:17vender algumas coisas que a gente tinha de propriedade de família
00:44:20para estar com as portas abertas.
00:44:22Mas esses números ruins ficaram para trás.
00:44:25No mês passado, o preço médio de venda do animal foi de 775 reais.
00:44:31Já o custo de produção ficou em 665.
00:44:34Números que se repetem desde março do ano passado.
00:44:40Mesmo com o bom resultado dos últimos meses,
00:44:43os produtores não têm feito grandes investimentos
00:44:46para voltarem ao patamar que tinham antes.
00:44:49O momento por aqui é de colocar a casa em ordem
00:44:52e, principalmente, de pagar as dívidas
00:44:55que foram feitas para manter a produção durante os meses de prejuízo.
00:44:59É o que a gente tem, a gente sabe fazer, é uma empresa implantada, né?
00:45:02Então, dá uma motivação e dá uma esperança, ao menos,
00:45:05que a gente, de repente, vá ter de novo um futuro próspero.
00:45:08Tem tudo para 2025 ser tão bom como foi 2024.
00:45:12É o que a gente espera, né?
00:45:14O aumento nas exportações de carne
00:45:16ajuda a manter esse mercado do suíno aquecido.
00:45:19Veja essa e outras notícias do campo na semana.
00:45:22As exportações de carne de frango do Brasil cresceram muito neste começo de ano.
00:45:28Nesses três primeiros meses, quase 1 milhão e 400 mil toneladas foram embarcadas.
00:45:33Alta de 14% na comparação com o mesmo período de 2024.
00:45:38O aumento foi ainda maior no caso da carne suína.
00:45:41As vendas internacionais chegaram a 337 mil toneladas
00:45:45e movimentaram cerca de 800 milhões de dólares.
00:45:48Crescimento forte também nos embarques de ovos.
00:45:52Entre janeiro e março, o Brasil dobrou a quantidade exportada no primeiro trimestre do ano passado.
00:45:59A alta puxada pelos Estados Unidos,
00:46:01que mais que quadruplicaram suas compras
00:46:03e se tornaram o principal destino dos ovos brasileiros.
00:46:07Com a valorização do produto, as receitas superaram os 17 milhões e 700 mil dólares.
00:46:15No Paraná começou a colheita da segunda safra de feijão.
00:46:19A expectativa inicial era de uma queda de 9%.
00:46:23Mas o tempo seco no período de desenvolvimento e chuva na hora da colheita prejudicaram as lavouras.
00:46:29E a produção deve ser ainda menor que a esperada.
00:46:32Com a entrada da nova safra, o preço do feijão preto começou a cair
00:46:36e está sendo negociado a 151 reais a saca.
00:46:4025% a menos que na mesma época de 2024.
00:46:46Brasília sediou a 21ª edição do acampamento Terra Livre encontro anual de povos indígenas.
00:46:52Dentre as principais reivindicações, a revogação do marco temporal,
00:47:00medida que determina que os povos indígenas só podem habitar terras
00:47:04que ocupavam em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição.
00:47:11Este ano o ato recebeu 6 mil indígenas de 150 etnias de diferentes regiões do país.
00:47:17Durante toda a semana discutiram política, cultura e direitos para os povos originários.
00:47:23A nossa programação está muito pautada, evidentemente, na demarcação,
00:47:27mas também na cobrança de políticas públicas que o governo do Estado brasileiro,
00:47:30que nós provocamos o Estado brasileiro a fazer entregas.
00:47:34Na quinta-feira, uma passeata pela esplanada dos ministérios acabou em confusão.
00:47:40Segundo a polícia, alguns manifestantes derrubaram grades de proteção
00:47:43e avançaram em direção ao Congresso.
00:47:45A articulação dos povos indígenas do Brasil disse que o acesso ao gramado do Congresso
00:47:51foi feito sem violência ou rompimento de barreira
00:47:54e que a manifestação era pacífica.
00:47:58As lideranças indígenas conseguiram audiência com o ministro do Supremo Tribunal Federal,
00:48:04Gilmar Mendes, para tratar da questão do marco temporal.
00:48:09Em Santa Catarina é tempo de maracujá.
00:48:11Faltou suva nessa safra e o preço também não anima os produtores.
00:48:16Na capital catarinense do maracujá, somos recebidos com uma mesa recheada.
00:48:22Tem até variedade diferente da fruta, de casca roxa.
00:48:25E qual que é a principal diferença no sabor?
00:48:27Não é tão ácido quanto esse.
00:48:30Ele serve para suco e serve para saborear somente assim, em natura, né?
00:48:35Mas o foco do seu julho mesmo é produzir o maracujá catarina.
00:48:39No sítio em Araquari, no norte do estado, são 13 hectares de área plantada com a fruta.
00:48:45É uma conformidade tamanho grande e tem bastante pompa.
00:48:50Esse é o maracujá que o mercado hoje aceita, por isso que nós estamos produzindo essa qualidade.
00:48:55De dezembro até agora, 70 toneladas foram colhidas.
00:48:59E mais 20 toneladas serão retiradas das áreas de cultivo até o fim de junho.
00:49:04O problema é que os preços de comercialização estão baixos.
00:49:08O custo de produção de cada quilo de maracujá ficou em R$ 4,50.
00:49:13E o produtor está recebendo só R$ 1,00 a mais na hora da venda.
00:49:17No ano passado, no mesmo período, o quilo estava em R$ 8,50.
00:49:21Se a gente considerar os gastos que a gente teve, esse ano mal está cobrindo, torcendo para que realmente cubra todos os gastos.
00:49:30A Secretaria de Agricultura do município associa o cenário à alta disponibilidade da fruta nesta safra.
00:49:37Até junho serão colhidas 70 mil toneladas de maracujá no estado.
00:49:4155% a mais que no período anterior.
00:49:44E as condições do tempo também estão mexendo com a reta final da colheita.
00:49:49A falta de chuva impactou a qualidade do maracujá que está sendo colhido aqui na propriedade.
00:49:54O último período de estiagem, por exemplo, em março, durou mais de 20 dias.
00:49:59A falta de água não propicia o enchimento ao adequado do fruto.
00:50:02Então a fruta cai antes do período que a gente acha necessário para ela ter um pleno desenvolvimento.
00:50:08Neste outro sítio, também em Araquari, o Arthur está colhendo a primeira safra dele.
00:50:13Decidiu que ia começar a produzir maracujá no ano passado, quando os valores estavam mais atrativos.
00:50:20Mesmo com a redução de preço, ele acredita na cultura.
00:50:23E já decidiu que vai aumentar a área plantada para o ano que vem.
00:50:26A gente tem 1.750 pés hoje plantados.
00:50:29A gente vai plantar 4 mil pés agora este ano para começar a colher em janeiro.
00:50:33Eu espero colher muito mais do que estou colhendo este ano.
00:50:36e espero também o preço bem mais alto que está este ano.
00:50:41Santa Catarina é o terceiro maior produtor de maracujá do país, atrás da Bahia e do Ceará.
00:50:47E daqui a pouco...
00:50:49Você vai conhecer a história de uma cooperativa da região do Baixo Sul da Bahia
00:50:54que ajudou agricultores a melhorar as condições de vida da comunidade.
00:50:58Música
00:50:59Pequenos agricultores do Baixo Sul da Bahia superaram um passado de muitas dificuldades
00:51:16com união e vontade de continuar no campo.
00:51:19Eles formaram uma cooperativa e hoje a produção de frutas e mandioca é garantia de renda e vida digna.
00:51:26Quem conta essa história são os repórteres Bruna Marim e David Faria.
00:51:35Quando a gente chegava na escola, chegava nos amigos que era menino da roça.
00:51:38Ser da roça era feio.
00:51:41Era uma vida assim de viver lá com divinidade, né?
00:51:44Era uma vida que a gente sobrevivia mais assim com muitas pedras pela frente, né?
00:51:52O Adelson, o Benivaldo e o Juscelino têm em comum a infância marcada por dificuldades e poucas perspectivas.
00:52:04Os três são filhos de agricultores e cresceram no município de Presidente Tancredo Neves, no Baixo Sul da Bahia,
00:52:11sem imaginar que poderiam viver da profissão dos pais.
00:52:15Eu não acreditava que era possível viver no campo com dignidade e a minha tendência, eu não queria ficar na zona rural,
00:52:22pelo fato de não ter incentivo na época também, não era uma coisa que, para mim, parecia rentável, não tinha muita pistão para a agricultura.
00:52:29A gente, por não ter energia, a gente não tinha como conservar uma alimentação direitinho,
00:52:33o que a gente conseguia comprar durante a feira era o sábado,
00:52:36aí tinha que ser, né, aquela questão, ou preparar tudo na hora, ou armazenar de qualquer jeito.
00:52:42Aquela geração ali foi uma geração que decidiu que não sairia, mas que ia tentar mudar a história da gente.
00:52:48Se a gente sai, a gente vai continuar a pobreza existindo. Se a gente fica, a gente pode quebrar esse ciclo.
00:52:54Eles ficaram e o ciclo foi quebrado.
00:52:58Eu não tô na praquinha de vez em, na hora em dia de vez em.
00:53:03O começo dessa jornada foi registrado pela jornalista Neide Duarte em 2000,
00:53:09num documentário exibido pela TV Cultura.
00:53:12Aqui já enava a mandioca, a rainha do Brasil, o pão da terra.
00:53:19Um projeto da sociedade civil em parceria com o setor público e a iniciativa privada
00:53:25mudou a vida dos agricultores, que tinham apenas uma casa de farinha na comunidade.
00:53:31A preocupação é organizar a cadeia evolutiva da mandioca, que é uma cadeia na qual todos vinham perdendo.
00:53:39Quem aparece na reportagem é o Adonias de Castro.
00:53:42Na época, ele era agrônomo da CEPLAC, um dos principais centros de pesquisa agronômica da Bahia
00:53:48e diretor do Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul do Estado.
00:53:55E acompanhou de perto a criação da cooperativa.
00:53:57O Taquilo Neves era um município cheio de carências com a atividade da mandioca
00:54:06caracterizada pela exploração do trabalho infantil, baixo nível de renda, baixa qualidade de vida,
00:54:12crianças trabalhando com instrumentos cortantes.
00:54:15A renda média das famílias era de menos de um salário mínimo por mês
00:54:20e muitas dependiam de auxílio do governo.
00:54:23Naquele tempo, não havia nenhuma estrutura.
00:54:27E a CUPATAM foi criada na garagem de um dos 30 fundadores,
00:54:31onde funcionou nos primeiros anos.
00:54:34Coisa improvisada.
00:54:37O Adonias conta que o foco era alcançar a juventude,
00:54:40por meio de um projeto chamado Jovem Raiz.
00:54:43O início era um projeto que congregava vários institutos,
00:54:48visando desenvolver uma região através de uma geração de adolescentes talentos.
00:54:55A gente tinha um diagnóstico que 60% dos jovens que estudavam nas escolas municipais
00:55:01recebiam uma educação que de nada contribuía com sua comunidade e com sua família.
00:55:06Havia uma baixa estima desses jovens.
00:55:09E olha só quem estava lá no início de tudo.
00:55:16O Juscelino tinha 15 anos e já surgia como uma das lideranças.
00:55:22Eu costumo dizer que uma cooperativa surge da dor de alguém.
00:55:27Ninguém conforma uma cooperativa porque está tudo legal.
00:55:29A gente não tinha educação de qualidade, não tinha comercialização justa,
00:55:34então a gente começou a organizar um grupo e começou a discutir os problemas da juventude.
00:55:39De lá pra cá ele virou o presidente da cooperativa.
00:55:44O jovem ele tem uma obrigação com o seu sonho e a gente prestou conta ao sonho da gente realizando ele.
00:55:50Então acho que esse é o principal sentimento é de cumprimento com isso.
00:55:55Deu certo?
00:55:55Deu certo, sim.
00:55:56Deu tão certo que a renda média dos cooperados hoje é de mais de 6 mil reais por mês.
00:56:05Com a cooperativa também chegou a educação por meio da casa familiar rural,
00:56:11uma agroindústria para beneficiamento de frutas e de mandioca
00:56:15e assistência técnica para os agricultores.
00:56:20O agricultor não tem tempo de pesquisar, de ler, de buscar informações.
00:56:24A gente precisa chegar com a informação pronta para ele.
00:56:26Então o corpo técnico da cooperativa tem essa função em todos os sentidos,
00:56:31manejo, adubação, controle de pragas e doença,
00:56:34e levar para o produtor, entregar o relatório pronto e ele vai só seguir.
00:56:43Esse é o resultado de tudo que foi construído aqui nos últimos 24 anos.
00:56:48A cooperativa, que começou com apenas 30 associados em uma garagem,
00:56:53hoje conta com 366 agricultores e toda essa estrutura.
00:56:59A organização mudou a vida da comunidade.
00:57:02A primeira unidade de farinha da cooperativa era uma unidade alugada.
00:57:08Hoje a gente tem esse parque industrial.
00:57:09A primeira unidade de beneficiamento de frutas era de baixo de um pé de manga.
00:57:13E hoje nós temos essa estrutura aqui.
00:57:16Quando a gente fala em números, no primeiro ano de faturamento da cooperativa,
00:57:20no ano inteiro ela faturou 45 mil reais.
00:57:22Muito simples.
00:57:23Hoje ela já fatura em torno de 35 milhões de reais ano.
00:57:26Então é uma evolução passo a passo.
00:57:29Hoje são 53 funcionários com carteira assinada,
00:57:33que trabalham entre o administrativo,
00:57:36a loja de produtos agropecuários e a fábrica.
00:57:41É que além de vender mandioca e banana in natura,
00:57:44as principais culturas da região,
00:57:47eles também fazem o beneficiamento dos produtos.
00:57:49E os cooperados ganham uma porcentagem em cima das vendas.
00:57:53Da banana, fabricam o doce.
00:57:57Da mandioca fazem a farinha, a tapioca e o beiju de coco.
00:58:06O sucesso da cooperativa colocou o ponto final
00:58:09naquela que era uma das maiores dificuldades dos agricultores.
00:58:14Comercializar a produção.
00:58:15Tinha duas ou três ou quatro pessoas que comprava e vendia
00:58:19como se fosse uma figura de atravessador.
00:58:22Ele é um ente do mercado,
00:58:24um personagem que está ali,
00:58:26que ele tem que existir.
00:58:28Mas a cooperativa conseguiu regular o mercado
00:58:30para que esse atravessador não seja um oportunista explorador.
00:58:34Então, por mais que exista a figura do atravessador,
00:58:37ele vai estar comprando no preço justo do produtor.
00:58:40Hoje, ela paga, em média, para o agricultor
00:58:43600 reais pela tonelada da raiz
00:58:46e 1 real e 60 centavos pelo quilo da banana.
00:58:55Quando vocês, lá atrás, começaram esse projeto,
00:58:58em algum momento você imaginou que ia se tornar tudo isso?
00:59:02Quando nós iniciamos o contato com a comunidade,
00:59:06nós percebemos que tudo seria possível.
00:59:10Mas não nessa dimensão.
00:59:13Dá orgulho.
00:59:22Quando não está na cooperativa,
00:59:24o Juscelino está com a família na propriedade,
00:59:27que também fica no município.
00:59:30Aqui ele planta mandioca, banana e cacau,
00:59:34numa área de 50 hectares.
00:59:36Aproveita para passar o conhecimento de mais de 20 anos
00:59:40para os três filhos,
00:59:42o Ladson, o Júlio e a pequena Maria Luísa, de 11 anos.
00:59:47Os meninos, normalmente eu criei as condições,
00:59:50dei a primeira área de terra,
00:59:53eles plantaram,
00:59:54e eu dei, assim, o adubo,
00:59:56a gente franqueou, deixou e depois ele devolveu.
00:59:58É como funcionar assim, um empréstimo.
01:00:00A ideia é que a gente vá fazendo essa sucessão devagarzinho.
01:00:03É uma forma de incentivar, sem dar tudo.
01:00:07Eu ajudo ele às vezes,
01:00:10de vez em quando, eu nem vou muito.
01:00:11Seu pai me falou que já tem seu dinheirinho.
01:00:13Antes eu tinha galinha,
01:00:18aí depois foi conseguindo dinheiro com os ovos da galinha,
01:00:23aí depois eu fui lá juntando dinheiro e plantou a roça de banana.
01:00:27Mas o que ela quer mesmo no futuro...
01:00:30Ser veterinária.
01:00:32Já o filho Júlio, aos 18 anos,
01:00:35tem uma área de 5 hectares,
01:00:37onde cultiva banana e mandioca.
01:00:40E já sabe que quer seguir o mesmo caminho do pai.
01:00:44Eu penso em continuar na agricultura.
01:00:47Continuar aqui, eu me espelho muito em meu pai.
01:00:49E pretendo continuar do jeito que eu estou indo.
01:00:52Plantando roças.
01:00:54E assim, daqui pra frente, só melhorar.
01:00:57Tem que aprender muito.
01:00:59Gestão, financeiras, muitas coisas.
01:01:01E você gosta?
01:01:02Gosto demais.
01:01:04Quando a gente faz o que gosta, tem preço, né?
01:01:06No próximo bloco, você vai ver como a assistência técnica e a organização
01:01:14mudaram a vida do Benivaldo e do Adelson.
01:01:17E quando você era novinho, você imaginava construir uma casa como essa?
01:01:20Rapaz, era um sonho, né?
01:01:22A gente não imaginava como, mas era um sonho de ter a própria moradia.
01:01:26E sonho a conquistar muito mais.
01:01:28A assistência técnica e o investimento em genética foram decisivos
01:01:44para melhorar a qualidade das lavouras de mandioca e de banana dos agricultores da Copatã.
01:01:50A organização da cooperativa também deu aos produtores a chance de trabalhar na própria terra.
01:01:58Tinha muito êxodo rural no município, na cidade cooperativa e na casa da família rural.
01:02:06Então, assim, era uma vida sem expectativa nenhuma.
01:02:10A gagueira, acompanhada pela falta de autoestima na infância e a baixa renda da família,
01:02:17não davam ao Benivaldo a esperança de uma vida melhor.
01:02:21A minha tendência, eu não queria ficar na zona rural, pelo fato de não ter incentivo na época também.
01:02:26Não era uma coisa que, para mim, parecia rentável, não tinha muita aptidão para a agricultura.
01:02:32Eu falo, a educação foi o que me mudou.
01:02:35E o ensino de qualidade, né? E as oportunidades também.
01:02:39As oportunidades surgiram quando ele foi estudar na Casa Familiar Rural,
01:02:45a escola construída com a chegada da cooperativa.
01:02:48Foi a melhor decisão da minha vida. Lá eu descobri a minha verdadeira vocação para a agricultura.
01:02:55Então, eu concluí o ensino técnico em 2010 e daí fui conhecer a cooperativa a fundo.
01:03:02Fui fazer duas meses de estágio de extensão rural e aí foi onde eu acabei me apaixonando pela agricultura.
01:03:09Aí, por falta de terra, eu não fui trabalhar para mim na época.
01:03:12Fui trabalhar na Casa Familiar Rural, como líder de campo.
01:03:15Na época, o Benivaldo se tornou cooperado, mas ainda faltava um terreno para poder ter a própria produção.
01:03:25Foi aí que ele foi selecionado para fazer parte de um condomínio rural.
01:03:30Há quase dez anos, ele e mais seis agricultores compraram essa área de 138 hectares da reforma agrária
01:03:38pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário.
01:03:41E foi com o apoio da cooperativa que ele conseguiu realizar o sonho de ter a própria terra.
01:03:47Se eu tenho somente o conhecimento de não ter uma terra como essa para trabalhar para mim,
01:03:50hoje, com certeza, eu estaria vendendo serviço.
01:03:53Ou para o governo como extencionista, ou para a própria cooperativa ou para alguma outra empresa.
01:03:59Funciona assim. De um lado, a cooperativa identifica agricultores que precisam de terra.
01:04:06E eles se tornam cooperados.
01:04:08Do outro, ela encontra proprietários querendo vender terrenos nas proximidades.
01:04:14Coloca todo mundo na mesa porque o pequeno não tem acesso ao grande fazendeiro.
01:04:18A cooperativa implanta no sistema, faz análise no Estado, faz análise federal, vai para análise financeira.
01:04:25A cooperativa aprovou todo mundo, as pessoas recebem a terra com escritura pública e registrada em nome dele.
01:04:33Nos últimos anos, a cooperativa intermediou a criação de quatro condomínios agrícolas na região.
01:04:40A gente cria uma nova fase que é a dignidade.
01:04:42Como uma pessoa que mora na cidade, o que é o mais importante? A casa própria.
01:04:46Todo mundo trabalha na visão de ter a casa própria.
01:04:48Mas para o homem do campo, o que é importante para ele é a terra própria.
01:04:51No condomínio, os agricultores se juntam para fazer as atividades na roça.
01:04:57Plantam banana, mandioca, cuidam da lavoura de abacaxi, adubam a terra.
01:05:06Existe a parceria de ser tudo dividido em meus custos e o resultado também.
01:05:10Então existe a parceria de eu entrar com os insumos e o outro parceiro entrar com a mão de obra.
01:05:16A ajuda, o conhecimento, as amizades, não é aquele negócio de brigas e intrigas, porque não está crescendo, não.
01:05:24É o contrário, sempre essa troca de conhecimento entre ambos os beneficiários.
01:05:31Hoje, por exemplo, é dia de visita do agrônomo da Embrapa neste condomínio agrícola.
01:05:37A relação de parceria da Embrapa com a cooperativa, ela já tem quase 25 anos e ela começou com a cultura da mandioca.
01:05:47Só que com o desenvolvimento da parceria, foram incorporando também algumas proteínas tropicais.
01:05:54Os agricultores aproveitam para tirar dúvidas e também recebem instruções.
01:05:59O corte tem que ser vertical.
01:06:03A produtividade era baixa em função dos produtores não terem conhecimento de tecnologias disponíveis que poderiam ajudar no sistema de produção.
01:06:15A primeira introdução aqui foi de cerca de 120 variedades de mandioca para processamento e 24 variedades de aipim ou macaxeira de mandioca para mesa.
01:06:26A maioria das áreas da região era de pastagem e estava degradada, com o solo muito pobre.
01:06:35O trabalho de assistência técnica também trouxe o conceito de rotação de cultura entre a mandioca e a banana da terra.
01:06:44O produtor cuida bem do plantio de banana, já colheu o primeiro cacho, elimina o bananal.
01:06:53Todo o nutriente que ficou no pseudo caule, nas folhas, volta ao solo, tem essa ciclagem de nutrientes e a matéria orgânica.
01:07:03A mandioca aproveita tudo isso e vem com essa produtividade.
01:07:08O espaçamento também da cidade de Plantio é uma das ferramentas que contribui bastante para essas produtividades mais altas.
01:07:16E não foi só a lavoura de mandioca que foi beneficiada.
01:07:20O Benivaldo viu a produtividade das bananeiras aumentar de 15 toneladas por hectare para 50 toneladas por hectare.
01:07:29Então assim, eu tenho projetado hoje para o crescimento da safra 24 e 25 em torno de 30% de aumento da relação do ano anterior.
01:07:38Esse crescimento se reflete na renda da família e aos poucos ajuda o Benivaldo a comprar tudo o que sempre sonhou.
01:07:46Hoje eu tenho uma renda mais ou menos de 8 a 10 salário mínimo mensal bruto.
01:07:50Então assim, a minha alimentação é de qualidade, ter uma moto, ter três carros, ter uma casa boa, entendeu?
01:08:00Então assim, minha vida hoje eu não tenho o que reclamar.
01:08:02Eu me pergunto, tu trocaria isso aqui?
01:08:04Não trocaria.
01:08:05Porque o que se isso aqui transformou a minha vida e a dúvida é mais, foi de forma, eu costumo dizer, da água por vinho.
01:08:13O seu Cosme e a dona Elizabeth não tinham nem de perto essa fartura na mesa
01:08:19quando o Benivaldo era criança.
01:08:22Naquele tempo, né, naquele tempo passava muita dificuldade antigamente.
01:08:27E aí melhorou muito?
01:08:29Pois graças a Deus.
01:08:30Como que era, dona Elizabeth?
01:08:32Senhora lembra?
01:08:33Hum, pouquinho.
01:08:35Naquele tempo tudo era mais difícil, ao estudo, ao trabalho.
01:08:40Há condições da gente que não tinha o que dar o que ele precisava, mas nós demos tudo.
01:08:44A educação tem tudo na vida, né?
01:08:46Ele tinha um sonho e alcançou, graças a Deus.
01:08:48Quando ele estudava, nos cadernos dele, as capas, só tinha carro na frente.
01:08:53E ele dizia, mais tarde vou comprar um carro.
01:08:54Eu vou comprar um carro.
01:08:56E aí começou, nesse sonho, graças a Deus, realizou.
01:09:02A fome dando lugar à fartura, a precariedade ao conforto e a falta de perspectiva a um futuro cheio de sonhos.
01:09:13Isso também aconteceu com a dona Lucinda e o seu João.
01:09:18Ele entrou na cooperativa lá no início.
01:09:21É um dos 30 fundadores.
01:09:23Era difícil bastante.
01:09:25A gente, para sobreviver, era um sufoco.
01:09:31A gente reunir a cooperativa naquele tempo foi muito difícil, porque as próprias pessoas não queriam aceitar.
01:09:40Depois de muito trabalho, muita luta, a gente conseguiu o suficiente para fundar a cooperativa.
01:09:46Nessas duas décadas, ele viu muita coisa mudar.
01:09:51Internet, televisão e hoje a geladeira, que ninguém nem sabe o que era.
01:09:57Hoje tem tudo.
01:09:58E a gente não pode reclamar, porque a vida do campo melhorou.
01:10:03A gente nunca pensava de chegar àquele ponto que chegou.
01:10:06Hoje todo mundo acredita na cooperativa e o sucesso mundial.
01:10:11Sucesso mundial.
01:10:16Não dá nem para dizer que é um exagero, viu, seu João?
01:10:20No final de 2023, a cooperativa exportou seus produtos pela primeira vez para Portugal.
01:10:27O seu João viu isso tudo acontecer já aposentado.
01:10:31Passou o bastão para o filho Adelson, que hoje é quem cuida dos negócios da família.
01:10:35A questão da aprendizagem, do conhecimento, da garantia da comercialização.
01:10:42A velha casa, onde passou a infância com os pais, está abandonada.
01:10:46Aqui ficaram só as lembranças de um tempo difícil.
01:10:50A gente trabalhava praticamente para manter a casa.
01:10:54Era eu, meu pai, minha mãe e mais quatro irmãos, cinco comigo.
01:10:59Hoje é diferente.
01:11:02Conseguiu construir um lugar melhor para viver com a família no terreno ao lado.
01:11:07Mas era um sonho da gente, né?
01:11:09E sonho você tem que sonhar alto.
01:11:11Porque senão a gente não consegue realizar.
01:11:12E graças a Deus, a gente conseguiu reformar a casa, conseguiu comprar carro de passeio.
01:11:15Hoje a gente já mudou de carro de trabalho, comprou carro maior, comprou moto.
01:11:18Então tudo isso a gente conquistou durante esse período.
01:11:21E sonha conquistar muito mais.
01:11:24O Adelson tem uma área de 31 hectares, onde planta cacau, graviola e principalmente banana da terra e mandioca.
01:11:36Ele cultiva banana durante 18 meses e no ciclo seguinte, substitui pela mandioca por mais 12 meses.
01:11:46Antes da cooperativa, a produtividade da lavoura de mandioca do Adelson era de 9 toneladas por hectare.
01:11:52Com assistência técnica, melhoramento genético das variedades e a rotação de cultura,
01:11:58hoje essa produtividade chega a 40 toneladas por hectare.
01:12:03De primeiro a gente trabalhava na grosseria, sem acompanhamento.
01:12:08Hoje a gente faz a coleta da amostra, faz o análise, vê o que a área está precisando.
01:12:12De acordo com o que está precisando, a gente faz o melhoramento do solo para poder investir na cultura.
01:12:18Colheu a mandioca, você planta a banana, tirou a banana, você planta a mandioca.
01:12:21Você quebra o ciclo de doenças e termina fortalecendo a própria terra.
01:12:27Então tudo isso acarreta em uma boa produtividade.
01:12:35O Adelson, o Benivaldo e o Juscelino são apenas alguns exemplos de agricultores
01:12:42que tiveram a vida diretamente transformada pelo trabalho da cooperativa.
01:12:48Hoje eles são testemunhas de que com organização, acesso à educação e investimento em tecnologia,
01:12:56a vida no campo pode sim ser uma alternativa para a nova geração.
01:13:00Eu sempre falo, a gente nunca deixa de sonhar.
01:13:04A gente vê a cultura do pai da gente, a gente já tem melhorado um pouco e a gente pensa nos nossos filhos.
01:13:09As gerações, cada tempo, elas desenvolvem mais, crescem mais e dão oportunidade para continuar na propriedade.
01:13:16Seu filho hoje tem quatro anos, você acha que o futuro dele vai ser diferente, ele vai querer ficar no campo?
01:13:21O meu desejo é que ele seja alguém na vida e que siga pelo menos um pouco do meu exemplo e que ele seja melhor do que eu.
01:13:28Porque as oportunidades dele vão ser, teoricamente, melhores do que a minha.
01:13:32Hoje os filhos percebem, se meu pai está bem, eu posso viver bem e ele pode ser melhor.
01:13:38Se a gente vem de uma geração que não tinha tecnologia e a gente conseguiu quebrar essa barreira,
01:13:42hoje eles têm toda a tecnologia disponível, têm todas as ferramentas.
01:13:45Só precisa se esforçar um pouco mais que chega.
01:13:51A exportação dos produtos da Copa TAM foi feita em parceria com outras cooperativas do Estado.
01:14:01Eles venderam três toneladas de tapioca e farinha de mandioca para Portugal.
01:14:08Por hoje ficamos por aqui. Sábado que vem, às seis horas, tem a nossa reprise.
01:14:13Bom dia!
01:14:14E domingo, Globo Rural Inédito, às oito e meia da manhã. Uma ótima semana para você!
01:14:21E domingo, Globo Rural Inédito, às oito e meia da manhã.