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As importações da China para o Brasil cresceram 34,9% no primeiro trimestre e ultrapassaram US$ 19 bilhões no total. Arno Gleisner, diretor de comércio exterior analisa como a guerra comercial com os EUA e a disputa por Taiwan impactam o mercado global e criam oportunidades para o Brasil.

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Transcrição
00:00Nesta quarta-feira, a segunda maior economia do mundo sinalizou que só deve aceitar retomar as negociações comerciais com os Estados Unidos
00:07se o governo de Donald Trump atender a uma série de exigências, como o fim de declarações desrespeitosas por parte de membros do gabinete norte-americano
00:17e a disposição de discutir temas sensíveis, como sanções e a questão de Taiwan.
00:23E mesmo em meio à guerra tarifária, as importações da China para o Brasil bateram recorde no primeiro trimestre deste ano,
00:31somando mais de 19 bilhões de dólares, o que representa um crescimento de 34,9%, muita coisa em relação aos valores apurados no mesmo período de 2024.
00:43Vamos entender um pouco melhor do que está acontecendo, conversando agora ao vivo com Arno Gleisner,
00:48que é diretor de Comércio Exterior da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços do Brasil.
00:54Seja muito bem-vindo, Arno. Boa tarde.
00:57Bem-vindo ao Manetários.
00:58Boa tarde, Natália. Boa tarde, Felipe.
01:00Bom, esse número bem relevante que eu trouxe aqui agora, de um aumento de 34, mais de 34% das importações da China,
01:10de produtos da China aqui pelo Brasil, o que a gente pode trazer de contexto?
01:14E há uma relação clara? É o efeito do tarifácio e dessa reorganização geopolítica, Arno?
01:23Sim, nós podemos entender que sim. Porém, em parte, são antecipações.
01:31Antecipações, assim como também ocorreram antecipações da China para os Estados Unidos,
01:36ou importações dos Estados Unidos, também ocorreram antecipações no mercado brasileiro.
01:41Então, esta, possivelmente, é a explicação para esse aumento tão grande e tão inesperado das importações brasileiras.
01:49O contrário do que aconteceu a propósito das exportações.
01:54Certo. Então, é uma questão mesmo de precaução, de se antecipar a possíveis aumentos e até fazer um estoque.
02:03Felipe, sua pergunta.
02:04Arno, boa tarde.
02:06Como vai?
02:07Boa tarde, Felipe.
02:07Esse número, realmente, muito expressivo, que é essas antecipações, como o senhor até falou.
02:13Mas, no segundo semestre, aliás, no segundo trimestre, o que a gente pode ter é, talvez, devido às tarifas,
02:18também um crescimento dessas importações da China, ou pelo menos a manutenção desse número alto.
02:23Sim, porque a China...
02:26Sim, justamente porque o Brasil vai acabar recebendo parte desses produtos que não vão para outros lugares,
02:31principalmente para os Estados Unidos.
02:32É, se espera que a China procure, os fornecedores chineses procurem outros mercados, e o Brasil é um deles.
02:43Porém, não é tão rápida uma substituição desse tipo, uma substituição de fornecedores brasileiros e de outros países
02:54por fornecedores chineses, embora eles venham com preços realmente muito competitivos.
03:00Isso é verdade.
03:03Certo.
03:04E, Arno, bom, seguindo aqui, a China sinalizou que só vai retomar as negociações comerciais com os Estados Unidos
03:09a partir de certas condições que eles estão colocando a partir de agora.
03:14Como o senhor vê essa postura da China e quais são as implicações para as relações comerciais,
03:19pensando no mundo mesmo como um todo?
03:22Bem, há algumas declarações que são declarações para os seus mercados internos e declarações de nível de natureza política,
03:33e não propriamente comercial.
03:35E há algumas indicações de outra natureza.
03:37Por exemplo, o próprio recuo do governo americano em relação a alguns países
03:43e a troca do principal negociador chinês com experiência em negociações com os Estados Unidos
03:52já são indicações de que, pelo menos, conversas ocorrerão.
03:58Se os resultados serão positivos, isso temos que esperar para saber.
04:03Certo. Felipe, mais uma sua.
04:04Senhor Arno, como é que o senhor viu a questão da China dizendo que, além de pedir que não tenham mais essas declarações,
04:11também gostaria de falar sobre dois temas que são bastante polêmicos.
04:14Há sanções, que já ocorrem até antes do Donald Trump assumir, e a questão de Taiwan.
04:19Queria ouvir o senhor sobre esses dois tópicos, sanções contra a China e Taiwan, que é um tema tão delicado.
04:27É, as sanções que ocorrem a propósito de parte a parte.
04:32Os chineses também, por exemplo, bloquearam as empresas aéreas chinesas de comprar aviões da Boeing.
04:45Isso não deixa de ser uma sanção também.
04:49E, a propósito, favorece a nossa Embraer.
04:53E são questões que envolvem os dois países, mas que provavelmente serão negociadas.
05:03Já quanto a Taiwan, é uma questão histórica, complicada, porque Taiwan tem produções de eletrônicos que são muito importantes para todo mundo
05:15e que não seriam transferíveis para os Estados Unidos em meses.
05:21É uma questão de anos para se fazer uma transferência desse tipo.
05:26Isso, aliás, lembra também aquilo que está ocorrendo na busca de transferência de fabricação chinesa
05:34e algumas marcas internacionais para os Estados Unidos, é o caso da Apple, por exemplo, e também da NVIDIA.
05:46Só que, embora eles detenham a tecnologia nos Estados Unidos, não se constrói uma fábrica em poucas semanas.
05:53Então, é um processo que vai demorar algum tempo e que, talvez, seja, em princípio ou em parte, resolvido pelas negociações.
06:05Queria ouvir o senhor mais sobre as oportunidades, os desafios especificamente para o Brasil,
06:12porque com a China sendo um parceiro comercial tão importante,
06:15o que o senhor traria de maiores oportunidades, maiores desafios para a gente,
06:20no meio dessa guerra comercial entre China e os Estados Unidos?
06:24E o que a gente pode fazer para otimizar as nossas estratégias de importação e exportação,
06:29considerando esse contexto que a gente está vivendo?
06:33Olha, vou começar pelo lado negativo, que seriam importações em excesso de produtos chineses a preços muito competitivos.
06:44Aqui, talvez, deva haver uma reação brasileira com cotas ou mesmo com tarifas também.
06:53Mas, o mais importante são o que as exportações podem trazer.
06:57Mencionei há pouco o caso da Embraer.
06:59A Embraer é uma empresa que tem uma qualidade internacional
07:04e que pode quase que imediatamente substituir fornecedores americanos para o mercado asiático.
07:13Já alimentos é um outro grande mercado em que o Brasil é muito competitivo
07:21e, portanto, tem também um espaço a ser ocupado na Ásia,
07:27caso os Estados Unidos deixem de ser fornecedores como estão nesse mercado.
07:35E outro mercado é o próprio mercado americano.
07:38Abre-se possibilidades para produtos como croçados, confecções e outros produtos também,
07:50mas eu mencionei esses dois porque são produtos de não alta tecnologia
07:55que podem ser fabricados mais rapidamente para atender esse enorme mercado americano.
08:01Está certo. Quero agradecer demais a participação aqui ao vivo no Money Times
08:06do senhor Arno Gleisner, que é diretor de Comércio Exterior
08:10da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços do Brasil.
08:13Muito obrigada.
08:13É um prazer. Eu agradeço também.
08:16Prazer o nosso.

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