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00:00A CIDADE NO BRASIL
00:30A CIDADE NO BRASIL
01:00A CIDADE NO BRASIL
01:02A CIDADE NO BRASIL
01:04A CIDADE NO BRASIL
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01:20A CIDADE NO BRASIL
01:22A CIDADE NO BRASIL
01:24A CIDADE NO BRASIL
01:26A CIDADE NO BRASIL
01:28A CIDADE NO BRASIL
01:30A CIDADE NO BRASIL
01:32CIDADE NO BRASIL
01:34A CIDADE NO BRASIL
01:36A CIDADE NO BRASIL
01:38A CIDADE NO BRASIL
01:40A CIDADE NO BRASIL
01:42A CIDADE NO BRASIL
01:44A CIDADE NO BRASIL
01:46ANOTE As RESPostas
01:47DEPENDER seekers
01:48D nic mais do louco
01:49Inc...
01:50Uma garter moça
01:52Em todos os globos
01:57A cidade prevista
01:58A CIDADE NO BRASIL
01:59Para o senso
02:01Calma
02:03A CIDADE NO BRASIL
02:05Marcira
02:06No roc��
02:07Você mandou
02:08Também
02:10CIDADE NO BRASIL
02:12A CIDADE NO BRASIL
02:14do Josias Martinelli foi encontrado na manhã seguinte, lá, no circo.
02:18Vocês estão querendo dizer que eu matei a Mabel, mãe da minha filha,
02:21o doutor Walker e o Josias Martinelli, é isso?
02:34Cleo, chegou essa cesta de café da manhã, mandaram entregar pra você.
02:39Quem?
02:40Eu tô até arrepiado, meu.
02:43Doutor Platão.
02:45Sério?
02:46Deixa eu ver.
02:47Põe aqui em cima, Batista, por favor.
02:53Batista, você vai me fazer um favor.
02:55Ninguém pode saber que eu recebi essa cesta, tá?
02:57Ô, louco, minha boca é um túmulo.
02:59Obrigada, Batista.
03:00Agora eu tenho que ir e vou na delegacia depor sobre o sequestro da Regina.
03:04Ai, tadinha da minha irmã.
03:07Até agora, nada, né?
03:08Eu tô muito preocupado com a Regina.
03:11Ela é muito gente fina.
03:13Tomara que não aconteça o pior com ela.
03:15É, nós temos que ter fé.
03:17Tudo vai dar certo, se Deus quiser.
03:20Bom, agora eu tenho que ir.
03:21Fica tranquila que eu não vou falar nada pra ninguém sobre essa cesta.
03:24Valeu, Batista.
03:25Eu confio em você.
03:27Tchau.
03:27Tchau.
03:28Achei um pendrive.
03:53Então, presta bem atenção.
03:55Eu tenho um dossiê completo sobre todos os mutantes.
04:02Eu vou esconder num lugar seguro.
04:04E aí eu vou contar pra vocês aonde está.
04:08Se acontecer alguma coisa comigo, minhas filhas, vocês têm que correr e entregar toda essa documentação pra imprensa.
04:21Entendeu?
04:21Só assim é que todos podem se salvar.
04:25Esse pendrive deve ter o dossiê completo sobre os mutantes.
04:30O que é essa cesta?
04:33Eu ganhei de uma livre da faculdade.
04:36Deixa eu ver o cartão.
04:37Não, mãe.
04:38O que é isso?
04:38Que descrição é essa?
04:40Eu quero saber que amigo foi esse que mandou essa cesta pra você.
04:43Carol, mas eu sempre falo de privacidade.
04:45Você não tem esse direito.
04:47É claro que eu tenho.
04:48Quem sabe o dossiê que seu pai disse que ia mandar não estar dentro dessa cesta?
04:52Não, claro que não.
04:54Eu já falei.
04:55Eu ganhei de um amigo da faculdade.
04:57Carol, eu sou sua mãe.
05:00Eu te conheço muito bem.
05:01Seus olhos dizem que você está inventando tudo isso.
05:07Claro que não.
05:07Pelo amor de Deus.
05:10Tudo isso é muito mais perigoso do que você imagina.
05:14Eu já te falei.
05:15Pra não se meter nessa história.
05:18O melhor que você tinha a fazer era sumir daqui pra bem longe.
05:23E me ajudar a cuidar das nossas finanças do exterior.
05:28Eu bem que gostaria de fazer uma especialização na Sorbonne, em Paris.
05:31Então, meu amor.
05:32Por que você não une o útil ao agradável?
05:37Eu tenho um plano.
05:40É?
05:40Qual?
05:42Eu pensei que a gente podia vender todas as obras de arte dessa casa e substituir por falsas.
05:51E aí eu mando esse dinheiro pro exterior.
05:54É dinheiro.
05:56Mãe, você vai virar trambiqueira agora, é isso?
05:59O quê?
06:00Tenha paciência.
06:01Eu estou saindo, tá?
06:02Ah, não vai ajudar a sua própria mãe, é isso?
06:06A dar trambique?
06:08Pô, mãe, fala sério.
06:09Papai acabou de ser enterrado agora e você está falando uma coisa dessas?
06:13Claro.
06:13Eu só estou pensando na nossa sobrevivência.
06:17Se esse escândalo dos mutantes vier à tona, nós vamos precisar de um fundo de reserva.
06:24Concorda comigo?
06:24Me poupa, tá?
06:27Dá licença, mãe.
06:28Cléo.
06:29Cléo.
06:30Se esse dossiê estiver dentro dessa cesta, eu vou descobrir.
06:36Eu vou descobrir.
06:38Ai, meu Deus, eu nem acredito que daqui a pouquinho eu vou estar pisando em Portugal.
06:51Ai, meu Deus, que sorte.
06:53Tanto que eu sonhei por essa viagem.
06:55Ai, me belisca, Gude, me belisca, meu irmão.
06:57Me diz que eu não estou sonhando, vai.
06:58Ai, ô, ô, Gustavo, ô, Gustavo, eu estou falando com você, rapaz.
07:02Você está me ouvindo?
07:02Ô, Bené, desculpa, você está falando comigo, né?
07:04Eu estou aqui ligadaço nesse negócio aqui dessa senha, cara.
07:08Esse código aqui...
07:09Eu estou feliz demais, meu irmão.
07:11Conhecer outro país, conhecer gente nova, outro tipo de gente.
07:14Uma chance também de acabar de vez com essa paixão platônica pelo cavalhão.
07:18Paixão platônica, meu irmão, ó, nunca mais.
07:20É.
07:23Conhecer outras cidades lá em Portugal.
07:25Olha, dizem que Porto é muito lindo.
07:27Lisboa, Coimbra, Ilha da Madeira.
07:29Ai, meu Deus do céu.
07:31Achei!
07:31Ai, o que é que foi, Gude?
07:32Você quer me matar do coração?
07:34Achei um cachorro o quê?
07:35Achei, Bené, olha aqui, cara.
07:36O código, Bené.
07:38Eu acho que eu descobri, cara.
07:40Meu Deus do céu, que gritos são esses?
07:43Aconteceu alguma coisa?
07:44Aconteceu, mãe.
07:45Aconteceu uma coisa muito boa, mãe, muito maravilhosa.
07:48Eu acho que eu achei o código, mãe, decifrei.
07:50Peraí, peraí, Banco da Suíça, seu aniversário, nome da sua mãe, o que é isso?
07:54Olha aqui, Bené, não está percebendo, Bené?
07:56É uma senha, cara.
07:57É uma senha que o Sócrates deixou para a Maria.
07:59Ah, do Banco da Suíça, né?
08:01Meu irmão, você tem razão, pode ser isso mesmo, olha.
08:06Olha aqui, Bené, com essa história da Maria ser filha do Sócrates, me deu uma certeza
08:09que ele deixou essa mensagem para ela, cara.
08:12Pô, ele deve ter descoberto que ela era filha pouco antes de morrer.
08:15E resolveu fazer alguma coisa pela Maria, não é incrível, cara?
08:18Eu queria tanto saber onde é que ela se meteu, eu preciso falar isso para ela.
08:21Não te entrega aí esse código para a Ana e para o Pepe, eles sabem onde a Maria está
08:24e vão levar para ela, meu Deus.
08:26Como você pode ver, meu pai, o vaso era falsificado.
08:42Impressionante, irmã.
08:45Impressionante.
08:46Dessa vez, você se superou.
08:49Melhor assim, né?
08:50O vaso verdadeiro continua intacto.
08:52Que vergonha, hein?
08:53Que vergonha, dona Irma Maia.
08:56Como é que você teve a coragem de fazer uma coisa dessa, hein?
09:00Que palhaçada.
09:01O que é isso agora?
09:02Vai me dar lição de moral, Ori?
09:05Eu tenho moral sim para fazer isso.
09:09Você é muito dissimulada.
09:10Olha aqui, eu não vou aceitar ser ofendida, ok?
09:13Vamos resolver uma boa essa história.
09:15Não, não.
09:16Você roubou o vaso verdadeiro?
09:18Roubei, roubei.
09:20Olha aqui, respeito, é bom e eu gosto.
09:25Ouviu, Ari?
09:26É Aristóteles.
09:28E para você, a partir de agora, é doutor Aristóteles.
09:33Doutor Aristóteles.
09:35Que impressionante.
09:36É bem a sua cara, né, Irma?
09:39Sua golpistazinha barata.
09:42Olha aqui, olha o Tom.
09:44Olha o Tom.
09:44Começa as suas palavras.
09:47E que palavras você deu pra usar pra você?
09:50O que você fez, Irma, foi muito grave.
09:53Ai, o que é que você é?
09:54O monumento da dignidade, é isso?
09:56Pelo menos eu não sou ladrão.
09:57Você vai ter que engolir esse ladrão.
09:59Você vai ter que engolir esse ladrão.
10:01Ai, ai, ai.
10:01O que é isso?
10:02Peraí, não vai ter dinheiro.
10:03Não vai ter dinheiro, não vai ter dinheiro.
10:04É covarde, não vai ter dinheiro.
10:05É covarde, não vai ter dinheiro.
10:06Tia, calma, tia.
10:07Calma, calma, vai.
10:08Por favor, não precisa disso.
10:09Pega leve.
10:09Irma, eu vou lhe dizer uma coisa, hein?
10:11Quem rouba também mata.
10:13É isso mesmo que você ouviu.
10:16Quem rouba também mata.
10:18Porque depois que eu descobri esse furto, tá legal?
10:20Que isso é um furto, ó.
10:22Eu não vou achar nada estranho que você venha confessar.
10:25Que mandou matar os meus irmãos.
10:28Você tá me acusando de assassina?
10:31De assassina?
10:32Eu vou processar o seu pai.
10:33Eu vou processar o seu pai.
10:35Eu vou te denunciar.
10:37É você que tá por trás de todos esses crimes.
10:40Você sempre foi o bom vivão, folgadão da família.
10:43Você sempre invejou o Sócrates.
10:46Invejei?
10:46Ah, é.
10:47A fortuna do Sócrates.
10:48Pra mim é você que tá por trás de todos esses crimes.
10:51Você tá por trás de todos esses crimes.
10:54Peraí, peraí, peraí.
10:55Peraí, peraí.
10:55Peraí, peraí.
10:56Peraí, peraí.
10:57Peraí, peraí.
10:57Peraí, peraí.
10:58A vida minha é o fácil que eu quiser.
11:05A vida minha é o fácil que eu quiser.
11:11A sala dos espelhos.
11:13Tu tem certeza?
11:15É absoluta, guri.
11:16Eu acabei de escutar.
11:17A Ana Luiz tava falando que lá é melhor pra ela se esconder.
11:20Porque parece que tem um espelho com fundo falso, que aí dá pra ela se esconder melhor.
11:25Eu não acredito.
11:26Pô, eu tava louco pra falar com a Maria.
11:28Não é pra ver como é que ela ficou depois desse inferno que ela passou.
11:31E tu vem e me diz que ela tá aqui do nosso lado.
11:34Na sala dos espelhos, é.
11:35Fernando, se a gente entregar a Maria pra polícia, tu acha capaz da gente conseguir a recompensa?
11:42O que é isso, Ronita?
11:44Tu nem pensa em um absurdo desses, hein?
11:47É, né?
11:48A gente ia perder o emprego, né?
11:49Tu vai.
11:50Ah, mas se eu fizer uma denúncia anônima, ninguém vai saber que fui eu que avisei.
11:55Cara, tu ficou doida.
11:57Entregar a Maria.
12:00Maria Alvará!
12:04Maria somos nós.
12:06Não tem ninguém por aqui.
12:08Só nós dois.
12:09Seu pai, sua mãe e o café da manhã.
12:13Lanchinho, lanchinho.
12:15Maria, tranquilo.
12:19Bom dia, flores do meu dia.
12:23Bom dia, minha mãe.
12:24Bom dia, minha mãe.
12:25E aí, meu bem?
12:28Conseguiu descansar nesse seu novo esconderijo?
12:32Dormi, dormi bem sim, pai.
12:34Só pode ser um pouquinho de frio, né?
12:36Mas, ó, milhões de vezes melhor que aquela cadeia aí.
12:39Porque você perto da gente não tem nada melhor do mundo, né?
12:44Nunca mais ninguém vai levar você da gente, não.
12:47Olha só, cuidado.
12:50Fica na boquinha.
12:50Gente, tá bom?
12:56Calma, meu Luiz, te amando.
12:58Acordei tão preocupada.
12:59O quê?
13:00Com essa história desse exame de DNA.
13:03Li hoje no jornal.
13:05Tiveram que exumar o corpo do doutor Sócrates pra recolher material pro exame.
13:09Ah, meu Deus, então.
13:11Se esse DNA confirmar mesmo que eu sou a filha do doutor Sócrates, o delegado Taveira vai
13:16vir correndo atrás de vocês.
13:18Mas você é a filha dele, minha filha.
13:20É muita coincidência.
13:22Largaram você aqui no circo logo depois de sequestrar a filha do Sócrates.
13:26E depois armaram essa pra dizer que você é ele que matou aquele senhor.
13:30Infelizmente, meu amor, você é a filha do Sócrates.
13:33Então, aquela mensagem era mesmo pra mim.
13:37Aquela mensagem que o doutor Sócrates escreveu e colocou dentro da minha roupa.
13:40Sabe o Marcelo Montenegro?
13:42Ele falou que conseguiu decifrar aquelas palavras todas embaralhadas.
13:46Mas aí eu, ó, saí correndo, não deu tempo pra ele me falar.
13:49O Gulli decifrou.
13:50Você não imagina.
13:51O Gulli decifrou?
13:52O Gulli, jura?
13:53E acabou de ligar, filha.
13:55Segura aqui.
13:55Não é não.
13:56E sabe qual a mensagem?
13:58Seu aniversário, nome da sua mãe, banco da Suíça.
14:01Meu Deus.
14:02Seu aniversário, nome da sua mãe.
14:08Meu Deus do céu, que loucura.
14:11Seu aniversário, nome da sua mãe.
14:13Gente, deve ser a senha de alguma conta do doutor Sócrates em algum banco desses aí da Suíça.
14:20E ele queria deixar o dinheiro pra você, Maria.
14:22Só pode ser isso.
14:23Ai, mãe.
14:26Agora, nome da minha mãe.
14:29Minha mãe.
14:30É, deve ser a sua mãe biológica, né?
14:33O nome dela.
14:34Mariana.
14:35Era o nome da sua mãe.
14:37Misteriosamente desaparecida depois do sequestro.
14:40O que será que aconteceu com essa mulher, hein?
14:43Minha mãe biológica.
14:45Mistério, Maria.
14:47Mistério.
14:47Olha, seu aniversário também não é no dia que a gente disse pra você que era o seu aniversário.
14:51O que?
14:52Meu aniversário?
14:54Não é no dia do meu aniversário?
14:56Eu já devia ter imaginado, né?
14:59O dia do seu aniversário que não é mais seu aniversário é porque nunca foi seu aniversário.
15:04Foi o dia que a gente achou aqui no circo.
15:06Pelas pesquisas que eu fiz, seis meses antes do seu aniversário.
15:1024 de abril.
15:11Foi quando você nasceu.
15:12Vitor, Lele.
15:15Então quer dizer que eu sou seis meses mais velha?
15:19Verde!
15:27Aricorou.
15:27Aricorou.
15:42Alô?
16:02Filha?
16:03Sou eu.
16:04Pai?
16:04Pai, que bom que você ligou, graças a Deus.
16:08Como é que você tá?
16:08Você tá bem?
16:09Eu tô bem sim, Grazi.
16:11Eu liguei pra isso.
16:12Pra te dizer que tá tudo bem comigo.
16:15Você não precisa se preocupar.
16:17Como é que eu não vou me preocupar, pai?
16:19Onde você tá agora?
16:21Eu tô me virando, filha.
16:23Não tô em nenhum lugar fixo ainda.
16:27Comecei a procurar trabalho.
16:29Tô procurando arrumar emprego em outro lugar.
16:32Ah, mãe.
16:35Você faz tanta falta aqui.
16:37Eu também sinto muito a sua falta, filha.
16:39Volta, pai.
16:43Volta pra casa, por favor.
16:45Eu tô morrendo de saudade.
16:47Filha, não fala assim, não.
16:49Você corta o meu coração.
16:52Você sabe que eu não posso voltar.
16:55Por agora, mas eu não posso voltar.
16:56Chegamos, Ramon.
17:11É aqui.
17:12Tenho certeza que esse lugar aqui é seguro mesmo?
17:15Mas claro que eu tenho.
17:16Eu por acaso já te botei em roubado alguma vez na vida?
17:19Bora, vai.
17:19O tempo todo, olha aqui.
17:24Todos os dias da minha vida, você só me botou em roubado.
17:30Quietinho aí, moça.
17:32Detesto mulher estressada, tá?
17:34Calma que não vai te acontecer nada.
17:35Vai devagar, minha moça.
17:36Não vai mais tocar a garota.
17:37Deixa ela calminha por uns momentos.
17:49Sabe você o que é o amor?
18:06Não sabe, eu sei.
18:10Sabe o que é um trovador?
18:12Não sabe, eu sei.
18:16Sabe andar de madrugada
18:19Tendo a moda pela mão
18:22Sabe gostar, não sabe nada
18:25Sabe não
18:28Ah, você
18:31Não sabe não
18:34Não sabe não
18:41Lucas, para o carro, por favor.
19:06Ué, o que foi?
19:08O que tá acontecendo?
19:08Tá se sentindo bem, amor?
19:10Peraí, peraí, o que aconteceu?
19:12Tá se sentindo bem, amor?
19:12Não
19:13Eu tô me enjoada, não sei, acho que é a luz
19:15Ué, você vai tirar óculos pra quê?
19:17Se a luz tá te incomodando
19:18Eu tô vendo
19:28Estão tirando a Regina do porta-malas
19:35Estão levando ela pro galpão
19:39Pronto, é aqui que ela vai ficar
20:08Pelo menos a maluca da minha mulher
20:11Não vai mais me encher o saco
20:13Vamos embora, Ramon
20:21Depois a gente vê o que é que faz com ela
20:22Vamos embora pra onde?
20:23Vai deixar a garota amarrada assim?
20:27Daí
20:27Daí que ela pode ter fome
20:29Pode ter sede
20:30Precisar de alguma coisa, sei lá
20:31Você não quer que eu fique de babá
20:32De patricinha, né?
20:34Vai nessa
20:34Me deixa aqui mais um tempo, vai
20:35Quero ver se ela não quer tomar uma água
20:38Não quer comer uma fruta
20:39Só não
20:40Só não quer fazer nada aqui
20:43Tô te sacando, mano
20:47Tá afim de pegar, não tá não?
20:51
20:52Mas nada de sacanagem com a garota, hein?
20:55Chefia deu ordem
20:56Não é pra encostar num fio de cabelo dela
20:58Vai nessa
20:58Vai, me deixa em paz aqui
20:59Fazer nada de mar com ela
21:02Só quero
21:02Só quero dar um pouco de carinho pra ela
21:05Afinal de contas
21:07Não é todo dia
21:08Que apareça uma princesa assim
21:10Na vida da gente
21:11Tudo bem
21:12Se quiser fazer carinho, pode
21:14Mas só carinho, hein?
21:16Nada de violência
21:17Vai
21:19Não vou te fazer nenhum mal, tá certo?
21:41Só quero te acariciar um pouco, só isso
21:44Olha, olha, olha
21:47Vou até tirar essa parada da venda dos seus olhos
21:50Pra eu poder te enxergar melhor
21:54Vem cá
21:55Vem cá
21:56Pronto, pronto
22:01Pra eu poder ver seus olhos
22:04Pra você
22:18Toda chorosa
22:18Toda somigosa
22:19Não gosta de carinho, não?
22:25Não?
22:26Pra toda arredia
22:27Não vou fazer mais nada, não.
22:40Vem cá.
22:48Por favor, me deixe pra casa, por favor.
22:54Você vai embora pra casa, vai ficar tudo certo.
22:57Só me deixa de sentir um pouco.
23:01Gostei de você.
23:03Por favor, eu tô te pedindo.
23:05Eu tô te pedindo, não toque em mim, por favor.
23:07O que que tá acontecendo aqui?
23:09Caramba!
23:10Tô fazendo tudo na boa com você, não tô fazendo nada de errado contigo, não.
23:13Podia te pegar a força se eu quisesse.
23:16Mas não tô pegando.
23:20Tô te respeitando.
23:22Imagina se fosse a sua irmã aqui no meu lugar.
23:25Imagina.
23:26Você ia querer um cara estranho tocando nela?
23:29Você ia querer?
23:30Você não tá me respeitando.
23:32Você tá se aproveitando de mim.
23:36Desculpa.
23:38Não vai acontecer sem mais nada.
23:41Vocês mataram meu pai, né?
23:43Vocês mataram meu pai.
23:45Eu só servi de isca, não é?
23:47Pra ele aparecer, não foi isso?
23:49Eu ouvi.
23:51Assassino!
23:52Você é um assassino!
23:53Eu odeio você!
23:55Eu odeio você!
24:09Mas eu quero te encontrar.
24:11Quando é que a gente vai se ver?
24:11Logo, filha.
24:14Em breve.
24:15Tá, mas...
24:15Então você me liga todo dia.
24:17Promete?
24:18Eu não posso, filha.
24:21Infelizmente, eu não posso.
24:23Eu não liguei antes.
24:24Porque eu tava com medo do telefone estar grampeado.
24:27Mas eu não aguentei.
24:30Eu tive que te ligar hoje.
24:31Pai, ninguém vai fazer nada.
24:32Ninguém vai me prender por estar falando com você.
24:35Foi isso que eu pensei.
24:37Se cuida, tá?
24:39Fica bem.
24:40Eu vou rezar todo dia pra isso acabar logo.
24:42Pra tudo dar certo.
24:44Pra você voltar pra casa.
24:45É o que eu mais quero, filha.
24:47É o que eu mais quero.
24:50Fica com Deus, tá?
24:51Eu te amo muito.
24:52Também te amo muito.
24:54Beijo.
24:55Te amo, pai.
24:57Tchau.
25:07Ai, meu Deus do céu.
25:08Protege, meu pai.
25:09Não deixa que nada de ruim aconteça com ele.
25:15Mãe, pensa bem.
25:17A troca de quê?
25:17Tu vai querer denunciar a Maria.
25:20É, coitada, né?
25:21A Maria é trilegal.
25:23Acusada de matar o velho milionário.
25:25Trilegal, ela.
25:25Mas ela não merecia ser acusada.
25:27Ela é inocente, eu tenho certeza.
25:29Fernando, pra ti todo mundo é inocente, guri.
25:31Até o Noé.
25:33A Maria é tão fugitiva, tão foragida quanto o Noé, entendeu?
25:37Mano, presta atenção no que eu vou te dizer.
25:38Se a polícia descobrir esse esconderijo da Maria, vai todo mundo ter certeza que foi tu que dedurou, hein?
25:45É verdade.
25:47Eu contei pra Esmeralda, ela já sabe que eu sei.
25:50Então.
25:51Ó, a Esmeralda, a Grazi, já tá todo mundo com raiva de ti por ter dedurado o Noé.
25:56E eu, hein?
25:56Não tô nem aí.
25:58Eu não sou bandida, não sou foragida da polícia.
26:01Podem me olhar de cara feia.
26:02Pelo menos eu não sou bandida.
26:04Além da Esmeralda, tu contaste pra mais alguém?
26:07Ué, pra ti.
26:08Ah, bom.
26:10Ó, tá proibida de contar pra qualquer um desses esconderijos da Maria, hein?
26:14Essa é a minha chance.
26:15Chance de quê?
26:16Chance de reconquistar a mulher da minha vida, né?
26:18Ah, pelo amor de Deus.
26:20Não, sério, Juanita.
26:20Foi na sala dos espelhos que a Maria me pegou com a Esmeralda.
26:23Sabia?
26:23Foi lá que o nosso amor...
26:25Acabou.
26:27Então vai ser lá.
26:28Na sala dos espelhos que o nosso amor vai surgir de novo.
26:30Ah, Fernando, tudo tá maluco mesmo, né, guri?
26:33A menina tá acusada de matar o velho milionário.
26:36Pelo amor de Deus, tu ainda quer ficar com ela?
26:38Quero.
26:39Ah, meu pai.
26:40Na verdade, eu amo mesmo a Maria.
26:42Pelo jeito, o amor é cego.
26:45Mas pelo jeito é surdo também, né?
26:47Vocês ouviram esse barulho?
26:50Não.
26:53Eu acho que tem alguém tentando entrar na sala dos espelhos.
26:56Não tô ouvindo nada, Maria.
26:57Isso deve ter sido impressão sua.
27:02Trancamos tudo.
27:03Trancamos a chave.
27:05É, a gente vai dizer que tem reforma.
27:08Reforma, mãe?
27:10O circo tá sem dinheiro.
27:11Justo agora você vai fazer reforma.
27:13Quem é que vai acreditar?
27:14É.
27:15E eu querendo falar o tempo todo a verdade.
27:17Pra você ver que não é fácil falar a verdade, não.
27:20Não é fácil, não.
27:21Então a gente tem que arranjar uma outra coisa.
27:24Peraí, aqui pode virar um depósito.
27:26Pronto, um depósito.
27:27A gente pode dizer que tá vendendo os espelhos pra pagar as contas.
27:31Ótimo, Ana.
27:32Céu.
27:33Luz, luz.
27:34A gente consegue continuar falando a verdade.
27:37E ainda arranja uma boa desculpa pro povo, né?
27:39É, porque não dizer que a Maria tá aqui não é mentir.
27:43É, omitir.
27:44Porque não é mentir.
27:46Omitir é diferente de mentir.
27:48Não é a mesma coisa, né?
27:49A gente não fala a verdade, mas...
27:51Uma boa causa, né?
27:52Claro.
27:53Gente, eu acho muito arriscado eu ficar escondida aqui.
27:57Aqui?
27:58É quase uma prisão domiciliar.
28:00Mas é uma chance pra você se esconder, não é?
28:03É, aqui atrás o espelho falso.
28:06Mas é muito perigoso.
28:07Vocês podem ser acusados de estar dando cobertura a uma pessoa que tá fugindo da polícia.
28:11Maria, é só por um tempinho até a gente encontrar um outro lugar pra você.
28:17Que lugar, pai?
28:20Ah, meu Deus, eu acho que não existe mais nenhum lugar tranquilo.
28:24É a face da terra onde eu possa ficar.
28:26Fala isso, minha filha.
28:28O mundo é grande.
28:30Muito grande.
28:34Mãe, eu não quero ficar a vida inteira tendo que me esconder, tendo que fugir por aí.
28:38Cara, a gente tem que ter certeza que os sequestradores da Regina passaram por aqui.
28:48Eles passaram por aqui, sim.
28:50Tem um galpão aqui perto, eu tô quase vindo.
28:53Quase.
28:53Onde, né?
28:54Teu onde?
28:54Não tô vendo galpão nenhum por aqui.
28:56A gente tem que chamar a polícia.
28:58A gente não sabe com quem tá lidando.
29:00Chama a polícia por aqui.
29:01A gente sabe que tá perto, mas é só isso.
29:02É, de que vai adiantar a gente chamar a polícia aqui no meio da estrada, Jeanette.
29:05A gente tem que achar a Regina.
29:06É isso, cara.
29:07Chá, Regina.
29:08Onde será esse galpão, Tony?
29:20Só tem um bandido agora.
29:23Ele tá usando uma máscara.
29:25É.
29:28Ele tirou a venda da Regina.
29:32Ela tá chegando perto dela.
29:34Ela não quer.
29:35O que é esse cara?
29:40Ele tá querendo estuprar a minha prima?
29:42Eu acho que é isso, Tony.
29:43Não, cara, vamos.
29:43A gente tem que achar a Regina logo, cara.
29:44É agora.
29:45Vamos, vamos, vamos.
29:48A gente tem que chamar a polícia.
29:50Vocês não estão entendendo.
29:51A gente tá correndo perigo.
29:52Jeanette, primeiro a gente encontra o galpão, depois chama a polícia.
29:54E vai falar o quê pra polícia, cara?
29:56Que a Jeanette usou os poderes dela pra saber onde é que a Regina tá?
29:59É, eles vão querer saber como a gente chegou até aqui e descobriu tudo.
30:01É, cara.
30:02Só mais intriga, só mais complicação pra nossa família, entendeu?
30:05O importante agora é a gente achar e salvar a Regina.
30:08É isso.
30:09É, tem razão, Tony.
30:10Depois a gente pensa no que falar pra polícia, né?
30:12A gente pode fazer uma denúncia anônima.
30:14Jeanette, uma denúncia anônima?
30:15Você tem noção de quanto tempo vai demorar pra uma polícia investigar?
30:18Não, não sei.
30:19Mas as pessoas falam que o disque dano não funciona, né?
30:21Galera, vamos encontrar esse galpão.
30:23É a primeira coisa.
30:25Depois a gente chama a polícia, tá?
30:29Olha lá.
30:30Ô Tony, Tony, tá passando um cara ali, ó.
30:32Chama ali, chama ali.
30:33Alô!
30:33Ô amigo, amigo, cheguei aí, cheguei aí.
30:35Você, você, rapidinho.
30:36Só uma informação.
30:40É...
30:41Por favor.
30:43Chega aí, chega aí.
30:43Bom dia, cara.
30:44Eu tô precisando de uma informação.
30:45Eu tô procurando um galpão por aqui.
30:47Você conhece algum?
30:47Que a gente tá querendo dar uma festa, tipo rave.
30:50Tipo uma rave, grandona.
30:52Galpão?
30:52É, meio grande, assim, não?
30:54É, não sei.
30:55Pensa bem, cara.
30:57Galpão bem grande.
30:59Por essas bandas,
31:01eu só conheço um abandonado.
31:04Ah, mas ninguém ia querer alugar aquilo, não?
31:08Aquele nem adianta falar.
31:09Aquele não pode ser.
31:11Amigo, pode ser abandonado, velho mesmo, não tem problema, não.
31:15Olha, nesse caso, tem um sim.
31:19E onde é que é, cara?
31:20É longe daqui?
31:21Não, é pertinho.
31:22Você vai pegar essa estrada aqui, ó, até o final.
31:24Aí vai ter uma curva.
31:26Depois da curva, tem uma porteira.
31:28Deve estar aberta essa hora.
31:29Depois da porteira, tem um matagal.
31:31Aí atrás é o galpão, né?
31:32Pô, valeu, grande.
31:34Obrigadão pela informação, hein?
31:35Obrigado.
31:35Ah, de nada.
31:36Tem gosto pra tudo nesse mundo, né, seu moço?
31:38Bom, com licença que eu vou seguir meu caminho.
31:40Boa sorte, hein?
31:41Obrigado, obrigado.
31:42O que a gente faz agora?
31:44Olha, a gente encontra o galpão e vê se a Regina tava ali.
31:48Olha, relaxa, meu menino.
31:50A gente vai fazer tudo numa boa, tá?
31:52Fica tranquila.
31:53Bora, vambora.
31:54Fica tranquila.
32:24Gente, olha o telefone, gente.
32:32Ô, Beto, atende pra mim, filho, por favor.
32:35Eu acho que é a Carice com o Pedrinho.
32:38Alô, pode entrar.
32:40Pode.
32:42Opa, o Pedrinho vem pra cá?
32:43Vem, vem passar uns dias.
32:44A Carice vai viajar e ele vai deixar ele pra gente.
32:46Eu adoro o Pedrinho.
32:48Eu também adoro aquele fofo.
32:49Deve estar enorme, né?
32:51Deve.
32:51É, eu vou adorar ter outra criança aqui dentro de casa.
32:54E, ó.
32:57Oi, Carice.
32:59E aí, Pedrinho.
33:00Tudo bem?
33:01Oi, Pedrinho.
33:02Que saudade.
33:03Eu também, querida.
33:04Você tá dentro?
33:05Tudo bem.
33:06Oi, Tati.
33:07Oi, Clarice.
33:07Tudo bom?
33:09Tudo bem?
33:09Como vai, dona Dalva?
33:12Ah, melhor agora que vocês chegaram.
33:14Vem cá, Pedrinho, que eu vou te mostrar um monte de jogo novo que eu tenho no computador.
33:17Vem.
33:17Opa!
33:18Sinta um pouco, filha.
33:20Ai, desculpe, dona Dalva, mas eu tô morrendo depressa.
33:22O táxi tá esperando aí fora.
33:24Mas prometo que na volta a gente conversa melhor, tá?
33:26Tá bom.
33:27Clarice sempre correndo, né?
33:29Verdade.
33:30Essa história de criar filho sozinha e trabalhar fora não é fácil.
33:33A gente tem que se virar em duas.
33:36Nem sei o que seria de mim se não fossem vocês.
33:38Imagina.
33:38E olha, você sabe que você pode sempre contar com a gente, né?
33:40Você sabe disso.
33:41Eu sei.
33:42Olha, eu trouxe umas coisas aqui pro Pedrinho.
33:44Sustagem Kids?
33:52Clarice, pelo amor de Deus, né?
33:53Demorece que não tem comida aqui em casa, ué?
33:55Você não entende nada de criança mesmo, né?
33:58Eu trouxe pra facilitar.
34:00Ele não substitui a comida, não.
34:01É que como o Pedrinho não come direito, né?
34:04Eu complemento a alimentação dele com Sustagem Kids,
34:06que tem várias vitaminas e minerais importantes pra ele nessa fase.
34:09Porque você sabe, né?
34:11Com a vida corrida que eu levo, tem que cuidar pro Pedrinho se alimentar bem.
34:14É isso mesmo.
34:15Você faz muito bem, Clarice.
34:17Isso é muito importante pro desenvolvimento saudável das crianças, sabia?
34:20Olha, eu me lembro que a Mabel, a mãe da Tati,
34:23também complementava a alimentação dela com Sustagem Kids.
34:27Tá bom, tá bom.
34:28Não tá, mas é que quem falou?
34:30Bom, eu preciso ir.
34:32Querida, vai tranquila, que a gente vai cuidar muito bem do Pedrinho, viu?
34:36Vocês são os anjos.
34:37Obrigada, dona Dalva.
34:38Não, por isso.
34:39Obrigada, Beto.
34:40Imagina, Clarice.
34:42Olha, eu que agradeço.
34:43Boa viagem.
34:44Porque nós vamos nos divertir muito aqui com esse moleque.
34:48Caralho.
34:49Rapidinho.
34:50Dá um beijinho, tchau, na mamãe.
34:52Hum, fica direitinho, hein?
34:53Sim.
34:54Pai!
34:55Oi!
34:55Oi!
34:56Oi!
34:59É, filhona!
35:15Como é que foi lá na escola hoje?
35:16Tudo bem, pai, mas a Tia Érica passou um monte de matéria.
35:20É mesmo?
35:20A Tia Érica tá exigindo muito de vocês, né?
35:22Não tem nada.
35:23Elas sabem tudo na ponta da língua.
35:25Elas sabem toda a matéria.
35:27Denguinha!
35:27Ah, cadê uma casinha?
35:29Olha lá.
35:29Escuta, eu queria te agradecer pela atenção que você tem dado às meninas.
35:32Você tem sido muito bacana com elas.
35:35Imagina, é um prazer.
35:36As tuas filhas são encantadoras.
35:38Você criou as duas muito bem, sabia?
35:39Sabia.
35:40Você quer almoçar com a gente?
35:43Não tem como eu recusar.
35:44Você cozinha tão bem.
35:45Aliás, você cozinha melhor do que ele.
35:47Eu imagino.
35:56Marcelo, o que o senhor vai fazer no circo Dom Pepe na noite em que o doutor Josias morreu?
36:00Eu fui ouvir a Maria.
36:02Queria saber o que ela tinha pra dizer sobre a morte do doutor Sócrates.
36:05Por que você foi investigar a morte do doutor Sócrates Maier?
36:08Na verdade, as minhas investigações estão relacionadas com a morte da minha mulher
36:12e com experiências de mutações genéticas feitas na clínica Progênese.
36:16Experiências de mutações genéticas na clínica Progênese.
36:20Fala mais sobre isso pra que conste no seu depoimento.
36:22Que experiências são essas?
36:23Há o relato de alguma dessas experiências no livro Mutação, escrito pelo doutor Christopher Walker.
36:29Minha própria filha nasceu na clínica de Guarujá.
36:32Ela é o resultado dessas experiências.
36:33E eu fui a Miami conversar com o doutor Walker sobre esse assunto pessoalmente.
36:39Por que é que você estava interessado no trabalho do doutor Walker de mutação genética?
36:44Porque eu acredito que experiências proibidas estão sendo realizadas na clínica Progênese
36:50pela doutora Júlia Zacarias.
36:52Quando e onde foi a última vez em que você viu o doutor Walker?
36:55Dia 1º de setembro, por volta das 3 horas da tarde.
36:58A mesma tarde em que ele foi assassinado, se matou o doutor Walker?
37:02Isso é uma pergunta ou é uma afirmação?
37:05É uma pergunta, responda.
37:07Você matou o doutor Walker?
37:09Não, claro que não.
37:10Estava com a minha filha o tempo todo.
37:11Você sabe com que veneno o doutor Walker foi morto?
37:14O veneno do sapo bufo.
37:15Com que veneno a sua esposa foi morta naquele restaurante aqui na noite?
37:19O mesmo veneno.
37:21Mas isso não prova nada contra mim.
37:22Isso quem vai decidir é o júri.
37:24Você acha mesmo que o Ministério Público vai acreditar nas suas insinuações?
37:27Quando eu terminar esse inquérito, eu vou ter muito mais do que insinuações, como você diz, ou indícios.
37:33Eu vou ter provas, multinegro.
37:35Como, por exemplo, uma confissão tua.
37:37Escuta aqui, Otavera.
37:38Eu não sou nenhum bandido pra você me tratar desse jeito.
37:42Você é um ambicioso, Aristóteles.
37:44Você quer toda a fortuna do Sócrates pra você.
37:46Você cala a sua boca, irmã Maia.
37:50Calma.
37:50Cala a sua boca.
37:53Não vou calhar, não.
37:53Eu vou falar.
37:54Eu vou falar tudo o que eu quiser.
37:56Tá vendo o que ela tá fazendo?
37:57Ela quer ajudar a culpa em cima de mim.
37:58Eu não sou da sua laia, irmã.
38:00Não sou.
38:01Tá certo?
38:02Você é uma criminosa.
38:03Uma lagra de antiguidade.
38:05Olha as coisas que o seu pai fala pra mim.
38:07Olha só.
38:07Lagra de antiguidade.
38:08Pega a lega pra ele.
38:10Não, não, não.
38:10Não, não, não.
38:11Não pego, não, Rodrigo.
38:12Porque essa mulher não merece o meu respeito e nem a minha admiração.
38:17Ok?
38:17Oi, irmã.
38:18Onde é que você colocou o vaso verdadeiro, hein?
38:23Ah, onde?
38:26Não sei.
38:31Oi, irmã.
38:31É melhor você confessar, sabe?
38:34É melhor você falar a verdade pra mim.
38:36Onde é que tá o vaso verdadeiro?
38:38Porque senão...
38:40Sabe o que eu vou fazer?
38:41O quê?
38:41Eu vou chamar a polícia.
38:43A polícia?
38:44Não, não, pera aí, pai.
38:45Polícia não.
38:46Chega de escândalo nessa casa, pelo amor de Deus.
38:48Tia, irmã.
38:49Presta atenção.
38:49Você tem que dizer aonde está o vaso chinês.
38:53Oi, irmã.
38:54Você não tá entendendo, né?
38:56É melhor você confessar.
38:58Onde é que você botou o vaso chinês?
39:01Ah.
39:03Eu...
39:03Eu...
39:03Eu levei um...
39:06Um...
39:07Leiluero.
39:09Onde é que é?
39:11O quê?
39:11Não entendi.
39:12Não entendi.
39:12Eu levei pra um leiluero.
39:15Um leiluero?
39:17É, pra ele fazer uma...
39:19Uma avaliação.
39:20Uma avaliação?
39:22É, o irmão.
39:24Ô, Rodrigo, você tá vendo bem do que que essa cascavela é capaz?
39:29Ô, irmã, dessa vez você se deu mal, porque eu não vou te perdoar.
39:34Ô, irmã Maia, eu vou te processar por isso.
39:38Você tá ouvindo o que eu falei?
39:39Eu vou te processar!
39:41Mas por que que eu fiz, gente?
39:44Eu só tô pensando no patrimônio da família.
39:47Isso só pode ser piada.
39:48Você pensando no patrimônio da família?
39:51Você só olha pro teu umbigo, irmã.
39:54Você só tem olhos pra você.
39:56Você só gosta de você.
39:58Essa que é verdade.
39:59Não, senhor, eu penso sim.
40:01Penso na família, penso e me preocupo.
40:05Se preocupa?
40:06Preocupa.
40:06Escuta que, Aristóteles, está na hora de eu e você começarmos a pensar num caixa dois.
40:13Porque se esse escândalo da progênese vier à tona, essa vai ser a nossa única salida.
40:19A Amália tá me ligando aqui.
40:23Eu preciso atender, dá licença.
40:27Oi, Amália.
40:28Rodrigo, sou eu.
40:30Lembra de mim?
40:31Tá de brincadeira, né?
40:32Você acha que eu vou me esquecer de você?
40:34Verdade.
40:35Eu juro.
40:36Morrendo de saudade de você.
40:38Pensando na sua pele.
40:39Esse teu cheiro, Amália, me deixa louco.
40:41Você sabe disso.
40:42Mentira sua.
40:43Que mentira?
40:43Você acha que eu vou falar mentira?
40:44Você sumiu.
40:46Faz tempo que eu não te vejo.
40:47Ah, pois é.
40:48Minha vida tá uma loucura, Amália.
40:49Você sabe, né?
40:49Pô.
40:50Meu tio morreu pra piorar ainda.
40:52Minha prima, a Regina, foi sequestrada.
40:54A gente tá passando por um momento muito difícil.
40:56Eu tenho que estar aqui do lado da minha família, né?
40:59Do lado da sua família e daquela empregadinha ridícula também, né?
41:04Eu não acredito, Amália, que você, linda do jeito que é, tá morrendo de ciúmes da Célia.
41:10Eu sei que foi por sua causa que ela não foi despedida.
41:14Eu fiquei com pena da menina, pô.
41:16A menina não tem ninguém, Amália.
41:18Fica com pena dela, Rodrigo, pra você ver o que acontece.
41:21Eu não sou mulher de ficar levando chifre na testa.
41:23Amália, você não ligou pra mim pra ficar fazendo essa ceninha de ciúme, né?
41:27Não.
41:28Eu tô ligando porque a doutora Júlia convocou uma reunião de diretoria ainda hoje.
41:34Vem cá.
41:36Você já sabe quem é o inventariante?
41:38Não.
41:40Mas parece que vamos saber daqui a pouco.
41:44Pare com suas ironias, Taveira.
41:51Quem é que tá sendo irônico aqui?
41:53Só tô fazendo meu trabalho, mas eu vejo que isso te deixa muito alterado.
41:56Mas como é que você queria que eu ficasse?
41:58Isso é um absurdo.
42:00Eu tô investigando esses crimes tanto quanto você.
42:02Nós devemos estar unidos nisso.
42:04Mas não.
42:05Eu tô aqui, sendo acusado.
42:06Eu não devia estar sendo acusado de nada.
42:08É meu trabalho checar todas as possibilidades.
42:10Não leve isso pro lado pessoal.
42:12Você tem que concordar, Marcelo.
42:13Que essa tua ligação com a Maria é muito estranha.
42:15Que ligação, hein?
42:16Do que que você tá falando?
42:17Espera, já vamos entrar nesse assunto.
42:20O problema, Marcelo, é que a sua mulher morreu com o mesmo veneno usado pra matar o doutor Sócrates,
42:24o doutor Walker, o Josias Martinelli e agora o Platão Maier.
42:28Por isso, as suspeitas.
42:30Taveira, tenta entender.
42:32Eu não tenho culpa.
42:33Alguém tentou matar a minha filha e matou a minha esposa.
42:37Eu mesmo sofri um atentado quando cheguei no Brasil.
42:40Já entraram até na minha casa pra tentar fazer uma covardia contra mim, contra a minha filha.
42:45Será que você não entende, Taveira, que nessa história eu sou inocente, assim como a Maria?
42:49Tão inocente.
42:50Igualzinha a Maria, muito inocente.
42:53Ô, Dino, para com a ironia.
42:55Nada a ver isso, cara.
42:56Muito caído.
42:56Você acredita que a Maria é inocente?
42:58Acredito.
43:00Mas eu tô achando essa história toda muito estranha.
43:02Marcelo, desde quando você e Maria se conhecem?
43:05Eu conheci a Maria na mesma noite em que eu fui ao circo.
43:12Eu a vi pela primeira vez fazendo o número dela no circo.
43:15Aliás, hoje o número.
43:17Até então eu nunca tinha visto a Maria.
43:28Depois do espetáculo, eu fui aos bastidores conversar com ela.
43:40Quando eu descobri que ela não é filha biológica da Ana e do Pet.
43:45E que existem grandes possibilidades dela ser a filha desaparecida, doutor Sócrates.
43:56O advogado dela, o doutor Cavalho e o amigo Gustavo Gama estavam lá.
44:00Eles podem confirmar.
44:02Eles vão confirmar o que a Maria quiser, Montenegro.
44:04Desculpa, eu não posso confiar.
44:06O meu irmão Beto e minha filha Tatiana também estavam no circo nessa noite.
44:10Você costuma levar a sua filha nas suas investigações, Marcelo?
44:14Eu levei a Tatiana só para ver o espetáculo.
44:16Ela precisava se distrair um pouco.
44:19Ela estava muito abalada ainda com a morte da mãe.
44:21Com os atentados que nós sofremos em Miami.
44:23Coitadinha.
44:24É uma criança ainda.
44:26Não vai gostar nada de saber que a mãe morreu porque o pai estava tendo um caso com uma artista de circo.
44:30Não foi isso que aconteceu, Marcelo?
44:33Você matou a sua mulher e o doutor Walker.
44:35E a Maria matou o suposto pai, Sócrates Maier, para ficar com a herança.
44:41Depois, Josias Martinelli e Platão Maier também foram mortos porque sabiam demais.
44:48Eu só não entendo por que vocês usaram o mesmo veneno.
44:50Cala a boca, Tavera.
44:52Isso é uma calúnia.
44:53Você é um delegado, não um juiz.
44:55A sua obrigação é investigar e não pré-julgar os outros como você está fazendo.
44:58Isso eu não vou admitir.
45:05Sabe você o que é o amor?
45:14Não sabe, eu sei.
45:17Sabe o que é um trovador?
45:19Não sabe, eu sei.
45:24Ah, você não sabe não.
45:35Ah, você não sabe, eu sei.