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AprendizadoTranscrição
00:00...de sentidos especiais que você usa todos os dias, que é muito importante a nossa visão.
00:10A gente vai fazer uma introduçãozinha básica, depois chegar na estrutura do olho,
00:15falar a respeito da retina e seus fotorreceptores, como que se dá o mecanismo da transdução visual,
00:21falar a respeito dos campos receptivos e, por último, qual é a via ótica.
00:26Pessoal, o sistema visual é super importante no nosso dia a dia.
00:30Ele é responsável por detectar e interpretar ondas eletromagnéticas em torno de 500 a 750 nanômetros,
00:38que é o que a gente chama de luz visível, ou seja, é o que você enxerga.
00:44Além disso, ele é responsável por interpretar aspectos como brilho e cor.
00:49Quando a gente vai para o sistema visual, então, o que acontece?
00:52Você está olhando aquele objeto, você recebe a luz, essa luz, ela atravessa as estruturas do olho,
00:58chega na retina.
01:00É na retina que a gente vai ter o processamento da informação, a famosa transdução visual.
01:07Então, você recebe aquela onda eletromagnética, aquela luz, e transforma essa onda eletromagnética
01:13em um estímulo elétrico.
01:16E aí, a gente vai ter uma sinalização.
01:18Essa sinalização, ela vai sair pelo nosso nervo óptico.
01:22E esse nervo óptico, ele cruza no famoso...
01:28Tchau!
01:37Tchau!
01:38Legenda Adriana Zanotto
02:08Legenda Adriana Zanotto
02:38Legenda Adriana Zanotto
03:08Legenda Adriana Zanotto
03:38Legenda Adriana Zanotto
04:08A estrutura do olho é basicamente em camadas.
04:12A gente tem a camada externa, a camada média e a camada interna.
04:17E depois eu vou falar de outras estruturas do olho.
04:20Mas basicamente vamos começar por aí.
04:22A camada externa a gente tem a córnea que ela é transparente.
04:27A córnea ela é responsável por dissipar primeiramente aquela luz que a gente recebe
04:32e proteger o nosso olho.
04:34Depois a gente vai ter a esclera que é o branquinho do olho, o famoso branquinho do olho que é um tecido fibrótico.
04:41E depois a gente tem uma camadinha fininha mais externa à córnea que é responsável por hidratá-la, que é a conjuntiva.
04:51Quando a gente vai para a camada média, nós vamos ter a íris e a coroide.
04:56A coroide ela é um tecido vascularizado responsável pela nutrição da retina.
05:03Já quando a gente vai para a íris, que é o famoso, né, a cor do olho, ou seja, um olho azul, um olho verde.
05:09O que é isso daí?
05:11A íris nada mais é do que músculos.
05:13É o famoso músculo esfinteriano da pupila e o músculo dilatador da pupila.
05:19O que é pupila?
05:21Pupila é o espaço, é aquele orifício por onde passa a luz.
05:25Então a gente tem no nosso sistema nervoso autônomo, o simpático e o parassimpático,
05:31como responsáveis por estar ali atuando nesses músculos.
05:35Então eu abro, né, então você acaba dilatando a sua pupila, então passa mais luz.
05:41Eu fecho, diminui o orifício, passa menos luz.
05:44Então você entende que quando você está no escuro, o que acontece quando eu estou no escuro?
05:49A minha pupila, o meu orifício, ele aumenta.
05:52Por que isso?
05:53Porque eu quero captar mais energia, eu preciso de informação, eu preciso de luz, né,
05:58quanto mais luz eu conseguir captar no escuro, melhor.
06:01Agora eu tenho a luz acesa.
06:03Poxa, não preciso já de tudo isso.
06:06Então vamos, né, fechar essa pupila, vamos diminuir, porque já está bom.
06:10Então vocês entendem, é super importante, a gente vai voltar nesse assunto na aula de
06:15sistema nervoso autônomo.
06:17E por último, a gente tem a camada interna.
06:20A camada interna vai estar a famosa retina.
06:24E aí, pessoal, eu quero duas informações para vocês.
06:26Aqui a gente tem um olho, né, então a gente tem a retina, que é essa camada, né,
06:30toda posterior, o amarelinho, tá?
06:33E ali na outra figura, a gente tem um fundo de olho, que é um exame que o médico faz, né,
06:39ele joga ali a luzinha para ele ver como que está o fundo do olho, que nada mais é a
06:43visualização da retina medicamente falando, né.
06:46Então, no fundo de olho, ali o que a gente enxerga?
06:50Tem uma região que é um ponto cego, é aquele branquinho ali.
06:55O que que é isso?
06:57É um lugar em que a retina, ela não recobre.
07:00Eu não tenho retina ali.
07:02A retina, ela recobre toda a parte posterior do olho, exceto o ponto cego.
07:08No ponto cego, a gente vai ter a saída do nervo óptico.
07:12Também é chamada essa região de região do disco óptico.
07:17Depois eu tenho uma região que é a mácula.
07:19A mácula é a região da retina em que eu tenho a maior acuidade visual.
07:25A minha acuidade visual é enorme ali, mas tem uma região da mácula, que é essa região
07:30aqui com essa depressãozinha bem pequenininha aqui ó, que é chamada de fóvea.
07:36Na fóvea, a gente tem muito, muito cone, que é um fotorreceptor.
07:42Os cones são responsáveis pela acuidade visual.
07:45Então, a mácula, ela tem uma acuidade visual maior, mas a fóvea tem uma região maior
07:52ainda de acuidade visual.
07:54Então, a fóvea é essa região depressível da mácula.
07:58Quando a gente vai para as outras estruturas, a gente tem o humor aquoso, que vai estar
08:03na minha câmera anterior do olho.
08:06O humor aquoso, ele é um líquido que a gente vai ter basicamente água e sal.
08:11Esse líquido, ele é importante para a nutrição ali da córnea, das camadas mais externas.
08:17Além disso, é ele quem é responsável por dar a pressão intraocular.
08:21Quando a gente tem uma doença, por exemplo, como o glaucoma, é uma doença que você vai
08:25ter um aumento do humor aquoso, consequentemente aumentando a sua pressão intraocular.
08:31Já o humor vítreo, ele é um gel, então ele é mais inspeção.
08:35O humor vítreo, ele é responsável por deixar o olho armado, esse aspecto globular do nosso
08:41olho.
08:41E ele é um líquido mais posterior.
08:45Além disso, a gente tem o famoso cristalino, né?
08:48Então, o cristalino, vocês devem conhecer, já ouviram falar que é a famosa lente do
08:53olho, né?
08:54Ele é responsável pelo foco, né?
08:56O foco da imagem.
08:58E, além do cristalino, a gente tem como outras estruturas os ligamentos suspensores.
09:03Então, notem que eles estão segurando ali o seu cristalino, juntamente com os músculos
09:10ciliares.
09:11Quando a gente junta músculo ciliar com ligamento suspensor, a gente tem o famoso corpo ciliar.
09:18O corpo ciliar, além dessa função, né?
09:20Que a gente tem de ajuste da nossa lente, do nosso cristalino, ele também produz o humor
09:26aquoso.
09:28As estruturas externas do olho, musculares, ou seja, a musculatura extrínseca do olho,
09:34é enervado, basicamente, pelo óculo motor, o troclear e o abducente.
09:40O óculo motor, ele vai enervar os músculos retos, exceto o lateral, e o músculo oblíquo
09:48inferior.
09:49O troclear, ele vai enervar o músculo oblíquo superior e o abducente, o músculo reto lateral.
09:56A gente vai agora falar da retina, que é super importante para a gente entender a informação
10:02da visão.
10:03A retina, ela tem 10 camadas.
10:06Nossa, é muita camada, gente.
10:08Vocês vão ver.
10:08A gente vai falar delas.
10:10Além disso, dessas 10 camadas, é nela que estarão os fotorreceptores, ou seja, os cones
10:16e bastões.
10:18Além dos fotorreceptores, tem um outro tipo celular, que são os interneurônios.
10:24Os interneurônios têm as células bipolares, as células horizontais e as células amácrinas.
10:31As células bipolares são aquelas que vão fazer sinapse com os fotorreceptores.
10:36As células horizontais, elas são moduladoras, elas ficam ali, sabe, inibindo, deixando estimular,
10:42elas ficam ali, modulando aquela sua resposta.
10:46E as células amácrinas, elas também são células moduladoras, mas a gente vai ter elas
10:50mais no finalzinho ali, perto das células ganglionares.
10:54As células ganglionares, elas são neurônios praticamente, porque são nelas que vai acontecer
11:01potencial de ação.
11:02Você não vai ter potencial de ação nos fotorreceptores.
11:07A única célula da retina que gera potencial de ação, o famoso potencial de ação, são
11:13as células ganglionares.
11:14E nelas, elas vão ter um axônio, em que esse axônio vai dar origem a quem?
11:20Ao seu nervo óptico.
11:22Ou seja, é a célula ganglionar que é a via de saída ali da retina.
11:28Vamos para as camadas, então.
11:29A gente tem a camada do nervo óptico, acabei de falar para vocês, é a nossa via de saída
11:34da retina.
11:36Então, o nervo óptico são axônios de células ganglionares.
11:40Depois vem a camada da célula ganglionar.
11:42Depois da camada da célula ganglionar, a gente tem a plexiforme interna.
11:46A plexiforme interna é onde eu tenho os componentes pré e pós-sinápticos das células
11:54ganglionares e dos interneurônios.
11:57Depois eu tenho a camada nuclear interna.
12:00Como fala o nome?
12:01Nuclear é onde eu vou ter os núcleos dos meus interneurônios.
12:07Depois a plexiforme externa, que é onde eu vou ter esses compostos pré e pós-sinápticos,
12:14mas não mais das células ganglionares e dos interneurônios.
12:18Eu vou ter dos interneurônios e dos fotorreceptores.
12:22Olha que interessante, faz todo sentido.
12:24Depois eu tenho a camada nuclear externa.
12:27Nuclear eu vou ter núcleo de alguém.
12:29Quem são eles?
12:30Justamente o núcleo dos fotorreceptores.
12:33Depois a camada fotorreceptora, em que eu vou ter os segmentos dos fotorreceptores,
12:40que eu vou mostrar para vocês.
12:41Eles têm segmentos, esses segmentos vão estar na camada fotorreceptora.
12:46E por último, a camada de células pigmentadas.
12:50Essas células pigmentadas, as luzinhas, elas são importantes,
12:54porque guardem essa informação, tá?
12:56Asterisco.
12:57Elas vão fornecer aos fotorreceptores um elemento importante,
13:03que é o 11-cis-retinal, tá?
13:07Guardem isso, é o 11-cis-retinal.
13:09Eu vou voltar nessa substância.
13:12Então, qual que é a diferença entre cone e bastão, né?
13:16Que são os nossos fotorreceptores.
13:19Os bastonetes, eles têm uma sensibilidade à luz com limiar baixo.
13:24Eles vão ser importantes naquela luz de baixa intensidade, na visão noturna.
13:29Eles têm uma baixa acuidade.
13:31Consequentemente, se eles têm uma baixa acuidade,
13:34você infere que eles estão o quê?
13:35Ausentes na fóvea.
13:37Não falei para vocês que a fóvea é uma região que, nossa, eu enxergo super nítido.
13:41Então, não tem bastão na fóvea.
13:44A adaptação à escuridão, ela vai ser uma adaptação tardia.
13:48E não é responsável por visão colorida aos bastonetes.
13:52Agora, quando a gente vai para o cone, é tudo ao contrário.
13:55Então, o cone, ele tem uma sensibilidade à luz com limiar alto.
13:59Então, ele é muito importante para a nossa visão diurna.
14:04A acuidade, ela é alta.
14:06Então, ele vai ter muito cone na fóvea.
14:08Além disso, a adaptação à escuridão, ela é precoce.
14:12E a sua visão colorida, ela é muito importante nos cones e não nos bastões.
14:19Como que são essas células?
14:21Então, vamos ver.
14:22A gente tem os cones e os bastões.
14:26Você tem aqui terminais sinápticos, que vai fazer sinapse com as células bipolares
14:32e, por vezes, com as células horizontais.
14:36E aí, a gente tem aqui o corpinho dele, o núcleo.
14:39E aí, você tem o segmento interno.
14:42O segmento interno dos fotorreceptores é onde eu vou ter a síntese de fotopigmento.
14:50Olhem isso, fotopigmento.
14:51E aí, você tem o cílio.
14:54O cílio, ele é que une o segmento interno com o segmento externo.
15:01Uma vez que o meu fotopigmento foi feito no segmento interno,
15:06ele vai passar para o segmento externo, para estar ali prontinho, está lá estocadinho.
15:12Entendeu?
15:12A diferença é que aqui, no seu cone, você tem dobras de membrana.
15:18E no bastão, você tem discos de flutuação livre.
15:21Mas, basicamente, essa é a estrutura dos cones e bastonetes.
15:27E aí, a gente vai falar a respeito da distribuição deles,
15:30que também tem diferença, além de tudo que a gente falou.
15:33Olha, vejam o gráfico.
15:35Então, eu tenho aqui a região da fóvea, região nasal, região temporal.
15:42Então, fóvea, onde é muito nítido.
15:45Aqui, região nasal, região temporal.
15:47Quando eu falo de cone, onde que vocês veem, que é o azulzinho, hein?
15:53Onde que tem muito cone na fóvea?
15:57Agora, quando você vai para a periferia, para a parte nasal e temporal, já não tem tanto.
16:02Aí, quando você vai para o vermelhinho, que é quem?
16:05Os bastonetes.
16:06Os bastonetes, na região da fóvea, não existem.
16:11Não tem nada.
16:12Agora, quando você vai para a periferia, para a região nasal e temporal,
16:15tem muito bastonete.
16:18Então, existe essa diferença de distribuição.
16:21Além disso, uma coisa super legal, lembra que eu falei para vocês do disco óptico, né?
16:25Ali onde sai o nervo óptico, que ali é um ponto cego.
16:29Ou seja, não tem camada de retina ali.
16:32Olha que interessante o nosso gráfico, onde está escrito disco óptico.
16:36Não tem ninguém, não tem nem cone e nem bastão.
16:40Porque justamente isso que eu falei, não tem camada de retina recobrindo essa região.
16:45Então, como que ocorre a fotorrecepção?
16:48Você vem lá, luz, luz, luz, luz, atingiu retina.
16:52A hora que atingir a retina, a galera aqui da fotorrecepção vai ser a galera que vai receber primeiro.
16:59Então, cones e bastões estão aqui bonitinhos.
17:02Está só esperando.
17:04Depois que recebeu a fotorrecepção aqui nos cones e bastões,
17:09os elementos que a gente tem posteriormente são quem?
17:13As células bipolares e as células horizontais.
17:16Olha que belezinha aqui.
17:18O rosinha é a célula horizontal, o rosinha mais escuro, né?
17:21Esse aqui.
17:22E o rosinha mais claro é a sua célula bipolar.
17:26E depois vai fazendo sinapses até você chegar na sua célula ganglionar.
17:32Ali no final, na célula ganglionar, eu vou ter os axônios,
17:35que depois vão virar o seu nervo óptico e vai sair da retina.
17:40E bora pra frente, lá via óptica, depois quiasma e núcleo geniculado lateral e córtex, certo?
17:49Transdução visual é feita como?
17:51Então, agora eu estou dentro do meu fotorreceptor, tá, galera?
17:54Então, assim, a gente viu, né, como que fez pra luz chegar ali.
17:58E agora a gente está dentro do fotorreceptor.
18:00Eu quero saber o que acontece ali no meu cone e bastão.
18:03Ok.
18:04Eu tenho, então, o fotopigmento.
18:07Lembra disso.
18:08Tá lá o fotopigmento no seu cone e no seu bastão.
18:11Esse fotopigmento, ele é chamado de rodopsina.
18:15A rodopsina, ela é opcina com 11-cis-retinal.
18:21Lembra que eu falei pra vocês do 11-cis-retinal, tá?
18:24Que era, né, da célula pigmentada que ela ia deixar prontinho ali pro seu fotorreceptor.
18:30Então, isso forma o meu fotopigmento.
18:33Hora que eu recebo a luz, o que que acontece?
18:35Esse 11-cis-retinal, ele vai ser transformado em O, em todo, todo trans-retinal, certo?
18:45Esse todo trans-retinal vai acabar ali se dissociando, né, da opcina.
18:51Então, eu dissociei.
18:52Então, o que que vai acontecer?
18:54Isso acaba ativando uma proteína G, que é a transducina.
19:00Se vocês têm dúvida como que atua a proteína G, não entendi nada do que a Lili falou, vai na aula de Segundos Mensageiros, que a gente fala a respeito da proteína G no geral, né?
19:12Porque tem muitos tipos de proteína G, mas como mais ou menos elas atuam.
19:16E aí, a gente tem essa proteína G importante, que é a transducina.
19:19A transducina vai fazer o quê?
19:23Ela estimula a fosfodiesterase, que é aquele PDE ali, ó, tá vendo o PDE?
19:29Isso é fosfodiesterase.
19:30A fosfodiesterase, ela vai fazer o quê?
19:33Ela vai quebrar o GMP cíclico em GMP.
19:37Ou seja, a quantidade de GMP cíclico dentro da sua célula vai, ó, pum, lá no chão, vai diminuir.
19:45Essa diminuição vai acontecer o quê?
19:48Ela é responsável por fechar os canais de sódio.
19:52Consequentemente, se eu fechei canais de sódio, o que que vai acontecer?
19:56Não entra.
19:57Então, a sua quantidade de sódio intracelular diminui.
20:01Consequentemente, a sua célula, ela vai hiperpolarizar.
20:05Ok, vamos partir daí.
20:07Então, se eu estimulei ali, ó, o fotorreceptor com luz, eu dei luz pro fotorreceptor,
20:12você vai ter uma rodopsina ativa, um fotopigmento ativo, né, a gente já viu do GMP, cíclico, lá, lá, lá.
20:20O que que vai acontecer?
20:21Canal de sódio fechado, né, chegamos nisso.
20:23Canal de sódio tá fechado.
20:25Se o canal de sódio, ele está fechado, você hiperpolarizou o seu bastonete.
20:30Ok.
20:31Se eu hiperpolarizo o meu bastonete, o que que acontece ali no meu terminal pré-sináptico?
20:37Eu não libero glutamato, que é o meu neurotransmissor.
20:41Não liberei.
20:42Ah, Aline, então o que que vai acontecer com a célula bipolar?
20:45Ela vai ser inibida.
20:46Não, querido.
20:47Calma.
20:48Isso não.
20:50Depende.
20:50A minha resposta vai ser pra você.
20:52Depende do receptor de glutamato.
20:54A gente vai ver isso.
20:55Então, não dá pra eu falar pra você se vai inibir ou se vai estimular.
20:59Isso vai depender do receptor que a gente tá falando, tá?
21:02Então, bora de novo.
21:03Diminuição de GMP cíclico, vai fechar canais de sódio, consequentemente hiperpolarizou,
21:10diminuiu glutamato e aí o efeito na sua célula bipolar vai depender do receptor.
21:16O receptor que não recebe luz, não recebeu luz.
21:20Então, a sua rodopsina, ela tá lá, inativa.
21:23Agora, você lembra, gente, é tudo ao contrário.
21:26O que a gente acabou de aprender é tudo ao contrário.
21:29Rodopsina inativa, eu não vou ter uma baixa de GMP cíclico.
21:35Eu vou ter uma alta de GMP cíclico.
21:37Se eu tenho uma alta, meu canal de sódio tá lá, abertão.
21:41Então, eu vou ocasionar uma despolarização.
21:44Não é potencial de ação.
21:46Por isso que eu até deixei ali bem escrito.
21:48Porque eu falei pra vocês que potencial de ação que engena na retina
21:52não é o fotorreceptor.
21:55É a célula ganglionar.
21:56O que você vai gerar é uma despolarização básica.
22:00E aí, você vai ter um aumento do glutamato.
22:04E vocês podem me perguntar novamente.
22:06Ah, Lini, se tem glutamato na fenda, então vai excitar a célula.
22:10Calma.
22:11Depende do receptor.
22:13Eu não sei qual vai ser o efeito na célula bipolar.
22:16Isso vai depender dos receptores de glutamato.
22:19Então, os receptores de glutamato, a gente vai ter na célula bipolar
22:22e nas células horizontais.
22:24Existem dois tipos.
22:26Os ionotrópicos, que são despolarizantes e excitatórios.
22:30Então, se eu tenho glutamato, ele se liga a um ionotrópico, vai excitar.
22:36Agora, encontrei um metabotópico.
22:39E aí?
22:39E aí que vai hiperpolarizar e vai inibir.
22:43Então, vamos ver como que isso acontece.
22:45Então, se eu não tenho luz, ou seja, eu tenho muito glutamato,
22:50e aí eu entro em contato com o ionotrópico, então eu vou excitar e despolarizar.
22:54Se eu entrar em contato com o metabotrópico, eu vou inibir e hiperpolarizar.
22:59Já se for ao contrário, eu tenho luz, ou seja, eu tenho pouco glutamato.
23:06Então, eu entrei em contato com o ionotrópico, vai inibir e hiperpolarizar.
23:10Se eu tiver um metabotrópico, vai excitar e despolarizar.
23:15E agora vamos com um conceito importante, que são os campos receptivos das células bipolares,
23:22que vocês podem encontrar como centro-on, periferia-off ou ao contrário.
23:28Então, aqui a gente tem luz, certo?
23:31Se eu tenho luz, tenho pouco glutamato ali, fotorreceptor.
23:36Depois, esse fotorreceptor, ele vai lá fazer a sinapse com a célula bipolar.
23:41E eu tenho também a célula horizontal, não falei para vocês que elas ficam lá no meio,
23:46só modulando, né?
23:47Falando, não, inibe aqui, excita ali.
23:49Ok, então eu tenho luz, pouco glutamato.
23:54Entro em contato com o meu receptor, isso vai gerar uma resposta excitatória ou inibitória.
24:01Mas, pessoal, entendam que não é em todo o campo da célula bipolar.
24:05Por isso, chamam de campos receptivos.
24:07O campo receptivo da sua célula bipolar, na parte central,
24:12a parte central do campo receptivo da sua célula bipolar,
24:15ela responde ao fotorreceptor.
24:18Então, aqui, por exemplo, eu tive uma resposta inibitória central.
24:23Já quando você vai para a periferia da sua célula bipolar,
24:28a periferia, ela responde à célula horizontal,
24:32aquela modulação que ela está fazendo ali.
24:34E essa resposta, ela vai ser inversa ao centro.
24:39Ou seja, se eu inibir o centro, eu estimulo a periferia.
24:43Se eu estimulei o centro, eu inibo a periferia.
24:46É o famoso centro on, periferia off, enfim, liga, desliga.
24:51Vocês podem encontrar isso nos livros textos.
24:54E agora vamos falar do campo visual, ou seja, o que eu enxergo, né?
24:58Então, estou lá, estou lá vendo, sei lá, vamos supor que a gente está vendo um livro, né?
25:03E que o livro, metade dele é amarelo e metade é verde.
25:07A parte verde, ela está à direita, né?
25:11Então, estou vendo um livro, só que ele é meia-meio.
25:13E a parte verde está na direita.
25:15Quando eu olho para o livro e a partinha verde dele está na direita,
25:20a hora que você olha, a projeção daquela imagem,
25:24quando você vai para a retina, ela não está à direita.
25:28Ela está à esquerda.
25:30Olha que coisa interessante.
25:31Então, está à esquerda.
25:32O mesmo vai acontecer para o amarelo, para a parte amarela do seu livro.
25:37A parte amarela do seu livro, ela está à esquerda.
25:40Mas ela não está à esquerda da sua retina.
25:42Ela vai estar à direita.
25:45Então, ela vai estar na hemirretina à direita.
25:47E aí, uma outra coisa interessante.
25:50Então, toda coisa que você enxerga...
25:52Então, eu enxerguei o livro.
25:54E eu estou vendo a parte verde, que está na minha direita.
25:59Onde que vai essa informação?
26:00Essa informação está indo para o seu cérebro, na parte esquerda.
26:06Então, da mesma maneira que está se projetando na retina,
26:09hemirretina esquerda, também vai se projetar no seu hemisfério esquerdo.
26:15Isso é muito importante, pessoal.
26:17É muito importante para a gente poder entender as lesões.
26:21Se na hora que chegar em lesão, vocês vão ficar...
26:23Nossa, não entendi nada.
26:25Por que está preto e está branco?
26:26Então, guardem isso daqui.
26:28Esse conceito é um dos mais importantes em visão.
26:32Ok.
26:33Então, você foi lá, enxergou, projetou para a retina.
26:38E aí, você vai pegar, sai nervo óptico, chega no quiasma óptico.
26:43Então, vocês notem que tem coisas que cruzam, determinados campos que cruzam,
26:48e outros que não, que ficam do mesmo lado.
26:51Por isso que vai ter aquelas consequências que eu falei para vocês, né?
26:54De um campo visual acaba sendo no outro hemisfério, acaba sendo contralateral.
27:00Depois disso, do quiasma, eu vou para o meu trato óptico e vou fazer sinapse no núcleo geniculado lateral do tálamo.
27:09Sai daqui e vai para o seu córtex occipital.
27:14E aí, o que acontece, né?
27:15A gente acaba entendendo essas consequências das lesões.
27:19Então, vamos supor, um, né?
27:22Que eu lesionei o meu nervo óptico.
27:24Tive uma neurite ótica por causa de lupus, sei lá, qualquer doença esquisita.
27:29Tive uma neurite ótica grave, à direita.
27:32Então, você vai perder todo o seu campo visual.
27:35Você está enxergando, você estava olhando aquele livro lá, que eu estava falando para vocês,
27:39você não está enxergando mais nada.
27:41Mas do olho direito, do olho que eu tive a neurite ótica, tá?
27:46Porque ali foi a ressecção de todo o seu nervo óptico.
27:50Agora, vamos para dois, né?
27:52Então, em dois, eu estou tendo o quê?
27:54Uma lesão no quiasma óptico.
27:57Então, eu vou comprometer aquelas fibras que cruzam.
28:01Agora, as fibras que não cruzam, que elas estão ali, né?
28:05Passando bem rente, que elas passam do mesmo lado rente e vão embora.
28:10Essas não estão comprometidas.
28:12E é por isso que eu entendo, se eu tiver uma lesão de quiasma óptico,
28:16eu vou ter esse padrão de comprometimento.
28:19Agora, se eu tiver uma lesão, no caso do córtex, uma lesão cortical,
28:26ou uma lesão das radiações ópticas, ou do seu corpo geniculado lateral,
28:32vai ser basicamente parecido, né?
28:34Então, eu entendo por que eu vou ter esse tipo de comprometimento.
28:38Olha, gente, aqui, esse slide, é muito importante que vocês olhem.
28:43Ah, não entendi, Aline.
28:45Então, volta para aquele slide que eu falei para vocês.
28:48Olha bem, aqui você está falando do campo, do que você está enxergando, tá?
28:52Não confunda com a projeção na retina, porque isso é muito comum.
28:57Bom, pessoal, foram pontos importantes da aula.
29:00A estrutura do olho, falamos a respeito da retina, dos fotorretina e a via ótica,
29:06além das lesões e suas consequências.
29:09Essas foram...