• 6 years ago
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Síndrome do Pânico\r
Definição\r
É um transtorno onde há descarga de noradrenalina na circulação, ocorrendo crises de extrema ansiedade, com duração de até 20 - 30 minutos levando o indivíduo a um medo intenso. Apresenta sintomas como: taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos), sudorese, calafrios, formigamentos em pernas e braços, tontura, ondas de frio e de calor, etc. Acredita que vai ficar louco, ter um ataque cardíaco ou morrer.\r
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As crises aparecem subitamente e são muito angustiantes.\r
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É semelhante à reação de luta ou fuga normal, onde diante de um perigo temos uma ativação do sistema nervoso autônomo simpático com liberação de noradrenalina. Assim, o sangue, pela vasoconstrição, é desviado dos outros órgãos para chegar ao cérebro e músculos rapidamente, a fim de preparar o organismo para correr ou enfrentar o perigo.\r
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Os ataques de pânico são recorrentes e levam ao medo excessivo de apresentar outra crise.\r
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Após apresentar uma crise de pânico em determinado lugar - dentro de um elevador, em pontes, transporte público, enquanto dirige, etc. - o indivíduo pode desenvolver medos irracionais (fobias) destas situações. Desenvolve-se ansiedade antecipatória que é a ansiedade pelas situações que vão ocorrer no futuro e o indivíduo começa a evitá-las. Pode chegar ao extremo do indivíduo não sair mais de casa, a não ser acompanhado.\r
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Na maioria dos casos, desenvolve-se, então, a agorafobia (medo de espaços abertos onde a ajuda possa não ser possível).\r
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Os ataques de pânico tem freqüência variável, podendo ocorrer várias vezes num dia ou passar semanas ou meses sem crises.\r
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Diagnóstico\r
Presença de ataques de pânico (crises de intensa ansiedade e medo, recorrentes e inesperadas) seguidas de pelo menos um mês de preocupação em ter outro ataque, medo das consequências ou de mudanças de comportamento relacionadas a eles.\r
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Seus sintomas principais são:\r
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Ataques de Pânico inesperados e recorrentes\r
Aceleração dos batimentos cardíacos\r
Sensação de formigamento nos membros ou em todo o corpo\r
Transpiração excessiva\r
Tremores\r
Diarréia\r
Sensação de sufocamento, dificuldade para respirar\r
Dor ou desconforto no peito\r
Náusea\r
Tontura\r
Ondas de frio ou calor\r
Sensação de desmaio\r
Sensação de que vai perder o controle ou de ficar louco\r
Medo de morrer associado a pavor\r
Despersonalização (a pessoa não se sente ela mesma)\r
Desrealização (o mundo que o cerca parece outro, diferente, estranho)\r
Sensação de instabilidade\r
A pessoa geralmente vive apreensiva, ansiosa e com medo de passar por todo aquele sofrimento novamente.\r
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Os ataques não são devido a doenças físicas ou a intoxicação por drogas ou a outros distúrbios de ansiedade.\r
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Diagnóstico Diferencial\r
Há a necessidade de se fazer o diagnóstico diferencial com outras doenças físicas, como:\r
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Doenças cardíacas\r
Infeçcões\r
Meningites\r
Distúrbios hormonais\r
Epilepsia\r
Bronquite asmática\r
Alterações vestibulares\r
Uso de substâncias como: cocaína, anfetaminas, cafeína, alucinógenos, maconha, certos medicamentos, álcool e outros.\r
Possíveis Causas\r
Provavelmente há uma descarga de noradrenalina do Locus Ceruleus, um núcleo de células nervosas localizado na Ponte (região do cérebro).\r
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Além disso, os comportamentalistas acreditam que haja um condicionamento entre a crise de pânico e um estímulo que se torna fóbico.\r
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Para os psicanalistas, um material proibido reprimido no inconsciente é trazido para a consciência abruptamente, devido a um afrouxamento da censura, levando a medo e ansiedade extrema.\r
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Não só o desequilíbrio bioquímico, alteração da serotonina e noradrenalina, mas também os fatores psicológicos, sociais e ambientais contribuem no desenvolvimento da síndrome.\r
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É comum a busca de Pronto Socorros devido ao grande mal estar, medo de estar infartando devido à taquicardia provocada pela crise ou pelo medo de estar morrendo.\r
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O sofrimento e mal-estar são intensos e traumáticos.\r
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Ocorre principalmente em jovens de 20 a 40 anos.\r
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Tratamento\r
O controle das crises se faz com antidepressivos e tranquilizantes em segunda escolha, pelo potencial de adição. Evita-se cafeína e outros estimulantes.\r
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Os antidepressivos preferenciais são os inibidores da recaptação da serotonina (IRSS) e os tricíclicos.\r
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A psicoterapia cognitiva comportamental e a dinâmica são também fundamentais.\r
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