Um documento interno de alguém que pertence à própria IURD confirma o esquema das adoções ilegais denunciado pela TVI. A mulher do Bispo Romualdo, que é responsável máximo da IURD em Portugal, confessa tudo numa carta de 11 páginas a que a TVI teve acesso.
Márcia recebu Fábio, com 18 meses, da mão de Alice Andrade, a secretária do Bispo Macedo que foi testa de ferro nestas adoções ilegais. Fábio foi entregue no Brasil, à margem da justiça portuguesa,
Fábio Miguel Tavares foi-me entregue no Brasil no dia 8 de abril de 1997 para ser meu filho”, escreveu a mulher do Bispo Romualdo, Márcia, na carta a que a TVI teve acesso.
Antes, o Tribunal de Familia português tinha dado a guarda dos irmãos a Alice Andrade. A secretária do Bispo Macedo, que era a pessoa responsável pelas crianças, disse ao tribunal viver entre Lisboa e Los Angeles, ser diretora artística e querer adotar estas crianças.
Alice comprometeu-se a apresentar os irmãos à justiça portuguesa sempre que fosse chamada, tal como confirma Márcia na carta.
Em Janeiro do ano de 1998 Alice disse que precisava ir a Portugal com o menino juntamente com os seus dois irmãos (Vera e Luis) para apresentar-se à assistente social”, escreveu Márcia na carta.
No passaporte de Fábio constam vários vistos entre o Brasil e os EUA. Fábio estava separado dos irmãos, Vera e Luís, e viajava cada vez que era necessário que as crianças comparecessem perante os tribunais portugueses.
O esquema estava bem montado: Vera e Luis deixavam a casa do Bispo Macedo, Fábio vinha do Brasil e todos se reuniam na casa de Alice Andrade nos Estados Unidos, onde eram instruídos para mentir às autoridades portuguesas, dizendo que viviam todos juntos.
A assistente social entrevistou e eles haviam sido treinados pela Alice para mentir dizendo que viviam com ela”, confirma Márcia nesta carta.
Estranho ninguém ter suspeitado do esquema pois Fábio falava brasileiro porque vivia com Romualdo no Brasil, enquanto os seus irmãos mais velhos falavam inglês, uma vez que estavam a viver com a filha do Bispo Macedo em Los Angeles.
Em abril ano de 2000 novamente ela disse que o menino precisava de juntar-se aos irmãos porque mais uma vez precisavam de voltar a Portugal ,desta vez penso que diante de um juiz”, sublinha Márcia na carta.
A Alice pediu-me que o levasse 10 dias antes para poder treiná-los para o que dizer diante do juiz”, lê-se noutra parte do texto.
Mas Viviane e o Bispo Júlio Freitas devolveram Vera e Luís a Alice Andrade. Vera tinha sete anos e Luís seis quando foram viver com Alice. O problema era Fábio que vivia feliz com Romualdo e Márcia. Edir Macedo não queria incompatibilizar-se com o homem que geria a IURD no Brasil. Há anos que Fábio era Filipe Barbosa Panceiro, filho do bispo Romualdo, conforme atesta a certidão brasileira falsa a que a TVI teve acesso.
Alice tinha um problema para resolver. Precisava dos três irmãos juntos, quer decidisse adotá-los, quer optasse por os devolver ao lar da IURD em Portugal.
A Alice nos ligou dizendo que haviam feito uma denúncia de que o menino morava em Brasil e que por isso não poderia deixá-lo voltar até que a adoção estivesse completamente resolvida.”
Durante mais de um ano, Márcia viajou todos os meses do Brasil para visitar Fábio na casa da Alice, nos Estados Unidos.
Ela combinou que nós poderíamos visitar o menino, foi muito dificil poder vê-lo apenas uma semana de cada mês.”
Na carta, Márcia apontou o dedo acusador a Alice Andrade:
Alice passou a ensiná-lo a chamá-la de mãe e o seu marido de pai. Diziam que tinha que ser assim pois as crianças passariam por nova entrevista. Eu comecei a achar muitas coisas estranhas, inclusive não queria que eu falasse mais em português com o meu filho,dizendo que era diferente o sotaque de Portugal na entrevista e iriam descobrir tudo.”
Depois de cinco anos a chamar-se Filipe no Brasil, Fábio volta a ser Fábio em casa de Alice Andrade, nos Estados Unidos. Confuso, Fábio deixou de receber as visitas de Márcia com quem tinha crescido e que considerava mãe.
A Alice disse que era melhor eu dar um tempo sem falar com o menino por telefone e também não visitá-lo mais até dezembro pois haveria a última entrevista e o menino precisava desligar-se um pouco de mim e apegar-se mais a ela, para que desse certo. Em julho de 2001 saiu a confiança Judicial e entrou-se com o processo de adoção. Esperei 6 meses, sem falar sequer com o meu filho pois ela não deixava (….) em dezembro de 2001 foi a última vez que falei com o meu filho. Em julho de 2001 foi a última vez que o vi.”
Aos poucos, Márcia percebeu que Alice lhe estava a esconder algo e um dia a secretária doBbispo Macedo disse-lhe o que a mulher de Romualdo nunca pensou ouvir.
Ela disse então que não devolveria a criança.”
Aos nove meses, Fábio sentiu o primeiro abandono quando foi arrancado dos braços da mãe biológica por uma asistente social. O segundo abandono sentiu-o aos 18 meses, no dia em que foi separado dos seus irmãos. Aos cinco a
Márcia recebu Fábio, com 18 meses, da mão de Alice Andrade, a secretária do Bispo Macedo que foi testa de ferro nestas adoções ilegais. Fábio foi entregue no Brasil, à margem da justiça portuguesa,
Fábio Miguel Tavares foi-me entregue no Brasil no dia 8 de abril de 1997 para ser meu filho”, escreveu a mulher do Bispo Romualdo, Márcia, na carta a que a TVI teve acesso.
Antes, o Tribunal de Familia português tinha dado a guarda dos irmãos a Alice Andrade. A secretária do Bispo Macedo, que era a pessoa responsável pelas crianças, disse ao tribunal viver entre Lisboa e Los Angeles, ser diretora artística e querer adotar estas crianças.
Alice comprometeu-se a apresentar os irmãos à justiça portuguesa sempre que fosse chamada, tal como confirma Márcia na carta.
Em Janeiro do ano de 1998 Alice disse que precisava ir a Portugal com o menino juntamente com os seus dois irmãos (Vera e Luis) para apresentar-se à assistente social”, escreveu Márcia na carta.
No passaporte de Fábio constam vários vistos entre o Brasil e os EUA. Fábio estava separado dos irmãos, Vera e Luís, e viajava cada vez que era necessário que as crianças comparecessem perante os tribunais portugueses.
O esquema estava bem montado: Vera e Luis deixavam a casa do Bispo Macedo, Fábio vinha do Brasil e todos se reuniam na casa de Alice Andrade nos Estados Unidos, onde eram instruídos para mentir às autoridades portuguesas, dizendo que viviam todos juntos.
A assistente social entrevistou e eles haviam sido treinados pela Alice para mentir dizendo que viviam com ela”, confirma Márcia nesta carta.
Estranho ninguém ter suspeitado do esquema pois Fábio falava brasileiro porque vivia com Romualdo no Brasil, enquanto os seus irmãos mais velhos falavam inglês, uma vez que estavam a viver com a filha do Bispo Macedo em Los Angeles.
Em abril ano de 2000 novamente ela disse que o menino precisava de juntar-se aos irmãos porque mais uma vez precisavam de voltar a Portugal ,desta vez penso que diante de um juiz”, sublinha Márcia na carta.
A Alice pediu-me que o levasse 10 dias antes para poder treiná-los para o que dizer diante do juiz”, lê-se noutra parte do texto.
Mas Viviane e o Bispo Júlio Freitas devolveram Vera e Luís a Alice Andrade. Vera tinha sete anos e Luís seis quando foram viver com Alice. O problema era Fábio que vivia feliz com Romualdo e Márcia. Edir Macedo não queria incompatibilizar-se com o homem que geria a IURD no Brasil. Há anos que Fábio era Filipe Barbosa Panceiro, filho do bispo Romualdo, conforme atesta a certidão brasileira falsa a que a TVI teve acesso.
Alice tinha um problema para resolver. Precisava dos três irmãos juntos, quer decidisse adotá-los, quer optasse por os devolver ao lar da IURD em Portugal.
A Alice nos ligou dizendo que haviam feito uma denúncia de que o menino morava em Brasil e que por isso não poderia deixá-lo voltar até que a adoção estivesse completamente resolvida.”
Durante mais de um ano, Márcia viajou todos os meses do Brasil para visitar Fábio na casa da Alice, nos Estados Unidos.
Ela combinou que nós poderíamos visitar o menino, foi muito dificil poder vê-lo apenas uma semana de cada mês.”
Na carta, Márcia apontou o dedo acusador a Alice Andrade:
Alice passou a ensiná-lo a chamá-la de mãe e o seu marido de pai. Diziam que tinha que ser assim pois as crianças passariam por nova entrevista. Eu comecei a achar muitas coisas estranhas, inclusive não queria que eu falasse mais em português com o meu filho,dizendo que era diferente o sotaque de Portugal na entrevista e iriam descobrir tudo.”
Depois de cinco anos a chamar-se Filipe no Brasil, Fábio volta a ser Fábio em casa de Alice Andrade, nos Estados Unidos. Confuso, Fábio deixou de receber as visitas de Márcia com quem tinha crescido e que considerava mãe.
A Alice disse que era melhor eu dar um tempo sem falar com o menino por telefone e também não visitá-lo mais até dezembro pois haveria a última entrevista e o menino precisava desligar-se um pouco de mim e apegar-se mais a ela, para que desse certo. Em julho de 2001 saiu a confiança Judicial e entrou-se com o processo de adoção. Esperei 6 meses, sem falar sequer com o meu filho pois ela não deixava (….) em dezembro de 2001 foi a última vez que falei com o meu filho. Em julho de 2001 foi a última vez que o vi.”
Aos poucos, Márcia percebeu que Alice lhe estava a esconder algo e um dia a secretária doBbispo Macedo disse-lhe o que a mulher de Romualdo nunca pensou ouvir.
Ela disse então que não devolveria a criança.”
Aos nove meses, Fábio sentiu o primeiro abandono quando foi arrancado dos braços da mãe biológica por uma asistente social. O segundo abandono sentiu-o aos 18 meses, no dia em que foi separado dos seus irmãos. Aos cinco a
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