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: “O que mata é o agente da ponta que não sabe dialogar”, diz professora sobre EUA

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Transcrição
00:00É interessante dizer que, nas últimas décadas,
00:04os Estados Unidos se consolidaram
00:06como um desses principais centros de emissão de ideia, valor e produto cultural.
00:11Por isso que tudo que vem de lá causa tantos efeitos.
00:15Somos influenciados não apenas pelas políticas globais que deles emanam,
00:22mas também como um modo como esse mundo pensa, consome e se comunica.
00:26Agora, aqui no Brasil, isso reverbera de um modo muito mais intenso.
00:31E, como você disse, não é só cultural.
00:34A gente está falando de novas estruturas de lei, de pesquisa, de aspectos políticos,
00:41mas também que vão ecoar lá na ponta dessa conversa, Cazé, com as famílias.
00:48Porque o que mata, e a gente sabe disso, não é assinatura lá dentro da Casa Branca.
00:54O que mata é aquele agente lá da ponta que ainda não sabe dialogar
00:59entre esses pontos máximos e esses pontos mínimos.
01:03E, aqui no Brasil, a gente tem isso de um modo muito exacerbado.
01:07Basta dizer que as políticas, de um modo geral, não se discutem mais...
01:12Hoje, nós não conseguimos discutir política
01:16de um ponto de vista daquilo que seria passível de ouvir o outro.
01:22A gente chegou num ponto que ou você é uma coisa ou você é outra.
01:26E quem está tentando se entender nesse jogo
01:28vai sendo colocado nesse lugar de não dizer nada.
01:33O que acontece com a Erica Hilton, comigo...
01:36Eu até separei aqui, porque eu queria mostrar para você
01:40essas coisas que a gente chama de apito de cachorro.
01:44Quando você faz uma coisa, mas só quem é do seu grupo
01:48vai entender exatamente o que você está fazendo.
01:53Essa aqui é a minha passagem de retorno.
01:56Não sei se eu posso mostrar aqui.
01:58Deixa eu tentar tirar os dados sensíveis.
02:01Mas eu quero mostrar isso aqui para vocês.
02:03Aqui, por exemplo, eles colocam, no meu caso,
02:08que tem os documentos, meu passaporte, eu sou uma mulher,
02:12eu sou uma mulher de 50 anos, sou professora pesquisadora
02:16da Universidade de Pittsburgh.
02:19E sem me consultarem, apenas por verem a aparência,
02:23eles colocaram um MR aqui, que significa Senhor.
02:28Então, quando isso acontece com uma pesquisadora,
02:32uma professora como eu, eles não estão acionando o governo,
02:37não é nada disso.
02:39Eles estão falando de uma prática que é para avisar
02:43quem está lá do outro lado sobre uma possibilidade
02:47de prejuízo, de insegurança, de algum pacto político,
02:52coisas que, por exemplo, eu, enquanto pesquisadora, estava alheia.
02:56Eu não tinha noção do que estava acontecendo até acontecer.
03:00Quando eu vi o bilhete da Delta, por exemplo,
03:03aqui a empresa, que depois, posteriormente,
03:05entrei em contato e perguntei, eles se desculparam,
03:08disseram que foi um erro e, enfim, a prova substancial está aqui.
03:15Mas esse tipo de anúncio do governo Trump,
03:20ele não pega, o que eu estou tentando dizer é isso,
03:23ele não é direcionado para Erica Hilton ou para fulano de tal.
03:29É um grupo de ações que vão, que estão direcionadas
03:34para esse avanço das frentes conservadoras
03:37e que têm trabalhado no mundo de um modo muito perverso.
03:41né?

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