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NotíciasTranscrição
00:00O que temos para essa terça-feira, Silmar, para começar a nossa conversa?
00:15Está vindo mercados um pouco mais calmos hoje, preços das ações, mercado de ações subindo,
00:21mundo afora, bolsas da Ásia fecharam já em alta, maior parte, bolsa de Xangai com alta
00:26de 0,2%, mesmo com tarifas, as bolsas chinesas estão reagindo ultimamente de forma até positiva.
00:34O índice DAX na bolsa de Frankfurt, na Alemanha, ainda aberta a bolsa de Frankfurt, com alta
00:40de 1,5%.
00:42Bolsas americanas, o índice Dow Jones subindo também, 0,3%, dólar também volta a subir
00:48depois de vários dias de queda, dólar índex, compara uma moeda americana com outras moedas
00:53fortes.
00:53Mercado ouro também positivo, com alta de 0,1%, que no Brasil não é diferente.
01:01Mercado de câmbio aqui com dólar subindo também, 0,2%, R$ 5,86.
01:07Mercado de ações também alta, índice Bovespa na B3 sobe 0,3% nesse momento.
01:12Mercado de commodities agrícolas também relativamente calmo, milho na bolsa de Chicago sobe 0,2%,
01:19na contramão o trigo cai um pouco, 0,8%, também a soja, 0,9%.
01:24Na bolsa de Nova York sobe o café arábica, 1,9%, café robusta em Londres também com alta
01:32de 1,5%.
01:34Destaque por suco laranja, que volta a disparar, subiu bastante ontem, sobe bastante hoje, quase
01:4110%, 9,8% nesse momento.
01:44Mercado se refazendo aqui das quedas exageradas que aconteceram no início do ano, tanto aí
01:49preço se acomodando no patamar mais favorável aqui ao suco brasileiro, que daqui a dois meses
01:56já começa a safra nova aqui no Brasil, com exportações do suco brasileiro a partir de
02:00junho.
02:01Na contramão açúcar, o bruto inovar caindo, 1,3%.
02:05Boi gordo no mercado funciona B3, também com leve queda de 0,3% nesse momento.
02:11Esse é o retrato dos principais mercados agrícolas e financeiros nesse final de manhã de terça-feira,
02:17tá vendo?
02:18Vamos deixar o Trump e seus tarifácios de lado, porque cada dia ele anuncia uma coisa, então
02:22acho que é chover no molhado, como a gente diz, né?
02:25Vamos para outros assuntos aí que interessam mais.
02:28Lá eles se resolvem, cada dia é uma decisão.
02:31Com a queda nos preços de óleos vegetais, o Brasil abre espaço para elevar a mistura
02:36de biodiesel a 15%, segundo a ABOV, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais.
02:44Em fevereiro deste ano, o Conselho Nacional de Política Energética, o CNPE, decidiu manter
02:50a mistura de biodiesel no diesel em 14%.
02:53A medida tinha como objetivo evitar um possível aumento nos preços dos alimentos.
02:58Agora, com a recuperação das condições de oferta e demanda de óleos vegetais, o governo
03:03brasileiro ganhou espaço para aumentar a mistura de biodiesel, aponta o diretor de economia
03:08da ABOV, Daniel Amaral.
03:10Segundo o diretor, a elevação dos preços de óleos vegetais no início deste ano foi
03:15influenciado por fatores externos como câmbio e problemas na safra de palma no sudoeste
03:20asiático.
03:21Amaral completou dizendo que a indústria brasileira tem capacidade industrial e o aumento
03:26da demanda por biodiesel não afetará os preços para os consumidores.
03:30Estou aqui, inclusive, por pessoas da ABOV e de outras entidades, que o Brasil tem capacidade
03:36suficiente para esmagar a soja aí, para fazer óleo e para acrescentar ao biodiesel.
03:43Portanto, essa mistura já podia ser maior, né, Simone?
03:44Olha, houve muita reclamação com essa medida investiva do governo adotada em fevereiro,
03:51supostamente para combater a inflação, interrompendo a sequência do aumento da mistura de biodiesel
03:58ao óleo diesel.
03:59Está programada para março, o início a aumento de 14% para 15% nessa mistura.
04:06Surpreendentemente, o governo cancelou, suspendeu e adiou indefinidamente, não fixou data aí
04:11para o retorno desse aumento da mistura.
04:14Isso frustrou muito as indústrias que se prepararam a aumentar a capacidade.
04:18A indústria de etanol de milho, o pessoal se preparando aqui para uma maior oferta e uma
04:26maior demanda também, e realmente foi uma frustração, uma quebra de contrato, na verdade, né?
04:31Você se programa alguma coisa, investe, gasta dinheiro, aumenta a capacidade da indústria
04:37e, de repente, um penaço lá, um tarifaço lá, o presidente Lula cancela.
04:41Esse aumento da mistura.
04:43Isso frustrou muita gente e agora a própria BIOB vem falando aqui que está na maior.
04:47E ainda é hora de voltar a esse aumento da mistura, porque a situação é completamente
04:53tranquila.
04:54Passar para recorde de soja, tem óleo de soja à vontade aqui no mercado, os preços caíram.
04:59Portanto, não tem porquê, não tem nenhuma justificativa que justifique a continuidade
05:06dessa suspensão do aumento da mistura.
05:09Está mais que na hora, portanto, de voltar atrás e permitir imediatamente aqui o aumento
05:13da mistura para 15%, que já devia estar acontecendo desde o início de março, e realmente favorecendo
05:20aqui o investimento feito para as indústrias.
05:21Além disso, aumentando a capacidade de produção que vai ser em benefício do próprio consumidor
05:26de diesel aqui no Brasil e também eventualmente para alguma exportação com a demanda maior
05:31que vai surgir certamente depois desse tarifaço do presidente Donald Trump contra uma série
05:37de países aqui, ou seja, beneficia o Brasil nesse sentido em termos de maior demanda de
05:41qualquer produto que sai daqui.
05:43Está na hora de mudar isso aí.
05:44É, tem que mudar essa política, porque você anuncia uma coisa aí, como você mesmo
05:49disse, a indústria se prepara, faz investimentos e depois você volta atrás com um argumento
05:55que não se justifica, de dizer que o esmagamento para acrescentar ao biodiesel é inflacionário
06:02para o preço do óleo de soja na gôndola do supermercado.
06:05Já foi dito pelas autoridades aqui.
06:07Então, não promete.
06:08Então, fala assim, olha, a partir de março a mistura de biodiesel vai ser de 15%.
06:16Se tiver biodiesel, se não tiver, continua com menos.
06:20Enfim, eu acho que é mais lógico e mais sensato, porque já foi dito e você confirmou
06:25e eu confirmo e as entidades confirmam, isso não é inflacionário.
06:29É a mesma coisa que dizer que produzir etanol inflaciona o preço do açúcar no mercado.
06:35Ora, bolas, temos cana-de-açúcar para dar e vender, de sobra.
06:39Temos soja para dar e vender, de sobra.
06:42Vamos mudar essa política.
06:44Eu acho que tem que fazer o seguinte, a partir de junho vai ser 25%.
06:47Se tiver quantidade e se o preço for bom, a Petrobras compra.
06:51Se não tiver ou o preço não compra, vai continuar com uns 13%, 12%, 15%.
06:56Não promete.
06:57Melhor, né, se o marco?
06:59Sem dúvida, né, André?
07:00A gente tem toda a razão.
07:01Então, se fixam a política e depois não se cumprem, isso é muito ruim, né,
07:05do ponto de vista da confiança no poder público.
07:08Aliás, o que está acontecendo também é nos Estados Unidos, né?
07:10Você imagina as empresas americanas que investiram lá em aumento de capacidade industrial,
07:15os produtores de sobra dos Estados Unidos que estão investindo em aumento na área de plantio,
07:19de repente, numa penada, num canetaço, o presidente Donald Trump frustra toda essa expectativa,
07:25todo esse investimento, causa um prejuízo imenso para milhões de pessoas nos Estados Unidos.
07:30É que não pode acontecer aqui também, né?
07:33A traga atrapalha todo o planejamento que existe, né?
07:37Por exemplo, a Apple foi lá e fretou cinco aviões carregados de celulares, de iPhones,
07:42para levar para os Estados Unidos para depois não pagar a tarifa.
07:45Aí você desabastece o mercado, aí você inflaciona.
07:48A indústria fica desequilibrada.
07:49Eu estava lendo ontem no Infoglobo uma reportagem.
07:52Para produzir um iPhone, você tem componentes de 30 a 33 países.
07:58A camerazinha vende um, a capinha vende outro, o chip tal vende outro, o outro vende outro.
08:04Aí a indústria vai comprando conforme a demanda.
08:07Aí, de repente, esgota o estoque, a indústria precisa pedir mais.
08:10Aí o filipino lá diz, ah, eu não tenho a capinha agora, eu preciso fazer.
08:16Aí vai demorar.
08:17Aí não tem produto para entregar a inflação.
08:18Essas políticas de governo são absurdas.
08:23Absurdas porque não pensam no outro lado.
08:25É um negócio impressionante.
08:27Vamos em frente.
08:28O Instituto Brasileiro dos Feijões e Pulsos, o IBRAF,
08:31recomendou que federações de agricultura da região sul e as organizações de cooperativas
08:37iniciem o processo de solicitação de recursos governamentais
08:40para a formação de estoques reguladores de feijão.
08:45A medida objetiva é estabilizar os preços do feijão preto,
08:48que se aproxima do preço mínimo estabelecido pelo governo nesta safra,
08:52de R$ 152,91 por saca.
08:57A entidade sugeriu ao governo que redirecione as compras para o feijão preto,
09:02no lugar da variedade denominada por carioca,
09:04que mantém preços relativamente mais elevados.
09:07A recomendação será encaminhada por meio da Câmara Setorial
09:11para conhecimento e possível implementação da Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab.
09:17Outra alternativa, já em prática, são as exportações do feijão preto,
09:21que atingiram a marca de 17 mil toneladas.
09:25Porém, o volume ainda não é o suficiente para reverter a tendência de baixa nos preços domésticos.
09:30Pois é, mercado do feijão, é preciso ter estoque regulador, sim, sim.
09:36Mas é preciso saber que o feijão é consumido de forma diferente e em variedades diferentes por todo o Brasil.
09:42Não é todo mundo que come o feijão preto.
09:45Não é, Silmar?
09:46Eu sou consumidor de feijão preto, detesto o outro lá, o carioquinha.
09:52Aqui no Sul, na verdade, é a característica aqui de feijão preto, né?
09:56O Estado produz, o Estado consome feijão preto.
10:00Praticamente não se vê aqui o feijão chamado carioca aqui no Sul.
10:03Mas, enfim, o Instituto Feijão de Pússia está preocupado realmente com a queda
10:08que vem ocorrendo nos preços do feijão em geral,
10:10tanto o preto quanto o carioquinha,
10:12por conta do aumento da produção.
10:13A safra é maior esse ano, a Conab, inclusive, distribuiu,
10:17na semana passada, já um novo levantamento sobre a produção.
10:20A safra cresceu, tanto os preços vêm caindo,
10:23estão muito prestes ao preço mínimo oficial de garantia,
10:25que basicamente é o custo de produção.
10:27Estava vendo aqui ontem, preto no Paraná,
10:30que é o principal estado produtor,
10:32R$ 160,00 por saca e vinha caindo.
10:35E o preço mínimo é R$ 152,00.
10:37Então, está muito próximo aí de cair o preço,
10:40o nível do custo da produção até abaixo disso.
10:42Então, o Instituto está preocupado.
10:44Nesse caso aqui, acha prudente, portanto,
10:46a formação de estoques reguladores.
10:48Ao contrário do pessoal do arroz,
10:50que acha que não há necessidade,
10:51que tem arroz suficiente para abastecer o mercado,
10:54que a preocupação do governo que era com preço alto não existe mais.
10:58No caso aqui, é o problema de custo do produtor,
11:01ou seja, medo do preço cair abaixo do custo,
11:05faz com que o Instituto, portanto,
11:07acredite que seja a hora de governo formar estoques reguladores de feijão,
11:11no objetivo de proteger o produtor, nesse caso aqui,
11:15pela proximidade já da queda dos preços em relação ao custo de produção.
11:21Faz algum sentido.
11:22Embora existam algumas críticas com relação à interferência do governo no mercado,
11:27nesse caso, parece fazer sentido aqui,
11:29pelo menos é o ponto de vista do Instituto Brasileiro de Feijão e Pouça.
11:32É, você citou, eu dei o exemplo aí do consumo do feijão,
11:37diferente em regiões do Brasil.
11:39No Rio Grande do Sul, como você mesmo afirmou,
11:41é o feijão preto que predomina.
11:43No Rio de Janeiro também é o feijão preto.
11:44Agora aqui em São Paulo, feijão preto é para feijoada.
11:47É só na feijoada de quarta e sábado.
11:50Dificilmente vai um feijão preto para panela lá em casa
11:52ou na casa de algum paulista ou paulistano.
11:56São os hábitos do consumidor.
11:58E saindo daqui e indo para a Argentina,
12:01o presidente Javier Milley anunciou nesta segunda-feira
12:04o fim da redução dos impostos sobre exportações de produtos agropecuários
12:08para junho deste ano.
12:10Acordou, Milley? Vamos lá.
12:12A medida de redução está em vigor desde janeiro de 2025,
12:17com o intuito de estimular a entrada de divisas no país,
12:20com antecipação da liquidação de dólares pelo setor agroindustrial.
12:25As declarações de Milley aconteceram junto com o anúncio
12:27do início de um novo regime cambial.
12:29A decisão pode influenciar os preços internacionais de commodities
12:33como soja, trigo e milho.
12:36Vale lembrar que o país argentino é o maior exportador mundial de farelo de soja,
12:40principal fornecedor de trigo para o Brasil
12:43e o terceiro maior exportador de milho mundialmente.
12:46Esse negócio de trabalhar com os preços de commodities agrícolas
12:50com política de governo não dá certo com esse negócio de exportação.
12:55A Argentina foi a bancarrota por conta disso,
12:57naquele governo populista que tinha antes.
13:00O Trump está pagando um mico danado lá e um preço caro,
13:03porque foi mexer também com coisas do agronegócio.
13:08Aqui no Brasil, vira e mexe, querem derrubar a lei Candir,
13:12querem enfiar um tipo de imposto em exportação.
13:15Gente, para com isso.
13:16Deixa que o mercado se regula, não é, Silmar?
13:18Infelizmente, na Argentina, existe uma tradição na interferência
13:24nesses mercados agrícolas.
13:26Houve uma pausa aqui, o presidente Milley reduziu as tarifas
13:30da exportação de soja, milho, trigo.
13:34Tinha outros produtos também de girassol,
13:35também tem uma tarifa de exportação para proteger o mercado interno.
13:39É uma medida protecionista aqui que quase nunca dá certo.
13:43E sempre sob protesto dos agricultores argentinos.
13:45Reduziu, deu um certo alívio, um certo respiro lá, mas não tem jeito.
13:50Ele já tinha anunciado, inclusive, que isso era temporário.
13:53Então, já está deixando claro aqui que em junho volta, está aí fácil,
13:57que é uma forma de arrecadação de divisas.
13:59A agricultura argentina é uma grande contribuidora para impostos lá no país.
14:04O país está meio quebrado, conseguiu um impresso FMI aí,
14:07agora para tentar pagar conta antiga.
14:10A gente precisa tocar para frente aqui com algum tipo de receita
14:13que garanta a continuidade lá do funcionamento da máquina pública.
14:18E isso significa a volta das tarifas aqui sobre exportação.
14:22São chamadas retenciones, ou seja,
14:25cada tonelada de soja que o país exporta tem uma tarifa lá
14:29que atualmente estava em 35%, caiu agora, deve voltar para esse patamar.
14:34E assim vale para outros produtos também, com diferentes percentuais.
14:37Soja é o produto mais taxado e significa aí o imposto que o governo arrecada
14:42do agricultor argentino, que detesta isso aí.
14:45Mas convive, já está praticamente acostumado.
14:48Depois de anos e anos de governos protecionistas, como você bem mencionou.
14:53Ô Silmar, esse negócio de retenciones, ninguém recomenda não, viu?
14:57Nem os médicos, que falam que quando você está apertado,
15:00com vontade de fazer xixi, vai logo ao banheiro.
15:02Porque senão a retenção rompe a barreira e você faz um grande estrago.
15:06O Milen também agora vai para um ano e meio,
15:15também decolou que nem cavalo paraguaio e no meio do caminho começou a tropicar, né, Silmar?
15:24É verdade.
15:26Mas ainda tem um certo respaldo, tanto que o FMI está confiando nele,
15:29está emprestando 20 bilhões de dólares lá para segurar as pontas e pagar as contas também.
15:35Ou seja, está havendo um certo grado de confiança,
15:38porque ele conseguiu realmente dar estabilidade na inflação, né?
15:40A inflação caiu na Argentina, pegou um país quebrado, né?
15:43Com a inflação lá de 300%, conseguiu realmente dar uma consertada básica.
15:48Mas tem muito desafio ainda pela frente para a Argentina voltar a ser o que foi
15:53num determinado passado, né?
15:55Retenções não recomendadas.
16:00Inclusive, Conselho Médico, a Organização Mundial da Saúde, recomenda.
16:06Não retenções.
16:09Sempre em frente e livre.
16:12Silmar, ótima terça-feira para você.
16:14Amanhã a gente se fala novamente.
16:15Abraço, amigo.
16:16Tavinho, boa tarde para você, toda a equipe aí.
16:19Até amanhã.
16:20Tchau.