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Com fontes limpas e biodiversidade abundante, o Brasil tem tudo para comandar a transição energética. Erasmo Batistela, CEO da Be8, o advogado Guilherme Vinhas e o pesquisador sênior do instituto ClimaInfo, Shigueo Watanabe Junior, destacaram as oportunidades do país com etanol, biodiesel e políticas públicas sustentáveis.

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Transcrição
00:00E o Brasil possui um grande potencial para gerar energia com fontes limpas.
00:06Assim, o país garante uma posição de vantagem para liderar a transição energética.
00:11A ideia é reduzir o uso de combustíveis fósseis e aumentar a participação dos biocombustíveis.
00:17Nessa reportagem você acompanha como há muitas oportunidades para o Brasil neste mercado.
00:24Rios, florestas, áreas de cultivo, o Brasil é rico em recursos naturais.
00:29E toda essa biodiversidade guarda um potencial que vai muito além de paisagens incríveis.
00:35É um potencial para gerar energia renovável, que vem de recursos que se reabastecem,
00:41como a água, o sol, o vento e a biomassa, ou seja, os restos de plantas, animais, resíduos das cidades.
00:50Imagina só a quantidade de biomassa que podemos produzir em nossas extensas regiões de plantio.
00:56Essa matéria orgânica de origem animal ou vegetal pode ser usada para gerar calor, eletricidade e combustíveis para motores.
01:07Bom, não falta energia verde por aqui.
01:12Mais de 80% da nossa eletricidade, por exemplo, vem de fontes limpas.
01:17É a matriz elétrica mais verde do G20, que reúne as maiores economias do mundo.
01:24Não é tão fácil encontrar isso em grandes quantidades em outros lugares.
01:28Hoje, o país tem uma posição de vantagem para comandar os rumos da transição energética,
01:34que é uma meta internacional.
01:37Em 2015, o Brasil e mais de 190 países assumiram o compromisso do Acordo de Paris.
01:43O objetivo é limitar o aumento das temperaturas a 1,5 grau acima dos níveis pré-industriais.
01:50Para isso, é preciso reduzir as emissões de gases de efeito estufa, como o gás carbônico.
01:55Esses gases vêm principalmente da queima de combustíveis fósseis usados na indústria e nos transportes,
02:02como petróleo, carvão e gás natural.
02:05A ideia é descarbonizar a economia.
02:08E aí está a oportunidade do Brasil.
02:11O Erasmo Batistela, que é CEO da B8, uma empresa focada em energia renovável,
02:17conta que o país é referência em descarbonização.
02:20Na minha opinião, o Brasil já ocupa uma posição de destaque no cenário global,
02:26positiva para a transição energética e a redução dos gases de efeito estufa.
02:31O Brasil, recentemente, na COP, ele, inclusive, aumentou o seu compromisso
02:37na redução dos gases de efeito estufa de 58% para 65%.
02:42Ou seja, o Brasil tem compromisso formal.
02:45Agora, o Brasil não faz isso de hoje.
02:47O Brasil tem um histórico nesse sentido.
02:50Se nós olharmos, por exemplo, o setor da energia elétrica,
02:54a nossa matriz elétrica é uma das mais limpas do mundo.
02:58Nós precisamos reduzir as emissões para, primeiro, parar de aumentar a temperatura
03:02e, depois, conseguir, se possível, reduzir as emissões,
03:06porque nós estamos sentindo na pele os efeitos das mudanças climáticas.
03:11É que os gases de efeito estufa formam uma camada ao redor do planeta
03:15que retém calor e provoca o aquecimento global.
03:18As altas temperaturas, por sua vez, aceleram as mudanças climáticas.
03:24Com isso, secas, incêndios, inundações e tempestades ficam mais frequentes
03:30e causam inúmeros prejuízos, inclusive para a economia.
03:33Entre 1993 e 2022, mais de 9 mil eventos climáticos extremos causaram mais de 765 mil mortes.
03:47As perdas econômicas diretas chegaram a 4 trilhões de dólares.
03:53Pesquisador sênior do Instituto Clima Info, Shigeo Watanabe Jr., lista os principais impactos.
03:59Entre 70% e 80% do aquecimento global, das emissões desses gases de efeito estufa,
04:05vem porque a gente está queimando combustível fóssil.
04:08O combustível fóssil é derivado de petróleo e gás natural.
04:11Então, a gente vai ter mais esses eventos extremos, como furacões e coisas do tipo.
04:17Mas, principalmente, o que a gente vê como a grande ameaça,
04:22é que vai ter mais secas nas regiões produtoras de alimento.
04:26Nós vamos passar por um período de insegurança alimentar forte.
04:29Isso, normalmente, afeta muito mais os países mais pobres do que os países mais ricos.
04:34E de onde vêm os gases de efeito estufa?
04:37Atualmente, a China concentra a maior parte das emissões, mais precisamente, 32%.
04:43Já os Estados Unidos respondem por 14%.
04:47E o Brasil é responsável por apenas 1%.
04:51É que, ainda hoje, muitos países dependem do petróleo, do carvão e do gás natural.
04:58A média global de uso de matrizes limpas é baixa, só 15%.
05:02Em alguns lugares, há uma limitação de fontes renováveis,
05:06o que traz uma certa resistência para investimentos em energia verde.
05:11Só que o relatório mais recente das Nações Unidas alerta que isso precisa mudar,
05:15ou a temperatura do mundo pode subir até 3 graus Celsius.
05:21Tecnicamente, ainda é possível atingir a meta de 1,5 grau, firmada no Acordo de Paris.
05:27Mas isso requer grande mobilização internacional.
05:31De acordo com a ONU, as nações devem se comprometer a reduzir 42% das emissões anuais de gases nos próximos cinco anos.
05:41Lá fora, o contexto político é mais desafiador.
05:44Os Estados Unidos, por exemplo, deixaram neste ano o Acordo de Paris.
05:49Nesse sentido, o Brasil, com sua alta capacidade de produção de energia renovável,
05:54pode ter um papel central para articular a transição energética.
05:59Quem analisa a nossa relevância nesse cenário é o advogado especializado em transição energética, Guilherme Vinhas,
06:06que é mestre em economia do direito pela Universidade Rei Juan Carlos e especialista em direito econômico pela FGV Rio.
06:14A saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, sem dúvida alguma, é ruim, por vários motivos, inclusive para a transição energética.
06:22Mas o presidente Trump não tem o monopólio da transição energética nos Estados Unidos, muito menos no mundo.
06:28Então, a questão reputacional, a pressão dos consumidores, as empresas americanas que têm programas net zero,
06:36e mesmo governos subnacionais nos Estados Unidos, como a Califórnia, não vão abandonar a transição energética.
06:43Eu acho que talvez seja o momento da gente investir.
06:46Quer dizer, talvez seja exatamente o momento em que o Brasil deve ganhar esse protagonismo
06:51para aproveitar um vale que o presidente Trump está criando no mundo nesse setor.
06:56Mas, afinal, se a gente diminui o óleo diesel e a gasolina, feitos a partir do petróleo, o que entra no lugar?
07:06Para a Erasmo Batistela, os biocombustíveis podem ser a solução.
07:10É o caso do etanol e do biodiesel, que possuem matérias-primas orgânicas, como cana-de-açúcar, óleos vegetais e gordura animal.
07:19Por exemplo, um caminhão que hoje utiliza diesel, ele pode passar, a partir de amanhã, utilizar, por exemplo, o biodiesel, 100%,
07:29o Bivante, que é um produto nosso, brasileiro, em 100%, o HVO, que é o diesel verde.
07:35Ou seja, é uma solução imediata para a gente acelerar a descarbonização nas empresas.
07:41E o mais importante, o menor custo de mercado.
07:44Porque nós precisamos, sem sombra de dúvida, fazer a transição energética sustentável e, sob todos os aspectos, econômico, ambiental e social.
07:55Na minha opinião, o Brasil, também, no último ano, criou políticas públicas muito importantes para servirem de base.
08:02E, aqui no Brasil, a gente acelerar a transição energética e a redução dos gases de efeito estufa.
08:08Em 2023, a produção nacional de etanol e biodiesel atingiu quase 43 bilhões de litros, um recorde.
08:18Um mercado que ainda pode se expandir mais e se consolidar como solução para descarbonizar o país e o mundo a curto prazo.

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