Durante a Brasil Emirates Conference, Kátia Abreu destacou o papel do agronegócio brasileiro no abastecimento global. Jean Paul Prates, ex-presidente da Petrobras, reforçou o protagonismo do país na transição energética.
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NotíciasTranscrição
00:00A notável aqui do Real Time, Kátia Abreu, está hoje em Dubai.
00:04Durante o Brasil Emirates Conference, evento promovido pelo LID,
00:07ela falou sobre as exportações do agronegócio brasileiro
00:10e destacou o papel do país no abastecimento de alimentos no mundo.
00:15Então eu começo falando especialmente para os nossos amigos dos países árabes que estão aqui,
00:23especialmente de Dubai, Abu Dhabi e de tantos outros,
00:27que o Brasil tem números impressionantes.
00:31O Brasil e os Estados Unidos são os maiores exportadores de alimentos do mundo.
00:38Nós exportamos volumes impressionantes.
00:41O Brasil com os Estados Unidos tem uma diferença apenas de 7% dos Estados Unidos na nossa frente.
00:48Mas a China não é a que mais produz no mundo?
00:50Sim, mas ela tem muito mais habitantes e, portanto, a sua alimentação produzida lá
00:56que é a campeã do mundo, é consumida totalmente naquele país.
01:02Então ele passa a ser, na verdade, a China, o quarto exportador de alimentos do mundo.
01:07E Brasil e Estados Unidos em primeiro lugar.
01:11Bom, diante disso, os nossos alimentos, eles irão para onde?
01:16Para onde eles vão, os nossos alimentos?
01:18Resumidamente, nós temos três lugares principais, três destinos principais de toda a nossa exportação.
01:28Nós representamos em torno de 7% a 8% das exportações de agronegócio no mundo inteiro.
01:35Se pegar todas as exportações do Brasil, incluindo o agro, nós representamos 2,5%.
01:42Mas quando tira só o agronegócio, nós representamos 7% a 8% de tudo que se comercializa no planeta Terra.
01:52Só que é uma concentração também das nossas vendas, Roberto.
01:5856% do que nós vendemos vai para a China, 29% para a Europa, 24% para os Estados Unidos.
02:07São os três maiores destinos das nossas exportações.
02:11A FAO espera de nós, desde muitos anos atrás, e isso nós já fizemos muito depois dessa previsão,
02:18ela não retomou essa previsão, mas, coisa de 10, 15 anos atrás, a FAO colocou uma lista de países
02:27e a responsabilidade de cada país para alimentar mais 1 bilhão e 800 mil pessoas em 2050.
02:36Colocou para o Brasil, em primeiro lugar, uma expectativa de aumento de produção de 40%.
02:43Brasil, aumente 40% porque nós vamos precisar de vocês em 2050.
02:49Estados Unidos, aumente 24% porque nós vamos precisar de vocês em 2050.
02:55Foi as duas maiores exigências, depois vem para 12, 10, 8.
03:00Então, o Brasil é visto pela FAO como esse grande potencial de responder a pergunta que aqui me foi colocada.
03:10E essa mágica, Kátia, como será? Nós vamos desmatar o Brasil inteiro?
03:15Nós vamos desmatar a floresta amazônica? Nós vamos desmatar todo o cerrado?
03:20Não. Eu não estou falando de nenhum palmo de desmatamento.
03:24Mas também deixo registrado que não é proibido desmatar no Brasil.
03:29Não pode ter desmatamento ilegal, mas se for dentro das normas e das regras, ainda é permitido, sim, desmatamento.
03:40Então, mas mesmo assim, podendo, essa contabilidade não inclui desmatamentos novos legais.
03:48Dos ilegais, nós nem comentamos.
03:50Nesse sentido, senhores irmãos árabes, nós temos um país de tamanho continental, vocês sabem disso.
04:01Nós desenvolvemos uma pecuária bovina muito forte.
04:06Somos o maior produtor e o maior exportador de carne bovinas do mundo,
04:12assim como também das aves, dos frangos.
04:17Só que essas terras foram feitas com muita dificuldade, muitas sem tecnologia.
04:24Então, hoje nós estamos fazendo no Brasil, eu, inclusive, na minha fazenda,
04:28eu sou proprietária rural, na minha fazenda, eu transferi tudo de pecuária para a agricultura,
04:34justamente para melhorar a performance das terras das minhas fazendas e dos meus filhos.
04:43Então, hoje nós estamos com uma produtividade altíssima na nossa fazenda,
04:48que não ocorria há 10 anos atrás.
04:51E assim, muitos produtores no Brasil estão trocando pecuária por agricultura
04:57e isso que vai acontecer é que a pecuária não vai diminuir,
05:02ao contrário, a pecuária está aumentando de tamanho,
05:05mas usando menos terras, porque elas estão mais férteis
05:09e deixando mais terras para os grãos.
05:13Então, hoje, a FAO, se nós pegarmos, segundo a Embrapa,
05:18mais ou menos só de terra degradada, de fazenda que não está boa para a pecuária,
05:24se nós pegarmos os 26 milhões de hectares e mais um pouco de melhora
05:29na própria agricultura, nós teremos disponíveis mais 36 milhões de hectares.
05:34Isso significa que nós vamos sair de 325 milhões de toneladas
05:39e chegar em 2050 produzindo 600 milhões de toneladas.
05:45O ex-presidente da Petrobras, Jean-Paul Prates, também participou da conferência.
05:50Ele defendeu uma transição energética eficiente, baseada em inovação,
05:55justiça social e parcerias estratégicas.
05:58Além disso, Prates destacou que o Brasil reúne condições únicas para liderar esse processo.
06:05Nós, hoje, pretendemos, embora tenhamos dificuldades às vezes,
06:10liderar transição energética e transformação ecológica.
06:15E concordo com a ministra Isabela quando coloca as inversões retóricas,
06:18que são importantes, quando a gente fala, por exemplo, em extensão,
06:23em ampliação energética, soma, adição energética,
06:28e adição não no sentido de viciar-se, mas adição no sentido de adicionar fontes,
06:33porque, de fato, o mundo cresce, nós todos estamos inserindo cada vez mais pessoas
06:37socialmente no convívio mais confortável, em patamares cada vez mais superiores em consumo e receita.
06:46E, portanto, a tendência natural, todos os estudos econômicos de energia indicam isso,
06:53é que isso projeta maior demanda energética constantemente, e em qualquer economia do mundo.
06:59raramente encontrar-se há um caso em que isso não está acontecendo.
07:04Em todas as economias do mundo está crescendo a demanda por energia,
07:08e em todas elas existe uma fonte próxima, acessível, e, portanto, eventualmente,
07:13a mais coerente de se buscar.
07:16E há países onde essa fonte é o petróleo, e continuará sendo.
07:20Temos exemplos como a Guiana, tivemos conversando com nigerianos, hoje é por aqui.
07:23E sabemos que esses países não se desgarrarão tão cedo, serão talvez os últimos a saírem
07:29dessa matriz produtora de petróleo, e proverão ainda, nesses extertores da era do petróleo,
07:35o suficiente para que a comunidade mundial, ainda dependente dele, possa abastecer-se.
07:42Mas nós, de fato, estamos fazendo muito na transição energética, e não é de hoje.
07:47Desde os anos 70, o Brasil, por necessidades, inclusive, estratégicas,
07:52desenvolveu o maior programa de biocombustíveis do mundo, e o mais bem sucedido,
07:58em função até do tempo em que resistiu, inclusive, a crises a ele imputadas
08:05pela contra-choque do petróleo em 86, por exemplo.
08:10Ali houve grandes desafios ao qual sucumbiram grandes projetos também existentes
08:17em países como os Estados Unidos e outros, Europa, por exemplo.
08:19E nós persistimos nesse processo, e nós conseguimos vencer, porque hoje
08:25mesclamos biocombustíveis ou bioinsumos aos nossos combustíveis com muito sucesso,
08:31uma economia grande, punjante, que tem um setor de transportes importante,
08:35que ainda contém as ineficiências que a ministra Isabela se referiu aqui,
08:39por exemplo, de ter fretes de diesel para transportar combustível menos nobre
08:44de uma ponta a outra do país, e por isso disse aqui que no nosso suco imaginário
08:49um dos investimentos necessários é, com certeza, a logística em tudo,
08:53também em combustíveis, mas nós superamos grandes fases de importador absoluto
09:00de petróleo e derivados, para hoje sermos mais exportadores em volume
09:05do que o próprio Kuwait, que é um dos membros dos grupos de países árabes do Golfo e da OPEP.
09:11Obrigado.