A escalada nas tensões comerciais continuam a crescer após o anúncio do tarifaço realizado por Donald Trump. Depois dos Estados Unidos subirem as tarifas sobre a China para 145%, o governo de Xi Jinping anunciou nesta sexta-feira (11) que vai aumentar a taxação sobre produtos americanos para 125%, a partir deste sábado. O Ministério do Comércio chinês também anunciou ter entrado com um processo contra os Estados Unidos, na Organização Mundial do Comércio Exterior, alegando práticas unilaterais de coerção e “bullying”. Nosso correspondente internacional Luca Bassani analisa a guerra comercial e também o atual cenário na Europa após o anúncio das tarifas recíprocas.
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NotíciasTranscrição
00:00E a escalada nas tensões comerciais continua a crescer, justamente após o tarifaço realizado por Trump.
00:07E nós vamos dar sequência, depois dos Estados Unidos também subirem as tarifas,
00:11a China, claro, recuou e agora fez, então, a sua também, o seu movimento de 145% para cima.
00:19O governo de Xi Jinping anunciou nesta sexta-feira, então, que vai aumentar a taxação sobre produtos americanos
00:25para 125% a partir deste sábado.
00:29É uma guerra mesmo, aumenta dali, aumenta daqui.
00:33E o Ministério do Comércio Chinês também anunciou ter entrado com um processo contra os Estados Unidos
00:39na Organização Mundial do Comércio Exterior, alegando práticas unilaterais de coerção,
00:45inclusive bullying também, alegando o governo chinês.
00:48E para entender como se encontra o atual cenário da guerra comercial entre ambos os países
00:54e também como as nações europeias estão respondendo ao tarifácio global.
01:00Nós recebemos agora o nosso correspondente da Europa, Luca Bassani,
01:04que vai trazer todos os detalhes aí, o correspondente da Jovem Pan.
01:07Luca, seja bem-vindo.
01:09De fato, semana após semana, nós estamos acompanhando o desenrolar dessa guerra.
01:14E fica assim, 100 para cá, 145 para lá.
01:17A situação não tem parada, Luca.
01:19Seja bem-vindo.
01:21Muito obrigado, Marcelo.
01:23Olá a você e a todos que acompanham o Oragado Agro.
01:25Realmente, essa situação tarifária tem preocupado os diversos cantos do mundo,
01:31mas parece que esses dois titãs, os Estados Unidos e a China,
01:34não irão recuar, pelo menos é o que mostrou as últimas semanas de aumentos consideráveis.
01:40Desde que Donald Trump assumiu a presidência em 20 de janeiro,
01:44já tarifas foram anunciadas sobre os produtos chineses,
01:46inicialmente de 10%, que depois viraram 20%,
01:50até o tarifácio aumentar consideravelmente este patamar,
01:55aí subindo para 34%, depois para mais de 5%
01:59e estacionando na faixa dos 145%.
02:02Os chineses, que disseram não querer participar de uma guerra comercial,
02:06também deixaram claro que não podem ficar sem responder.
02:10Portanto, a resposta chinesa de 125% acabou abalando os mercados asiáticos, europeus
02:16e também nos Estados Unidos, considerando essas duas grandes economias.
02:20Se juntarmos os Estados Unidos com a China, dá quase 40% do PIB mundial.
02:25Então, essa relação econômica saudável entre os dois é muito importante,
02:30é fundamental para todos os demais países do mundo,
02:33considerando também os mercados consumidores de ambos.
02:36Estamos falando dos Estados Unidos, um país muito rico,
02:38com mais de 300 milhões de pessoas.
02:40E a China, um país que vem enriquecendo com mais de 1 bilhão e 400 milhões de pessoas.
02:46Por isso mesmo que a gente vê que agora a questão é mais geopolítica do que econômica,
02:51porque ambos sabem que precisam fazer uma negociação.
02:54Ambos sabem que aumentar 20%, 30% a cada dia, a cada semana,
02:59é insustentável para o comércio global e para suas próprias economias ao longo prazo.
03:04O único problema é que Donald Trump quer que os chineses façam o primeiro passo,
03:08deem o primeiro passo, enquanto que a China diz que não vai recuar,
03:12que tem essa robustez econômica para poder responder à altura dos Estados Unidos.
03:16A gente vai ficar, obviamente, acompanhando, é de interesse do Brasil, do agro-brasileiro,
03:22e também dos diversos países periféricos aos Estados Unidos e à China,
03:26que isso aconteça o mais rápido possível,
03:28porque é uma sangria econômica que deixa projeções preocupantes para o ano de 2025.
03:34Exatamente, né, Luca? Mexe no mercado financeiro, mercado de ações, dólar sobe, desce,
03:41de acordo com a notícia do dia.
03:44Agora, Luca, também tem um outro lado, né?
03:46Falando um pouco do Brasil, a gente sabe que o acordo Mercosul e União Europeia,
03:52a França era um grande entrave.
03:54Com toda essa disputa, essa briga, é claro que a Europa também começa a se reposicionar
03:59e imaginar também que a América Latina, principalmente para o Brasil aqui,
04:05pode ser uma alternativa, né, o continente e o próprio Brasil,
04:09em relação aí a outros mercados que poderão abastecer justamente a Europa
04:15e a França começa a recuar, então, no seu protecionismo e esse acordo pode sair agora?
04:21A gente vê uma movimentação diferente, de fato, Marcelo.
04:24A guerra comercial, ela tem feito que os países mais afetados
04:27procurem alternativas para que possam vender os seus produtos
04:31da mesma forma ou de forma parecida como faziam para os Estados Unidos
04:35antes das tarifas.
04:37É bom dizer que naquele tarifaço apresentado por Donald Trump
04:40antes do seu recuo, a União Europeia foi taxada em 20%,
04:44depois teve a queda para 10%, o que fez com que o bloco,
04:48que também havia sancionado os Estados Unidos com 25%,
04:52voltasse também atrás, então, agora as relações foram normalizadas.
04:57De qualquer maneira, o que este cenário bastante imprevisível ele mostra?
05:02Ele mostra aos europeus que eles precisam encontrar alternativas para vender os seus produtos.
05:09E, neste momento, o mercado latino-americano, os países do Mercosul,
05:13Argentina, Uruguai, Brasil, se mostram como pessoas que têm um capital muito importante
05:21em suas mãos e têm interesse nos produtos europeus e vice-versa.
05:24Como nós sabemos, a França, que é o maior produtor agrícola da União Europeia,
05:28tem representado entraves para a assinatura deste acordo,
05:32mas agora, como os seus vinhos, os seus queijos, a produção dos seus azeites
05:37e de vários outros gêneros agrícolas estão sendo afetados
05:41para um dos maiores mercados consumidores dos seus produtos,
05:44que é os Estados Unidos, olhar para a América do Sul parece agora ser algo que faz sentido
05:49e pode fazer essas conversas serem retomadas em outro ritmo.
05:54Nós esperamos que isso seja assinado, afinal, seria um ganho econômico imenso para o Brasil
05:59e também um dos maiores mercados comuns do mundo, em cerca de 700 milhões de pessoas na Europa
06:04e na América Latina podendo consumir bens industrializados e agrícolas de forma mais barata.
06:09Isso que seria muito positivo para os brasileiros, de maneira geral,
06:13a gente consegue enxergar nessa situação.
06:15Luca, claro que além da guerra fiscal que preocupa a todos, evidentemente,
06:20porque mexe, como você disse, as principais potências e blocos mundiais,
06:24também tem esse crescente interesse por compra de armamentos,
06:29também o arsenal agora militar.
06:32Nós temos guerras em andamento, temos situações delicadas
06:35e muitos também analistas temem que toda essa guerra fiscal
06:40que está acontecendo do ponto de vista comercial
06:43possa também haver uma escalada, um fio desencapado ali.
06:47A gente sabe que o mundo não vive de monotonia nesse momento
06:49para também uma questão militar.
06:51O que a Europa, eu imagino, tem uma grande preocupação hoje em dia?
06:56Tem uma grande preocupação e essa questão da segurança nacional
06:59foi inclusive mencionada por Donald Trump para justificar as tarifas.
07:03Ele disse que o superávit que a China estava fazendo com a relação econômica com os Estados Unidos
07:09estava sendo utilizado para implementar a sua indústria armamentista,
07:14a sua indústria bélica.
07:15Algo que não foi provado, mas pode ser verdade,
07:19já que a gente vê a China ampliando, inclusive, o seu arsenal nuclear.
07:22No caso europeu, sair desta crise promovida pelo tarifácio o mais rápido possível
07:27é algo extremamente importante,
07:30porque o grupo se comprometeu há cerca de um mês
07:33em gastar ainda mais com os gastos militares.
07:37Eles falaram em uma cifra de aproximadamente 800 bilhões de euros.
07:42Estamos falando aí de trilhões de reais
07:44que seriam investidos nos próximos 10 anos no setor armamentista
07:48e também nas forças armadas de cada um desses países.
07:51Para isso, eles precisam continuar comercializando com todo o mundo
07:55e não ter muitas tarifas, muitos entraves econômicos,
07:58protecionistas pelos seus próprios aliados, como é o caso dos Estados Unidos.
08:03Então, as alternativas estão sendo procuradas,
08:06vender os produtos europeus na América Latina, como acabamos de falar,
08:09também ampliar suas próprias relações com a Ásia, o Oriente Médio,
08:13os países do Extremo Oriente, China, Japão, Coreia do Sul,
08:17é algo que a União Europeia tem buscado de maneira conjunta
08:21para ter dinheiro em caixa que financiaria este movimento de rearmamento do continente,
08:27que é visto como fundamental para a estabilidade
08:29e a segurança geopolítica da Europa,
08:31que se sente ainda ameaçada com a Rússia, que invadiu a Ucrânia
08:34e provavelmente sairá vitoriosa dessa guerra, pelo menos do aspecto territorial.
08:39E, Luca, você que fala justamente da Alemanha,
08:42a gente sabe também que a Europa vive uma pré-recessão,
08:45se não recessão, os países crescendo muito pouco, nem crescendo.
08:49Então, é um momento extremamente delicado financeiro também dos países, né?
08:52É extremamente delicado e você toca num ponto que é importante.
08:57Aqui na Alemanha tivemos eleições no mês de fevereiro e, no final do mês de abril,
09:01o novo chanceler Friedrich Merz tomará posse,
09:04prometendo uma mudança nas questões econômicas do país
09:08para recuperar este vigor econômico que a Alemanha deixou de ter durante os últimos três anos.
09:14Tudo bem que tivemos a pandemia, a guerra na Ucrânia, a guerra no Oriente Médio,
09:17tudo isso desestabiliza o mercado, mas o novo chanceler conservador,
09:21que também trabalhou no mercado financeiro, tem uma visão bastante liberal na economia,
09:26acredita que mudanças precisam ser feitas para tirar a Alemanha dessa recessão técnica.
09:31Você mencionou muito bem, Marcelo, a Alemanha tem a previsão de crescimento
09:34apenas entre 0,1% e 0,3% neste ano de 2025.
09:40Ou seja, se nós considerarmos o tamanho da economia alemã,
09:43a potencialidade que ela tem para poder crescer
09:46é um número muito baixo e que desanima tanto os alemães quanto os investidores.
09:51Por isso, essa mudança política e econômica é fundamental
09:53para fazer com que a força motriz da Europa, que sempre foi a Alemanha,
09:58volte a respirar e isso também incentive o bloco como um todo
10:00a buscar alternativas econômicas e voltar a crescer também.
10:05Agradecemos a participação do Luca Bassani,
10:07correspondente internacional da Jovem Pan, falando diretamente da Alemanha,
10:11trazendo essa visão, portanto, do continente europeu
10:14com todos os desobramentos aí em relação a esse tarifácio de Donald Trump,
10:20que, claro, semana após semana vamos continuar acompanhando aqui
10:23na Hora H do Agro e você retorna conosco.
10:27Luca, até a próxima. Muito obrigado.
10:30Muito obrigado e até a próxima.
10:31E aí
10:32E aí