O morador de Igrejinha, nascido em Taquara no Vale do Paranhana, Guilherme Winter, de 32 anos, alcançou o cume do Ojos del Salado, o vulcão mais alto do mundo e o segundo ponto mais alto da América, localizado na fronteira entre o Chile e a Argentina. Com 6.893 metros de altitude, o Ojos del Salado é um estratovulcão localizado numa região de clima desértico, selvagem e pouco explorada a 600 km a norte do Aconcágua, ponto mais alto dos Andes.
Winter chegou ao Chile no dia 28 de dezembro e passou cerca de uma semana se preparando no que é chamado de “aclimatação”, uma forma de ambientar o corpo a elevadas altitudes. “Isso é necessário para evitar edemas cerebrais, etc. Como é uma região repleta de vulcões, a gente acaba escalando outros mais baixos para ir aclimatando o corpo. Vamos parando nesses pontos para ir se acostumando com a altitude, adaptando o corpo para a gente subir”, explica.
A escalada, de fato, teve início na madrugada do dia 7 de janeiro e foi concluída às 16h50, depois de enfrentar ventos fortes e temperaturas que chegaram a -25°C. "Tivemos sorte com relação às condições climáticas, pois ventava pouco e a neve somente nos atingiu parcialmente durante a aclimatação. Lembro de quando retirei minha luva em uma situação seguramente necessária, ela estava suada internamente e em menos de cinco segundos a luva não entrava mais na minha mão, pois havia congelado”, conta.
Além do frio e do “completo isolamento no meio do árido Deserto do Atacama”, um dos maiores desafios foi a escalada final em rocha, a partir dos 6.800 metros. "Manusear cordas e lembrar dos procedimentos de segurança com pouca oxigenação no cérebro foi um verdadeiro teste. As pedras pareciam se mover devido à baixa oxigenação ocular," recordou Winter.
“O ataque (subida final ao cume) iniciou às 3h. Subimos por 4 horas em completa escuridão, até o nascer do sol, que ajudou a nos aquecer. A esta hora já era possível sentir os efeitos da altitude. Os órgãos já funcionavam de forma diferente e as dores da adaptação começavam a aparecer. O ar rarefeito faz movimentos simples gastarem muita energia e o cérebro quer desligar”, descreve.
Após mais de 13 horas, Winter e o grupo formado por outras duas polonesas, dois austríacos, um belga, além dos dois guias (um chileno e um boliviano) alcançaram o topo do vulcão mais alto do mundo.
Winter chegou ao Chile no dia 28 de dezembro e passou cerca de uma semana se preparando no que é chamado de “aclimatação”, uma forma de ambientar o corpo a elevadas altitudes. “Isso é necessário para evitar edemas cerebrais, etc. Como é uma região repleta de vulcões, a gente acaba escalando outros mais baixos para ir aclimatando o corpo. Vamos parando nesses pontos para ir se acostumando com a altitude, adaptando o corpo para a gente subir”, explica.
A escalada, de fato, teve início na madrugada do dia 7 de janeiro e foi concluída às 16h50, depois de enfrentar ventos fortes e temperaturas que chegaram a -25°C. "Tivemos sorte com relação às condições climáticas, pois ventava pouco e a neve somente nos atingiu parcialmente durante a aclimatação. Lembro de quando retirei minha luva em uma situação seguramente necessária, ela estava suada internamente e em menos de cinco segundos a luva não entrava mais na minha mão, pois havia congelado”, conta.
Além do frio e do “completo isolamento no meio do árido Deserto do Atacama”, um dos maiores desafios foi a escalada final em rocha, a partir dos 6.800 metros. "Manusear cordas e lembrar dos procedimentos de segurança com pouca oxigenação no cérebro foi um verdadeiro teste. As pedras pareciam se mover devido à baixa oxigenação ocular," recordou Winter.
“O ataque (subida final ao cume) iniciou às 3h. Subimos por 4 horas em completa escuridão, até o nascer do sol, que ajudou a nos aquecer. A esta hora já era possível sentir os efeitos da altitude. Os órgãos já funcionavam de forma diferente e as dores da adaptação começavam a aparecer. O ar rarefeito faz movimentos simples gastarem muita energia e o cérebro quer desligar”, descreve.
Após mais de 13 horas, Winter e o grupo formado por outras duas polonesas, dois austríacos, um belga, além dos dois guias (um chileno e um boliviano) alcançaram o topo do vulcão mais alto do mundo.
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