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Quem diz que é preciso dinheiro para ter um instrumento musical? No 19º Festival das Artes da Lomba Grande, promovido pela Associação Cantalomba, que iniciou nesta sexta-feira (8) e segue até domingo (10), no bairro rural, o professor de música e artista plástico Zé Martins, mostrou que é possível ser criativo com o que há em casa para a música tomar conta dos ambientes e preservar o meio ambiente. A programação ocorre na Comunidade Católica São José até domingo e sábado à noite tem Encontro de Coros na Igreja Luterana.

Em sua oficina de percussão, alunos do projeto Ação Encontro da Associação Beneficente Evangélica (Abefi) aprenderam que é possível usar materiais do cotidiano para produzir instrumentos de percussão. Em uma grande roda, crianças e adolescentes viram o professor fazer música sem instrumento fabricado.

Com o uso de potinhos, panelas velhas, cascas, baldes, casca de coco, entre outros resíduos inorgânicos, ele apresentou os instrumentos. Posteriormente, a regente Tita Scalcon realizou a integração dos objetos com os alunos. "É possível fazer música com qualquer coisa. Um instrumento consagrado é só uma coisa do mercado, de comércio, uma forma que está dentro das grandes orquestras, mas você pode fazer com qualquer coisa que produza som para fazer música", declarou.

A educação ambiental, objetivo central do Festival, também esteve presente na oficina da multiartista Suzi Gutbier, que trabalha com artes sob a ótica de artesanato sustentável. A oficina de artesanato com fibras e estampas naturais proporciona aos visitantes aprender técnicas de reaproveitamento e como customizar peças de roupas com tingimento natural, realizado com folhas do meu próprio jardim.

Feira

Até domingo, o visitante também poderá adquirir itens especiais. A terapeuta holística e alquimista, Pabiole Helena Silva, por exemplo, está com uma linha de sabonetes, escalda pés, banho de ervas e madeiras que se transformam em colares. Pabiole relata que na hora da criação procura honrar muito a ancestralidade de suas avós. "Aprendi a fazer bordado de ponto cheio da avó Loni, que aplico nos colares, e a avó Maria Helena tenho uma relação mais espiritual", comenta.

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