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Depois do achamento, São Tomé e Príncipe envolveu-se no tráfico de escravos e a primeira economia de plantação foi baseada na monocultura de cana-de-açúcar.
Nos finais do século XIX, depois da introdução do café e do cacau, a abolição da escravatura obrigou os colonos portugueses a contratação de mão-de-obra de Angola, Moçambique e Cabo Verde, que abriria caminho para o trabalho forçado. Esses trabalhadores contratados, chamados também de serviçais, viviam separados da população local. As suas vidas limitavam-se ao trabalho árduo nas plantações.
Com a independência do país e a nacionalização das roças em 1975, o novo estado independente concedeu a plena cidadania e direitos iguais a todos os habitantes.
Passados mais de meio século desde a chegada dos últimos serviçais cabo-verdianos, as antigas barreiras coloniais não desapareceram completamente. Muitos ex- serviçais e seus descendentes ainda vivem à margem da sociedade, remetidos ao seu destino nas roças onde tentam encontrar o seu sustento.
Através de uma polifonia de vozes, o filme debruça-se sobre a vida dos trabalhadores contratados que vieram para as roças de cacau e café em São Tomé e Príncipe.