Preso na última quinta-feira (8) sob acusação de participar de um esquema de propina que seria liderado pelo ex-governador Sérgio Cabral (MDB), o ex-Procurador-Geral de Justiça (PGJ) Cláudio Lopes teria pressionado uma promotora do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por informações sobre uma investigação que envolve a Prefeitura de Campos. A informação consta em um parecer do Ministério Público (MP) que reforçou o pedido de manutenção da prisão preventiva de Lopes, revelado pelo canal GloboNews (aqui) nesta terça-feira (13). Os trechos não detalham o teor da investigação. Por telefone, as assessorias do MP e do Tribunal de Justiça do Rio informaram que o parecer não está disponível para a imprensa. Já a Prefeitura de Campos esclareceu estar disponível “para qualquer esclarecimento que se faça necessário”.
Segundo consta no parecer, o ex-PGJ “continuou a conversa dizendo que este prefeito teria recebido um ofício do Gaeco assinado pela depoente; que Cláudio Lopes queria saber do que se tratava a investigação, pois, segundo ele, o prefeito, como pessoa íntegra, poderia auxiliar naquilo que pretendia o Gaeco apurar”. Cláudio ainda teria dito que apesar de não ser mais Procurador, as pessoas continuariam o procurando.
No depoimento que consta no parecer, a promotora teria dito para Cláudio que não sabia o teor da investigação. Cláudio, imediatamente, teria retrucado “que o ofício havia sido assinado pela depoente”. Ainda de acordo com o depoimento, “Cláudio Lopes indagou da declarante se a mesma poderia descobrir do que se tratava; que tornou a dizer que o prefeito era uma pessoa íntegra e que poderia ajudar na investigação desde que ele soubesse o que o Gaeco estava precisando”. O ex-PGJ disse que tinha uma cópia do ofício.
Em nota, a Prefeitura de Campos informa que “está à disposição da Justiça para qualquer esclarecimento que se faça necessário”. Diz ainda, que o município “prima sempre pela transparência e pelo diálogo, mantendo uma colaboração constante com os órgãos de controle externo e, em especial, com o Ministério Público, fornecendo as devidas informações sempre que solicitada”.
Histórico — Lopes ingressou no Ministério Público do Estado do Rio em 1987. Passou pelas comarcas de Campos e São João da Barra, e em janeiro de 1995 assumiu a Promotoria de Justiça junto à 36ª Vara Criminal do Rio, onde permaneceu até julho de 2001. Em seguida foi promovido a procurador de Justiça.
No final de 2008 venceu a eleição para PGJ no biênio 2009-2011. Disputou novamente a eleição para o biênio seguinte e foi reconduzido ao cargo. Vencer a eleição, contudo, não é a certeza da nomeação. Então governador, nas duas ocasiões, Cabral respeitou a tradição e nomeou o mais votado. Segundo o MP, Lopes recebeu R$ 7,2 milhões em propinas em troca de favores durante o governo Cabral. Em nota à imprensa, a defesa de Lopes diz que “irá tomar as medidas judiciais cabíveis”.
Segundo consta no parecer, o ex-PGJ “continuou a conversa dizendo que este prefeito teria recebido um ofício do Gaeco assinado pela depoente; que Cláudio Lopes queria saber do que se tratava a investigação, pois, segundo ele, o prefeito, como pessoa íntegra, poderia auxiliar naquilo que pretendia o Gaeco apurar”. Cláudio ainda teria dito que apesar de não ser mais Procurador, as pessoas continuariam o procurando.
No depoimento que consta no parecer, a promotora teria dito para Cláudio que não sabia o teor da investigação. Cláudio, imediatamente, teria retrucado “que o ofício havia sido assinado pela depoente”. Ainda de acordo com o depoimento, “Cláudio Lopes indagou da declarante se a mesma poderia descobrir do que se tratava; que tornou a dizer que o prefeito era uma pessoa íntegra e que poderia ajudar na investigação desde que ele soubesse o que o Gaeco estava precisando”. O ex-PGJ disse que tinha uma cópia do ofício.
Em nota, a Prefeitura de Campos informa que “está à disposição da Justiça para qualquer esclarecimento que se faça necessário”. Diz ainda, que o município “prima sempre pela transparência e pelo diálogo, mantendo uma colaboração constante com os órgãos de controle externo e, em especial, com o Ministério Público, fornecendo as devidas informações sempre que solicitada”.
Histórico — Lopes ingressou no Ministério Público do Estado do Rio em 1987. Passou pelas comarcas de Campos e São João da Barra, e em janeiro de 1995 assumiu a Promotoria de Justiça junto à 36ª Vara Criminal do Rio, onde permaneceu até julho de 2001. Em seguida foi promovido a procurador de Justiça.
No final de 2008 venceu a eleição para PGJ no biênio 2009-2011. Disputou novamente a eleição para o biênio seguinte e foi reconduzido ao cargo. Vencer a eleição, contudo, não é a certeza da nomeação. Então governador, nas duas ocasiões, Cabral respeitou a tradição e nomeou o mais votado. Segundo o MP, Lopes recebeu R$ 7,2 milhões em propinas em troca de favores durante o governo Cabral. Em nota à imprensa, a defesa de Lopes diz que “irá tomar as medidas judiciais cabíveis”.
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