Foi a 30 de dezembro de 2006, que o ex-presidente iraquiano, Saddam Hussein, foi executado por enforcamento. A execução ocorreu três anos após a queda do seu regime. Saddam tinha 69 anos. O homem que dirigiu o Iraque com mão de ferro foi condenado pela morte de 148 xiitas, em 1982 em Dujaïl, ao norte de Bagdade e pelo massacre dos curdos em Halabja, em 1988.
A analista Loretta Napoleoni, especialista em formas de financiamento do terrorismo, fala do impacto da morte do ditador no Iraque que hoje conhecemos:
“Não diria que a execução, só por si, seja a razão pela qual a sociedade iraquiana estã tão vulnerável atualmente em termos de segurança e em termos de estabilidade política. Ainda que Saddam não tivesse sido executado poderíamos estar na mesma situação hoje”.
As famílias das vítimas de Saddam e os xiitas perseguidos pelo seu regime sairam às ruas para celebrarem esta brutal execução, na qual o exército americano diz não ter interferido.
Mas a cólera da minoria sunita, cerca de um quarto dos iraquianos dos quais fazia parte Saddam Hussein, canalizou-se para aquilo que conhecemos hoje como o Estado Islâmico (EI). Uma boa parte dos quadros deste movimento extremista são antigos membros do exército do Iraque de Saddam Hussein.
“Penso que uma grande parte da população do triângulo sunita – a região entre Bagdade, Tikrit e Ramadi, que tem estado sob ataque das tropas curdas, das milícias xiitas e das tropas turcas, vê o Estado Islâmico de uma forma mais positiva do que antes”, refere Loretta Napoleoni.
Apesar do anúncio em 2011de Nouri Al-Maliki, o chefe do governo entre 2006 e 2014, dos 100 dias para combater a corrupção, a “jovem democracia iraquiana” desejada pela administração americana, nunca conseguiu acabar com a corrupção e com o nepotismo. Em 2015, o Iraque exibia o número 161, em matéria de corrupção, na classificação da Transparência Internacional, num total de 168 países.
Loretta Napoleoni acredita que: “muita gente sente uma certa nostalgia da estabilidade que o regime de Saddam Hussein lhe garantia, em comparação com o caos que vive atualmente. Mas isso não significa que o Iraque não pode ter um governo melhor ou que a democracia iraquiana está destinada a falhar”.
Por enquanto, o Iraque continua dominado pela corrupção e pela violência inter-religiosa e, para além disso, está em guerra contra o Estado Islâmico. Para muitos iraquianos depois de Saddam é o inferno. Milhões de pessoas estão refugiadas e vivem em profunda crise humanitária.
A analista Loretta Napoleoni, especialista em formas de financiamento do terrorismo, fala do impacto da morte do ditador no Iraque que hoje conhecemos:
“Não diria que a execução, só por si, seja a razão pela qual a sociedade iraquiana estã tão vulnerável atualmente em termos de segurança e em termos de estabilidade política. Ainda que Saddam não tivesse sido executado poderíamos estar na mesma situação hoje”.
As famílias das vítimas de Saddam e os xiitas perseguidos pelo seu regime sairam às ruas para celebrarem esta brutal execução, na qual o exército americano diz não ter interferido.
Mas a cólera da minoria sunita, cerca de um quarto dos iraquianos dos quais fazia parte Saddam Hussein, canalizou-se para aquilo que conhecemos hoje como o Estado Islâmico (EI). Uma boa parte dos quadros deste movimento extremista são antigos membros do exército do Iraque de Saddam Hussein.
“Penso que uma grande parte da população do triângulo sunita – a região entre Bagdade, Tikrit e Ramadi, que tem estado sob ataque das tropas curdas, das milícias xiitas e das tropas turcas, vê o Estado Islâmico de uma forma mais positiva do que antes”, refere Loretta Napoleoni.
Apesar do anúncio em 2011de Nouri Al-Maliki, o chefe do governo entre 2006 e 2014, dos 100 dias para combater a corrupção, a “jovem democracia iraquiana” desejada pela administração americana, nunca conseguiu acabar com a corrupção e com o nepotismo. Em 2015, o Iraque exibia o número 161, em matéria de corrupção, na classificação da Transparência Internacional, num total de 168 países.
Loretta Napoleoni acredita que: “muita gente sente uma certa nostalgia da estabilidade que o regime de Saddam Hussein lhe garantia, em comparação com o caos que vive atualmente. Mas isso não significa que o Iraque não pode ter um governo melhor ou que a democracia iraquiana está destinada a falhar”.
Por enquanto, o Iraque continua dominado pela corrupção e pela violência inter-religiosa e, para além disso, está em guerra contra o Estado Islâmico. Para muitos iraquianos depois de Saddam é o inferno. Milhões de pessoas estão refugiadas e vivem em profunda crise humanitária.
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