• há 8 anos
Este ano, a programação do Festival de Cinema de Tessalónica dá especial destaque às produções gregas.

A longa-metragem “Amerika square” de Yiannis Sakaridis, faz referência a uma praça de Atenas onde se reúnem refugiados e imigrantes. O filme é uma reflexão sobre a xenofobia e a tolerância.

“Do ponto de vista da forma, quis fazer um filme que tivesse a ver com o novo neorrealismo. Adoro filmes com humor e com um pouco de lirismo. Não gosto de melodramas sobre temas demasiado emocionais”, contou o realizador.

A comédia romântica «Afterlov» conta a história de amor entre um homem e uma mulher que se recusam a entrar no mundo dos adultos.

“É um filme divertido, especialmente durante a primeira parte, depois as coisas mudam. Descreveria o filme da seguinte forma: primeiro, é como se as pessoas fizessem uma caminhada no campo, num dial de sol. Essas pessoas andam, conversam e não se apercebem que o tempo está a passar. Quando chega a noite, começa a chover e as pessoas apercebem-se que estão numa floresta escura e hostil”, comentou o realizador Stergios Paschos.

«Park» é o filme de estreia da realizadora grega Sofia Exarchou. A longa-metragem de ficção tem como protagonistas um grupo de adolescentes e passa-se na aldeia olímpica de Atenas, construída há dez anos e hoje ao abandono.

“Penso que há um aspeto irónico: os jogos olímpicos duraram dez dias, foi apenas um espetáculo. Depois disso, ninguém mais quis saber o que se passou ou saber o que ficou quando os jogos olímpicos terminam. Foi essa questão que inspirou a escrita do argumento. Queria mostrar todas as pessoas que foram esquecidas e o que ficou da aldeia olímpica grega.

«Park» arrecadou o prémio para melhor realização no festival de cinema de San Sebastián, em Espanha, e deverá ser apresentado em vários festivais europeus.

Recomendado