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O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu, nesta terça-feira (22), a projeção de crescimento da economia brasileira para 2% em 2025 e 2026, uma diminuição de 0,2 ponto percentual em relação à estimativa divulgada em janeiro. Para comentar o assunto, a Jovem Pan entrevistou o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles.

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Transcrição
00:00E sobre o crescimento da economia brasileira, conversamos com o ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, a quem eu já agradeço a gentileza da entrevista.
00:11Ministro, muito bom dia para o senhor.
00:13Queria uma avaliação dessa projeção de redução do crescimento que o FMI faz em relação a nós aqui, a economia brasileira.
00:22Inclusive, ouvimos mais cedo do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, dizendo que a economia brasileira tem um dinamismo excepcional.
00:30Mas ele alerta para esse cenário nebuloso ainda de incertezas em relação a essas taxas impostas por Donald Trump.
00:37É, existe realmente o fator de redução da projeção de crescimento para o Brasil e para a economia global.
00:53Quer dizer, se nós olharmos em primeiro lugar a economia global, nós vamos ver que a projeção do FMI cai de 3,3 para 2,8.
01:02E isso é resultado, evidentemente, da imposição de tarifas e etc., o que faz com que os produtos fiquem mais caros.
01:16Inclusive, por exemplo, nos Estados Unidos, que tem uma situação inusitada de uma perspectiva de recessão,
01:25ao mesmo tempo uma inflação subindo por causa das tarifas.
01:30Isso tem um efeito também no Brasil, não é na medida em que a demanda da economia global por exportações de diversos países, inclusive o Brasil, cai.
01:45Então, a questão específica do Brasil, no entanto, em relação a esse ano, além de uma certa influência da economia global,
01:56mas o fator mais relevante, mais importante, é que como nós temos uma política fiscal expansionista,
02:04isto é, com gastos públicos elevados, etc.
02:08Isso faz com que a taxa de crescimento dos anos anteriores tenha sido maior do que a projeção dos analistas e do próprio FMI,
02:24FMI, mas isso em função de uma melhor produtividade, maior produtividade da economia brasileira,
02:37devido a uma série de reformas feitas durante o governo Temer.
02:41Por exemplo, reforma formalista, criação das transações digitais e tudo isso.
02:46Então, isso tem feito com que a economia brasileira cresça um pouco mais, tenha crescido um pouco mais
02:57e, ao mesmo tempo, impulsionado pela expansão fiscal.
03:01Agora, o Banco Central está subindo a taxa de juros, corretamente,
03:05para conseguir aproximar a inflação da meta.
03:09Nós vamos ver que as posições que vocês divulgaram,
03:15a inflação é acima da meta, acima, inclusive, do teto da banda.
03:22Então, o Banco Central está subindo a taxa de juros,
03:26então, com a expansão fiscal, o equilíbrio da taxa de juros para controlar a inflação é mais alto.
03:33Sendo mais alto, é algo contracionista em relação à economia brasileira.
03:40Portanto, essa previsão reflete todos esses aspectos da previsão de queda,
03:49da projeção de crescimento do Brasil para 2%.
03:53O ministro, ainda insistindo nessa questão da inflação que o senhor traz aqui para a gente,
03:57nós estamos no caminho certo no sentido de tentar reduzi-la,
04:02porque é um verdadeiro fantasma para o país como um todo.
04:07A gente se lembra aí de anos anteriores que a inflação era extremamente elevada,
04:11e aí falando dos anos 80, um pouquinho antes do plano real,
04:15mas também para quem vai no supermercado,
04:18para quem sente no bolso ali o preço do tomate a R$ 18,00 o quilo,
04:22e por aí vai.
04:23Estamos no caminho certo no sentido de tentar debelar esse fantasma ou não?
04:29Certamente.
04:31Não há dúvida de que todos queremos que o país cresça o máximo possível.
04:40Ninguém gosta de juros altos.
04:43Agora, o problema é que, em função desses fatores mencionados,
04:47a inflação está alta no Brasil, inclusive a inflação de alimentos,
04:53influenciada também pela incerteza que gera uma alta do dólar frente ao real.
05:00Então, tudo isso faz com que, por exemplo, os alimentos fiquem mais caros.
05:06Não adianta tentar culpar um ou outro setor, não sei o quê.
05:10O fato é que existe essa pressão inflacionária,
05:18e isso é que é o fator decisivo, digamos assim,
05:25para a economia e também para os consumidores.
05:29Quer dizer, exatamente o que você mencionou,
05:31o consumidor chega no supermercado, o preço está mais alto,
05:34o salário dele não aumentou a mesma coisa ou não aumentou nada nesse período.
05:40Então, esta é a questão fundamental.
05:45Quer dizer, é, de fato, importante que se controle a inflação.
05:52O Banco Central está fazendo esse trabalho.
05:56E, como eu disse, com a expansão fiscal,
05:59o equilíbrio para o Banco Central controlar a inflação
06:02se dá com uma taxa de juros mais elevada.
06:06E vamos esperar que o Banco Central faça esse trabalho,
06:11que está na direção correta,
06:14e nós tenhamos, então, o controle da inflação,
06:17que é o mais importante hoje para o consumidor e para os cidadãos e cidadãs,
06:24é exatamente os diversos preços, principalmente da comida.
06:28Agora, ministro, alguns analistas já têm apontado que a produção agrícola
06:34pode sustentar a economia, principalmente agora, nesse começo de ano.
06:40O senhor acredita que esse fôlego do agro é suficiente
06:44para compensar a desaceleração de outros setores?
06:48Olha, é um fato, a expansão do agro tem acontecido nos últimos anos,
06:56o que é algo positivo, evidentemente.
06:59É um fator importante de crescimento para a economia brasileira.
07:05É um setor onde o Brasil é mais competitivo, normalmente,
07:09que é exatamente no agro.
07:10Nós temos uma extensão territorial grande,
07:13uma área agricultável, principalmente no cerrado e etc.,
07:20com tratamento que fica muito férteis.
07:23Então, nós temos aí, realmente, o agro é um fator importante
07:29e não é nada, digamos, fora do normal,
07:34que setores que são mais competitivos em um país
07:40tendem exatamente a puxar o restante da economia.
07:44Nos Estados Unidos, por exemplo, são as chamadas big techs,
07:48toda essa tecnologia, etc., das diversas companhias americanas nessa área.
07:58O Trump, por exemplo, o presidente Trump dos Estados Unidos,
08:01está tentando reverter a questão da queda da produção industrial
08:07que os Estados Unidos estão importando de países que têm mão de obra mais barata.
08:16Mas isso eu estou usando como exemplo.
08:18Mas mesmo assim, com toda essa política do Trump, etc.,
08:21vai ser difícil ele reverter o fato de que todos os países,
08:27o João Russo, que vocês já citaram agora,
08:30todos os países que têm mão de obra mais barata,
08:34produz mais barata e isso é algo irreversível.
08:41Portanto, eu acho bom para o Brasil a produção agrícola.
08:47Agora, outros setores estão caindo e, segundo as projeções do FMI, por exemplo,
08:53não serão totalmente compensadas pela expansão do agro,
09:00por mais importante que seja.
09:01Sobre o crescimento da economia brasileira,
09:04conversamos com o ex-ministro da Fazenda
09:06e também ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
09:09Mais uma vez, ministro, obrigada pela gentileza da entrevista.
09:13Um ótimo dia para o senhor.
09:15Um bom trabalho para vocês.
09:17Obrigada.
09:17E um bom trabalho e um bom dia para seus ouvintes e telespectadores.
09:24Muito obrigado.
09:25Obrigada.
09:25Obrigada.
09:26Obrigada.
09:27Obrigada.
09:28Obrigada.
09:29Obrigada.

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