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Uma pesquisa Ipsos-Ipec divulgada nesta sexta-feira (18) mostra que 50% dos brasileiros acreditam que a política dos Estados Unidos afeta diretamente o Brasil, principalmente de forma negativa. Entre os que votaram no presidente Lula (PT) em 2022, 58% avaliam que a gestão de Donald Trump prejudica o país. Já entre os eleitores de Bolsonaro (PL), esse índice é de 43%.

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Transcrição
00:00Uma pesquisa e pisos IPEC divulgada nesta sexta-feira aponta que metade dos brasileiros
00:05acredita que as políticas comerciais do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
00:10prejudicam a economia brasileira.
00:12Entre os que votaram em Lula em 2022, 58% avaliam que a gestão não é benéfica para o Brasil.
00:20Entre os eleitores de Bolsonaro, o número é de 43%.
00:24Em três meses da nova gestão, Trump, 21% dos entrevistados pela pesquisa avaliam o governo como péssimo para os norte-americanos
00:35e 19% o consideram bom.
00:39A pesquisa também ouviu 2 mil pessoas em 131 municípios brasileiros, que foi realizado entre os dias 3 e 7 de abril
00:46e a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
00:52Belut.
00:53Você vê, David, que até muitos analistas têm apontado que seria uma oportunidade para o Brasil
00:58essa questão das tarifas com o Trump, que abriria o mercado para o Brasil, que foi um dos menos taxados.
01:03Ele ficou na ordem de 10%.
01:05E fica até difícil a gente analisar como vai se dar essa questão do Trump, porque ele tem feito os recuos.
01:11Ele faz nessa estratégia dele, ele avança, joga a proposta mais absurda e depois recua.
01:16Me parece que o objetivo é realmente isolar mais a China e ter de volta para os Estados Unidos um protagonismo.
01:22Até o que ele argumenta de reindustrialização seria uma coisa de médio e longo prazo, não para agora.
01:27Não é de imediato que vão instalar as indústrias e voltar os empregos para os Estados Unidos.
01:31Até porque mesmo com tarifas, a legislação trabalhista chinesa, vamos colocar assim, é muito mais branda.
01:39Você tem interferências do governo, então a mão de obra chinesa tende, em qualquer questão de disputa,
01:45a ser mais barata que a americana, que é uma democracia ocidental, enfim, precisa cumprir diversos requisitos.
01:50Tem que pagar direitos aos funcionários, o que na China não é bem assim.
01:54O que se espera para o Brasil é que o Brasil abraça essa oportunidade de exportar mais para os Estados Unidos.
02:00Ficou bem ali, escondidinho na lista de taxação.
02:04Nessa abrigo, o Brasil tem que aproveitar.
02:06Não me parece que está sendo o caso.
02:07E como as pessoas, 50% estão contra as tarifas e tal, até porque a própria expressão guerra tarifária,
02:14ela é de difícil análise, até pela questão do que o Trump diz, e é verdade, ele está, em tese, igualando as tarifas.
02:21Não com a China, que ele aumentou muito mais, mas seria igualando,
02:23porque os Estados Unidos fez essa opção na sua história de não taxar quase nada as importações para o seu país
02:30para se desenvolver e é o mercado maior, o mercado consumidor do mundo.
02:33Então, foi uma opção americana.
02:35Agora, ele quer reequilibrar, mas o que tem que ficar claro é que esse discurso foi o discurso que ganhou a eleição
02:39e ele está cumprindo o que ele falou.
02:41Até no contexto aqui nacional, há estimativas de que o Brasil possa ser beneficiado com essas medidas do Trump,
02:49principalmente relacionado ao agronegócio, com exportações em outros mercados.
02:52A China, a gente é um grande exportador de carne, por exemplo, em relação também à União Europeia, que estaria consumindo.
02:59Há até o receio de que a gente não consiga produzir para entregar a esses países
03:04e abastecer também o mercado interno.
03:07Mas, já que a gente falou há pouco sobre apurações e tudo mais,
03:10Fabrício Nights, que tem apurações quanto ao presidente americano Donald Trump,
03:14gostaria de saber se ele já anunciou mais alguma tarifa, mais alguma questão envolvida.
03:18Ou algum recuo.
03:19Ele deve anunciar na próxima semana, tinha até expectativa que fosse nessa semana,
03:25tarifas em relação a produtos eletrônicos vindos da China, porque ele suspendeu as tarifas para eletrônicos,
03:31aquelas de 145% que subiram na semana passada.
03:36E ele voltou falando, não, alguns eletrônicos aqui, chips, semicondutores, isso a gente vai taxar depois.
03:42Então, vai haver uma taxação, mas que será menor, será abaixo desses 145%.
03:48A questão aqui é a seguinte, no curto prazo, essas tarifas recíprocas implementadas pelos Estados Unidos,
03:55elas podem até ser boas para o Brasil, mas no médio e longo prazo, o mundo todo acaba perdendo.
04:01Por quê?
04:01Porque você vai ter, primeiro de tudo, uma readequação aqui da cadeia global.
04:07Ou seja, os países europeus, africanos, de todos os cantos do mundo, que exportam para os Estados Unidos,
04:15muito possivelmente vão ver a sua demanda de exportação diminuir.
04:18Ou seja, eles vão produzir menos.
04:19Se eles vão produzir menos, isso quer dizer que precisa de menos gente trabalhando.
04:22Se tem menos gente trabalhando, vai ter demissão, vai ter menos gente empregada,
04:27vai ter mais gente precisando de algum tipo de auxílio, de benefício.
04:30Isso deve provocar uma recessão.
04:33Quem está falando isso não sou eu, é o JP Morgan, por exemplo,
04:35que é um banco respeitadíssimo que faz esse tipo de análise, de previsão.
04:39A expectativa, a possibilidade de uma recessão global em 2025 é de 60%, segundo o JP Morgan.
04:47Antes do anúncio das tarifas recíprocas, era de 40%.
04:50Ou seja, olha o impacto que isso tem.
04:53E agora, uma coisa que é importante a gente lembrar.
04:55O Brasil pode sim, deve se aproveitar do mercado chinês nos próximos meses, nos próximos anos,
05:01porque tem um mercado consumidor ali muito grande, de um bilhão e meio de pessoas.
05:04E também da União Europeia, onde a gente tem a expectativa do acordo com o Mercosul
05:09finalmente ser colocado em prática.
05:12Há um pedido dos países membros da União Europeia para que eles coloquem esse acordo em prática.
05:17Agora, vai acontecer muito possivelmente uma coisa que a gente já viu acontecer aqui esse ano
05:21com o ovo e o café.
05:23Quer dizer, a moeda lá fora, o euro, o dólar, são mais competitivos.
05:27Então, o produtor aqui no Brasil, ele vai preferir exportar o produto para outros países
05:33para ganhar mais dinheiro e o produto aqui no mercado interno vai acabar aumentando de valor.
05:38A gente viu o preço do ovo como subiu aqui de maneira absurda.
05:41Claro que não é um fator só.
05:42Em geral, são vários fatores.
05:44Mas isso prejudica também a economia nacional aqui no nosso mercado interno,
05:49não apenas a questão da balança comercial.
05:52É, tem a questão climática, uma série de questões também que envolveram isso.
05:55Mas eu fico pensando como é que o Donald Trump cria essas novas tarifas.
05:59Será que realmente ele tem uma análise de dados e fala assim,
06:02não, calma aí, eu vou colocar assim, eu vou fazer isso, porque vai acontecer isso,
06:05as projeções de mercado indicam isso.
06:08Ou ele está lá pensando assim, aí ele fala assim, 250%, 125%.
06:13Quem dá mais?
06:14Quem dá mais?
06:15É o leilão da taxação.
06:16Quanto vale o show?
06:17É o leilão da taxação.
06:18Quem dá mais?
06:19Quem dá mais?
06:20É porque, justamente isso, porque no leilão acontece isso, né?
06:23Por que que, normalmente, eu acompanho muito tempo o leilão,
06:27as pessoas servem ali bebida alcoólica, aí fica erguendo o braço, tudo,
06:30porque geralmente você tem aquele concorrente que você não gosta muito,
06:34aí você fala assim, vou mostrar, por mais que ele não queira aquele boi, tá?
06:39Por mais que não queira.
06:41Às vezes ele faz só porque o outro ergueu o braço e falou, não vou perder pra ele.
06:44Está acontecendo isso daí, Belut? Será?
06:46Eu não sei, Belut, o que me parece do Trump é essa estratégia de jogar a proposta maior
06:50e depois o recuo.
06:52Eu acho que deve ter alguma lógica ali no estudo dele e ele sempre alega a reciprocidade,
06:57né?
06:57E no caso do Brasil, como não é tanta a tarifação, ele acabou dando esse recuo.
07:01Mas como foi colocado, a oportunidade para o Brasil está aí, para importar para ambos,
07:06China, Estados Unidos, o Brasil tem que aproveitar essa oportunidade, todos os analistas estão
07:09colocando isso na mesa.
07:11Agora, me parece que a questão da reindustrialização dos Estados Unidos é mais uma argumentação
07:14do Trump do que de fato que isso vai acontecer, que hoje é uma economia muito mais de prestação
07:18de serviços.
07:18É, o João tem razão nesse aspecto.
07:21O Trump já tinha aumentado tarifas no primeiro mandato dele com essa mesma permissa, de reindustrializar
07:25o país.
07:26Essa questão da desindustrialização dos Estados Unidos não é dos últimos quatro
07:31anos do governo Biden, é das duas últimas décadas, desde que a gente começa a falar
07:35de globalização ao redor do mundo.
07:37Diria até ali do começo, da metade do governo Clinton, ainda na década de 90.
07:42Agora, o Brasil, perdão, esqueci o ponto que eu ia trazer aqui.
07:48Não, mas posso trazer uma informação.
07:49Ah, lembrei, desculpe, Rodolfo, sobre como que o Trump decide as tarifas.
07:55Tem um pouco, David, daquilo que a gente chama no português bem claro, viu?
08:00Puxa saquismo.
08:02É o seguinte, vou dar um exemplo prático aqui.
08:04O Vietnã, que recebeu agora, nessa última semana, a visita do presidente chinês Xi Jinping.
08:08O Vietnã é um dos principais exportadores para os Estados Unidos.
08:13Exportou 31 bilhões de dólares para os Estados Unidos até agora, em 2024, em 2025, perdão,
08:19nos três primeiros meses do ano.
08:21O que ele exporta?
08:21Eletrônicos, principalmente eletrônicos, e roupas, tênis, calçados em geral, vestimentas,
08:28tecido, exatamente.
08:29E aí, o que acontece?
08:32O Vietnã exportava muitos produtos chineses que eram exportados pelo Vietnã para evitar
08:39as taxas dos Estados Unidos para a China.
08:41Então, os chineses mandavam o produto para o Vietnã e falavam, olha, manda aí no seu
08:44container como se fosse seu, mas na verdade ele é meu.
08:47E aí, esses produtos iam lá para os Estados Unidos.
08:50Os Estados Unidos sabiam disso e foram pressionar o Vietnã.
08:53O que o Vietnã fez?
08:53Olha, agora a gente vai conversar ali com a China e dizer, vamos ter que dar uma segurada
08:58nesse tipo de movimentação, porque senão a gente vai ser taxado também.
09:02Funcionou mais ou menos.
09:04O Vietnã ficou ali no meio do caminho, recebeu tarifas que não são tão impeditivas quanto
09:08poderiam ser para a economia local.
09:11Então, tem muito dessa bajulação, uma palavra mais bonita para a gente usar aqui, um pouco
09:15dessa bajulação à Casa Branca para tentar convencer o Trump a não colocar tarifas
09:20tão altas.
09:21Quando a gente fala de industrialização, em 1950, os Estados Unidos eram uma potência
09:26na indústria, sobretudo o aço, que quer importar agora, que eles importarem 25% e outro tipo
09:31de metal.
09:32Com a baixa da industrialização nesse segmento, o Donald Trump falou, opa, peraí, como é
09:36que o Brasil está taxando a gente dessa forma?
09:38Tem alguma coisa errada.
09:40Porque ninguém, nenhum outro presidente tinha olhado tanto para a taxação do Brasil quanto
09:44fez o Donald Trump lá no governo número um, em 18, 19, você lembra muito bem disso,
09:49e agora ele voltou com essa taxação sobre o aço e sobre o alumínio.
09:52Se está tendo só de país, só do Brasil, o Brasil já taxava os Estados Unidos de uma
09:57forma contundente.
09:59Os Estados Unidos olhou para isso e falou, pera um pouquinho, tem coisa aqui que está
10:02errado.
10:02Eu preciso da sua matéria-prima, nós precisamos empregar aqui porque a nossa indústria é muito
10:07baixa nesse segmento.
10:09Você produz mais do que vocês precisam.
10:11Vocês precisam dos Estados Unidos.
10:13E é aquela premissa, quanto menor o país, menos poder de compra ele tem.
10:18Estados Unidos e China são uma potência.
10:20Então o Brasil precisa desses dois.
10:22E nesse jogo de cartas, nesse jogo de war, o Brasil tem que defender o seu território
10:26fazendo o quê?
10:27Não entrando em queda de braço com esses dois países.
10:30Deixe os dois se degladiarem ali e o que sobrar para o Brasil vai ser muito benéfico.
10:35Aí você foi feliz, David Tarso, quando você falou do agronegócio, que é o nosso principal
10:40como hoje aqui no Brasil, é de fato o agronegócio.
10:42A gente tem o agronegócio como uma potência.
10:45Então brigar com eles nesse momento não faz sentido nenhum.
10:47Deixe ele se degradear.
10:49Enquanto o presidente chinês está dormindo, o Donald Trump está acordado.
10:53Quando o Donald Trump está dormindo e assim vice-versa.
10:55O Donald Trump acordou e falou, o que ele fez lá enquanto ele estava dormindo?
10:59Fez isso aí, então vou fazer isso.
11:00Na China, a mesma coisa.
11:02O Donald Trump dorme, ele acorda e fala, o que o Trump fez?
11:05Fez isso aí, então também vou fazer isso.
11:07Ou seja, o Brasil pode fazer aqui o papel de ricardão.
11:09Ele pode aproveitar essa questão.
11:13Você está com umas analogias óticas aqui.
11:15É sexta-feira.
11:15Eu adoro.
11:17Mas é sexta-feira santa, descansa disso.
11:20Cuidado, cuidado.
11:21Talvez nem tão santa assim.
11:23Mas olha só, quando a gente fala, por exemplo, do aço, você tem razão, o Brasil taxa bastante
11:28os Estados Unidos e está sendo taxado de volta.
11:31Mas o Trump, muito provavelmente, ele vai ter que voltar um pouquinho nessa questão
11:35da taxação do aço.
11:36Por quê?
11:36Porque na metade do ano que vem, ele tem eleições, as midterms, lá nos Estados Unidos
11:43para renovar o Congresso americano.
11:45Tem a cada dois anos.
11:46E uma indústria siderúrgica, para o Trump reativar a indústria siderúrgica lá nos Estados
11:50Unidos, isso é algo que leva muito...
11:52Não é do dia para a noite.
11:54Não é como você instalar uma fábrica de tecidos que no dia seguinte já está funcionando,
11:58você consegue contratar a mão de obra muito fácil.
12:01É algo que demora.
12:02Se os Estados Unidos mantiverem tarifas de 25% para o aço e para o alumínio de diversos
12:08países por dois anos, isso vai provocar uma inflação muito grande no país.
12:12E se isso provoca uma inflação muito grande no país, vai ter um impacto negativo para
12:17os republicanos nas eleições.
12:19O Biden perdeu, os democratas, melhor dizendo, perderam a eleição do ano passado muito por
12:24conta do custo de vida lá nos Estados Unidos, por conta da inflação nos Estados Unidos,
12:28que se comparada com a do Brasil não é tão alta, mas para eles é alta.
12:31E isso pode impactar também o governo Trump.
12:34E ele precisa da maioria, tanto na Câmara dos Representantes quanto no Senado, para levar
12:40a agenda dele à frente.
12:41Se com a maioria, nas duas casas, já é difícil governar, sem a maioria é ainda pior.
12:48Mas eu não entendi, eu estou com um pouco de receio de fazer essa pergunta, mas eu não
12:52entendi a analogia do Ricardão.
12:54É porque o Brasil pode ficar ligando para os dois 24 horas por dia.
12:57Quando um sai de casa...
12:58Pode ter um caso para os dois.
12:59Exatamente.
13:00Ah, tá.
13:01Eu lembro de você ver a dificuldade para o Trump, para ficar presidente, no caso dos
13:05Estados Unidos, porque ele é de uma democracia, ele vai passar pelas midterms, como colocou
13:09o Fabrício, pelas eleições de meio termo do legislativo, ao passo que a China é uma
13:14ditadura.
13:15Então, o Xi Jinping já passou por mais de um presidente americano, o caso do Vladimir
13:19Putin já passou por diversos presidentes americanos, então o Trump ainda tem que fazer
13:23o seu papel e focar na eleição, ao passo que China e Rússia não.
13:27Eles vão tocando, eles têm paciência no longo prazo e o jogo chinês é no longo prazo.
13:32Vamos lembrar que é uma cultura milenar a China e ela tem sabido trabalhar essa questão
13:39de longo prazo muito melhor que os Estados Unidos, que depende da eleição.
13:41O governo precisa, além de fazer essa questão de longo prazo, ele tem que entregar algum
13:44resultado, senão ele sai na próxima eleição.

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