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  • há 4 dias
Um estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) aponta que o fim da jornada 6x1, com redução para 40 horas semanais, pode comprometer entre 14,2% e 16% do PIB. A mudança também geraria aumento no desemprego e queda na massa salarial. Deysi Cioccari e Cristiano Vilela comentaram.

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Transcrição
00:00Falando de economia ainda, o fim da jornada 6x1 pode causar um impacto negativo no PIB de até 16%.
00:08Ao menos é o que diz um estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais.
00:14Camila Iunes detalha aqui pra gente, tem mais informações a respeito desse estudo. Pois não, Camila?
00:20Olha, Nonato, esse levantamento mostrou, portanto, que esse impacto, como você disse, pode chegar até 16% do PIB do país.
00:32Podendo ter uma perda de mais de 2 trilhões de reais nos setores produtivos.
00:38Então, de acordo com este levantamento feito pela FIENG, o cenário não seria positivo no aspecto econômico, caso seja implementada a escala 6x1.
00:47Então, isso é o que apontou este levantamento.
00:50A FIENG cita alguns cenários possíveis dentro desse contexto.
00:55Fala, por exemplo, do aumento do custo de empresas, da perda de competitividade e também do aumento da informalidade.
01:02Dentro desse aspecto de empregabilidade, eles falam que essa escala 6x1 pode acarretar justamente na perda de 18 milhões de postos de trabalho.
01:14E que isso deve ter um impacto de uma redução de até 480 bilhões de reais na massa salarial.
01:22Uma outra questão que a FIENG traz é com relação a essa elevação dos custos para as empresas.
01:28Com essa elevação dos custos, essas empresas teriam de repassar esses valores para o consumidor.
01:34Então, isso também acabaria pesando no bolso do consumidor brasileiro.
01:38A FIENG também aponta que essa carga horária contratada para até 48 horas semanais sem ganhos de produtividade terá, portanto, o impacto.
01:48E que antes de se discutir uma redução de jornada, seria necessário discutir a produtividade do trabalhador brasileiro.
01:57Esse levantamento feito pela FIENG apontou que o trabalhador brasileiro tem cerca de 23% da produtividade de um trabalhador dos Estados Unidos.
02:08Então, esses são os dados divulgados pela FIENG nessa última semana a respeito dessa escala 6x1.
02:15Algo que tem gerado bastante debate, muitas conversas no Congresso e também na sociedade como um todo, né, Nonato?
02:21Dúvida nenhuma. Muito obrigado, viu, Camila Yunes, com informações em São Paulo.
02:25Da Camila, a gente já vai passar aqui para os nossos comentaristas.
02:28Cristiano Villela e Deise Siocari estão conosco nesta manhã.
02:32E a gente vai começar aqui acompanhando a opinião da Deise Siocari.
02:37Deise, acho que tem avaliação para tudo nessa história, né?
02:42Desde impacto negativo no PIB, mas os defensores dizem que quando você tem uma redução da jornada,
02:48você pode ter mais pessoas consumindo, participando de outras atividades que gerariam a movimentação.
02:55Por outro lado, também, se você tem uma redução da jornada de trabalho, talvez a produtividade aumente,
03:01porque você vai se sentir menos cansado, vai se sentir mais motivado.
03:05Ou seja, tem avaliação para todos os gostos, Deise?
03:07É, tem, Nonato, mas assim, com todo respeito ao projeto da deputada,
03:13mas ele me parece um projeto um pouco desconectado da realidade brasileira, né?
03:18O trabalhador brasileiro, ele ainda não tem essa estabilidade financeira para optar por trabalhar menos, né?
03:25Então, eu acredito que se ele tiver um tempo de folga, ele realmente vai procurar um outro trabalho
03:31para aumentar a sua renda, porque o Estado brasileiro, o sistema brasileiro, ele não oferece essa estabilidade
03:37que pode ser vista em outros países, né?
03:39Então, um dos argumentos da deputada é justamente esse.
03:42Ah, em outros países, as pessoas têm essa jornada de trabalho,
03:45mas a realidade econômica, financeira e social, ela é muito diferente.
03:50E o Brasil, ele vive um momento de desaceleração econômica.
03:53Então, esse projeto, ele pode acabar penalizando justamente os setores que mais empregam,
03:58como o de comércio e de serviços.
04:00Então, penalizaria também a economia brasileira.
04:04Não se trata aqui de uma crítica do direito ao descanso,
04:08mas é uma da superficialidade do projeto mesmo,
04:11que não propõe em momento algum uma transição que seja viável desse momento, desse 6x1.
04:20O que esse trabalhador vai fazer? Como que ele vai garantir a renda dele?
04:23Não existe um projeto de transição no meio disso tudo.
04:26Então, eu acho que está um pouco descolado da realidade econômica brasileira.
04:30A gente entende o objetivo de ouro da deputada,
04:34mas aqui no Brasil isso não ia funcionar, com certeza.
04:36Então, penalizaria justamente a indústria brasileira,
04:40que como a gente já viu, viu aqui no Jornal da Manhã,
04:42hoje, inclusive, ela está em último lugar entre 18 países analisados.
04:46Então, tem muita estrutura por trás para ser mexida ainda
04:49antes de discutir essa escala 6x1.
04:53Exatamente. Nós estamos dentro, nós vivemos dentro de uma realidade
04:58onde o Brasil, ele apresenta índices, embora satisfatórios de emprego,
05:04que têm sido analisados mês a mês,
05:07nós temos empregos de baixa qualidade, com baixo salário, com baixa remuneração,
05:13incapazes de dar ao cidadão, ao trabalhador, mesmo na realidade atual,
05:17a estrutura que ele precisa para, de uma forma geral,
05:21gozar de um período de folga, podendo gastar, podendo desempenhar as suas atividades.
05:26Existe uma pressão por conta da empregabilidade,
05:29uma pressão como essa que acabaria aumentando os preços
05:32e que acabaria levando realmente a um aumento do desemprego,
05:36de uma forma geral, no nosso país.
05:38E uma resposta que tem que ser colocada,
05:41e que esse estudo da Federação das Indústrias de Minas Gerais,
05:43pela primeira vez, ele busca essa resposta, é o custo disso.
05:48Quem vai pagar essa conta?
05:50Porque é muito simples, é muito interessante, é muito popular
05:53você falar numa jornada menor de horas de trabalho.
05:57Agora, isso tem um custo, isso vai gerar um aumento nos produtos,
06:01um aumento nos serviços, nos preços dos serviços,
06:04e esse custo vai ser suportado de que forma?
06:07Isso não é explicado dentro do projeto.
06:09Então, eu igualmente vejo esse projeto como um projeto
06:14muito mais com viés político, muito mais com viés politiqueiro,
06:18do que necessariamente com uma proposta séria
06:20a ser discutida de redução da jornada.

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