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A economia chinesa cresceu mais do que o previsto no último trimestre, reforçando seu ritmo acima da média global. Marcelo Favalli, apresentador do Conexão, analisou os principais fatores por trás desse avanço e os impactos da rivalidade com os Estados Unidos.


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Transcrição
00:00E como a gente já viu aqui, a economia da China no último trimestre cresceu mais do que o esperado.
00:06O PIB do país subiu num ritmo constante na última década, num nível acima da média global.
00:13O apresentador do Conexão, Marcelo Favalli, já está aqui para explicar o que está por trás desses números.
00:18Favalli, boa noite para você.
00:20Boa noite, Cris Pelagio.
00:21Números não novos, mas colocados em perspectiva, eles são minimamente surpreendentes.
00:28O que eu trouxe aqui é um apanhado de um arco de tempo.
00:32Esses números a gente tem, eles são públicos, mas quando temos o elemento da comparação, aí a gente entende essa perspectiva.
00:41Então, a primeira arte é justamente um arco de tempo que na teoria política, nas relações internacionais, a gente encontra um termo em inglês chamado golden years.
00:53Uma tradução de alguns acadêmicos brasileiros falam dos 30 gloriosos.
00:57Mas quem são os 30 gloriosos?
00:59Não é ninguém.
00:59É um arco de tempo dos 30 anos gloriosos.
01:03A China ainda vive, em algum momento, essa década, esse trio de décadas, essa geração gloriosa, que começa a florescer no ano 2000, mas ainda é construída em 1970.
01:17Isso daqui a pouco eu vou colocar em perspectiva e todo mundo vai entender a razão e os benefícios de pensar a pelo menos médio e longo prazo, o que o governo chinês mostra muito bem que sabe fazer.
01:32Vamos olhar aqui, as colunas em vermelho são justamente os índices de crescimento anual, porcentagem do PIB da China.
01:41Em azul, a média global.
01:45É claro que nós estamos colocando um país em uma média dos outros quase 200.
01:51Há discrepâncias.
01:54Mas por que a China tem uma certa vantagem se a gente faz esse recorte?
01:58Porque durante este período em que nós estamos, dos tais Golden Years, de 2000 a 2030, nessa geração, e ainda olhando as três décadas anteriores, de 1970 até o ano 2000, a China teve mobilidade.
02:15Ela teve movimento para crescer.
02:18Há exemplos de migrações das populações rurais para populações urbanas, grandes processos de urbanização e industrialização.
02:28Os Estados Unidos já fizeram isso séculos atrás.
02:31A União Europeia, a Europa Ocidental, antes ainda.
02:35Agora a China está fazendo com mais ritmo porque tem essa elasticidade.
02:41Os Estados Unidos têm uma enorme zona rural, mas não tem mais este pêndulo da saída da população rural para desenvolvimento de grandes centros.
02:52Isso já aconteceu.
02:53Então, por isso também existe uma área de manobra menor se a gente olhar para outras potências.
02:59E olhem, curiosamente, como a China cresce na primeira década, em 2001, no final dela, em 2008, quando nós temos uma crise global que começa a partir dos Estados Unidos.
03:11E aí, obviamente, o mundo inteiro sofreu e a China menos.
03:16Depois da grande crise de 2008, que começa com a quebradeira dos bancos e o mercado imobiliário dos Estados Unidos, a China ainda continua crescendo.
03:25Outro fenômeno é a pandemia.
03:28Quando o PIB global decresce e o da China apenas diminui, perde força e retoma anos depois.
03:37A coisa vai ficar mais clara se a gente for passando para as próximas artes.
03:41A gente agora começa a observar onde a China cresceu, em que pontos especificamente.
03:48E aí que eu digo que os governos, não estou falando só de Xi Jinping, que já foi reeleito pela terceira vez consecutiva.
03:55Isso também tem a ver com o seu antecessor, Hu Jintao, o antecessor ainda, o grande arquiteto dessa China que floresce nos anos 2000, Hu Jintao e Deng Xiaoping.
04:06Vamos olhar aqui.
04:08Investimento e infraestrutura.
04:10Olha o quanto a China cresceu e o quanto o mundo cresceu em infraestrutura.
04:16Isso olhando num arco de tempo aí dos últimos 18 meses.
04:22Poupança interna.
04:24O quanto melhorou a arrecadação da classe média, principalmente a classe média baixa,
04:30e o quanto eles passaram a ser tanto poupadores quanto consumidores na China e no mundo.
04:38Mão de obra qualificada.
04:40A China passou a ser o grande centro manufatureiro do mundo, porque teve operários treinados para isso,
04:47e agora está fazendo uma transição para a produção de tecnologia própria, desenvolvimento científico próprio,
04:54produtos de alto valor agregado próprios, por causa de mão de obra qualificada, desenvolvimento de profissional nesse tipo de categoria.
05:03Política industrial estratégica.
05:06A gente nem precisa falar o quanto a China se tornou exportadoras, a exemplo do carro elétrico.
05:12Distribuir a tecnologia chinesa do carro elétrico se tornou uma política de Estado na China.
05:17A abertura do comércio e exportação.
05:20E aí a gente tem a China como um socialismo de mercado e um capitalismo de Estado.
05:25Ou seja, mesmo tendo esse controle estatal, abriu-se para o mercado.
05:31E a urbanização rápida e alto consumo interno, como eu falei anteriormente.
05:35Agora a gente precisa colocar também em perspectiva essa briga de gigantes entre Estados Unidos e China.
05:40Eu vou pedir a próxima arte para a gente olhar a balança comercial.
05:44Esses dois gigantes continuam brigando diretamente.
05:47Esse tarifaço de Donald Trump tem um alvo específico, que é a China.
05:50Essa briga não é de agora, mas ela está bastante personificada pelo presidente americano Donald Trump.
05:56Olha o que é o déficit comercial, que é uma das maiores balanças comerciais do mundo em Estados Unidos e China.
06:03Quase 300 bilhões de dólares por ano é a diferença do quanto a mais os Estados Unidos pagam para a China.
06:11Os números específicos estão aqui.
06:13O que a China vende para os Estados Unidos?
06:15438,95 bilhões de dólares por ano e, na contrapartida, menos de 150 bilhões de dólares.
06:25O que os Estados Unidos passam para a China?
06:28Aviões comerciais.
06:30Então, uma quebra nessa relação que estamos vendo agora, o que a gente está vendo agora,
06:36aviões comerciais.
06:37Isso não atinge a grande massa da população.
06:40A grande massa da população não compra aviões comerciais.
06:42Soja, sim, tudo bem.
06:45Comida, automóveis.
06:47Os automóveis chineses não são tão populares, não entram tanto assim com relação à classe média nos Estados Unidos,
06:58que eu quero dizer que o impacto é menor.
07:00Agora, os produtos chineses que deixam de entrar nos Estados Unidos, também nessa quebra de relação,
07:06aí atinge uma massa populacional muito maior em comparação com esses efeitos na China.
07:12Porque computadores, todo mundo compra.
07:15Celulares, mais ainda.
07:17E vestuário, independente de que classe social você esteja, todo mundo sai vestido na rua.
07:24Então, a dependência aqui é muito maior dos Estados Unidos e da China do que vice-versa.
07:29Quando Xi Jinping fala não tem vitoriosos numa guerra comercial, ele remonta a uma teoria econômica muito antiga.
07:36Mas a gente vê aqui quem vai sair um pouco mais ferido do que o outro quando tocarem o final dessa luta de boxe.
07:44E aí

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