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  • 13/04/2025

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Transcrição
00:00Já vi!
00:30Dona Florinda abre um restaurante.
01:00Está me limpando os sapatos?
01:18Sim, se é que não percebeu.
01:22Aqui está o outro.
01:25Olha, vê se sai daqui.
01:27Sai.
01:27É verdade que agora a senhora vai ser a dona desse botequim?
01:34Sim, mas é um restaurante.
01:38Isso, isso, isso. E vai ter comida?
01:42Mas é claro.
01:45Quanto vai custar o sanduíche de presunto?
01:49Eu não sei, ainda não pensei.
01:53Eu gosto muito, muito, muitíssimo de restaurante.
01:56Principalmente quando tem sanduíche de presunto.
02:01Quando eu for grande, vou ser dono de restaurante e não vou deixar ninguém entrar porque eu vou comer tudo.
02:10Bom, talvez eu deixe entrar algumas pessoas.
02:12Não muitas, né?
02:18Senão eu vou comer toda a comida e depois o que é que eu como?
02:22E está confortável?
02:24Mais ou menos.
02:28Ah, e outra coisa.
02:29Quando eu estiver no meu restaurante, vou botar cadeiras mais cômodas porque esta não é muito macia.
02:34Parece que é assim como...
02:40Eu tenho cara de cadeira, é?
02:45Não, de cadeira não, mas de outra coisa.
02:49O que disse?
02:49Se prestar bem atenção, as cadeiras também tem os pés assim, assim como cabo de vassoura e também...
02:59Olha, já chega, sai daqui!
03:01Por quê?
03:01Porque eu quero!
03:03Tá bom, mas não se irrite.
03:05Mas eu já dou, deu fora, fora daqui, fora!
03:07Nossa, disse que...
03:07Chaves, desculpe, te machuquei.
03:20Sim.
03:22Bem, eu não tive culpa, ou tive?
03:26Não.
03:28Já estava indo?
03:31Sim.
03:37Professor Girafales.
04:04Dona Florinda.
04:05Que milagre, senhor, por aqui.
04:09Bem, eu fiquei sabendo que a senhora ia abrir um boteco e...
04:12Digo, um restaurante e...
04:14E...
04:14E pensei bem, vou dar uma mão.
04:19Eu escutei bem?
04:22O senhor veio me oferecer a sua mão?
04:27Bem, eu...
04:29Eu disse que vim aqui para lhe dar uma mão no trabalho.
04:33Ou seja, ajudá-la.
04:35É muito trabalho para uma mulher sozinha, logo se vê.
04:42Sim, claro.
04:44O senhor não quer tomar uma xícara de café?
04:47Não seria muito incômodo.
04:49De maneira nenhuma, por favor.
04:51A senhora primeiro.
04:52Obrigada.
04:54Só que eu ainda não tenho café.
04:56Bom, de qualquer maneira, desta vez eu não vim para tomar café.
05:02Vim para lhe ajudar no trabalho.
05:04Ah, é mesmo?
05:06E por onde começo?
05:07Ah, por onde quiser.
05:10Eu vou comer e volto logo.
05:11Quando me dei por mim
05:25Banhado em lágrimas
05:28As que derramei
05:32Você não tem o que fazer, ô Chaves?
05:51Não, eu não.
05:52E o senhor?
05:53E eu não estou trabalhando.
05:54Se chegar perto demais, eu te acerto com o serrote.
06:02Vai, vai para lá.
06:09Desculpe, desculpe.
06:09Por favor, Chaves, desculpe.
06:11Eu não tenho culpa se você mete o nariz onde não deve, ô menino.
06:14Eu só queria ver o que o senhor estava fazendo.
06:17Mas eu não te avisei.
06:18Sim.
06:19Então o quê?
06:20O quê que é?
06:22Escuta.
06:23Vai para lá.
06:24Vai para lá.
06:27Professor, o senhor é carpinteiro?
06:30Claro que não.
06:33Professor, então por que o senhor está trabalhando como carpinteiro?
06:37Porque tenho que cortar esta tábua.
06:40Professor, o senhor não vai cortar o dedo?
06:44Eu não sou tonto que nem o Chaves.
06:56Ah, escuta, profe.
06:58Tão grandão ainda chupa o dedo.
07:00Ano de metade.
07:02Eu vim cobrar o aluguel da dona Florinda.
07:06O teu pai te mandou cobrar o aluguel?
07:09Sim.
07:10Com razão fica rica essa gente.
07:12Põe as crianças para trabalhar para economizar o salário de um cobrador.
07:16Que vergonha, meu Deus.
07:17Que vergonha.
07:18Que vergonha.
07:20Será que o seu pai não imagina dos perigos a que te expõe te fazendo voltar para casa
07:24com os bolsos cheios de dinheiro?
07:27Que vergonha, meu Deus.
07:28Que vergonha.
07:29O professor Chirafales tem razão.
07:36Que vergonha, meu Deus.
07:38Nho, nho, me dá o dinheiro.
07:39Ah, sim, está aqui.
07:41Só que eu tenho que levar para o meu papai.
07:42Deixa que eu guardo.
07:43Ai, como você burro.
07:45Ai, que vergonha.
07:47Nossa, meu Deus.
07:51Já vê, você acha que a Chiquinha vai cuidar do meu dinheiro?
07:54Vai cuidar muito bem.
07:55Ai, que alívio.
07:59Escuta, Chaves, o que é isso?
08:01É, essas coisas são dos seus girafales que está como carpinteiro.
08:05Ah.
08:06Chaves, que boa ideia.
08:09Vamos brincar de carpinteiro?
08:11Zaz, Zaz, brincava de carpinteiro e depois eu fazia um carrinho e depois nós, Zaz, Zaz isso.
08:18Ah, Chaves, Chaves, Chaves, deixa eu brincar também.
08:20Deixa, deixa, deixa, deixa.
08:21Tá, mas com uma condição.
08:22Qual?
08:22Você tem que conseguir alguma coisa para a gente construir um cavalo.
08:25Ah, combinado.
08:26Tá, eu vou buscar.
08:28Tá.
08:28Eu já venho.
08:33Escuta, é verdade que a gente pode construir um cavalo?
08:36Claro que sim, Chaves.
08:38Mas a gente precisa de mais coisas.
08:41Onde está o rabo?
08:44No lugar de sempre.
08:46Sim, mas onde é o de sempre?
08:49Aqui atrás.
08:52Atrás de onde?
08:54Aqui atrás de mim.
08:58Não estou vendo.
09:01Nem eu.
09:04Olha, Chaves, olha, olha o que eu trouxe, uma cadeira.
09:07Uma cadeira.
09:08Tá, tá, tá, tá, já.
09:09Eu tenho que pôr o pé aqui em cima, tá bom?
09:12Ah, sim.
09:16Outro depois, né?
09:16Os teus pés não, burro.
09:19Os pés da cadeira.
09:22Ah, eu já sabia.
09:23Sabia.
09:24Então segura bem forte que eu vou serrar aqui embaixo, tá bom?
09:27Vai, vai.
09:29Olha que bacana.
09:33Olha só.
09:37Bravo.
09:37Que bonito, Chaves.
09:38Escuta, Chaves, você...
09:43Mas que coisa, olha aí o que você fez.
09:46Tira logo, tira.
09:47A gente pode fazer o cavalo com uma pata a mais.
09:51Depois a gente vê.
09:53A dona Florinda pode emprestar o rabo pra gente.
09:57Só se for de macaco.
10:01Ah, Chaves.
10:02O que vocês estão fazendo?
10:04Nós estamos brincando de carpinteiro.
10:08Muito bonito.
10:10Obrigado.
10:13E ainda por cima você ri, né?
10:15Estou rindo de outra coisa.
10:17Então?
10:19É que a Chiquinha disse que a senhora deve ter rabo de macaco.
10:23Ah, Chaves.
10:29Olha, Chiquinha.
10:30Decididamente, você e eu não cabemos neste mundo.
10:35Ah, nem que se a gente fosse gorda que nem o Nhonho.
10:39Olha a Helen, olha a Helen, olha a Helen.
10:42O que eu quero dizer é que você e eu não podemos viver juntas no mesmo lugar.
10:47De maneira que ou eu vou embora ou vai você.
10:54Quer dizer que...
10:56Uma das duas tem que ir embora?
10:59Sim.
11:00Quer que eu chame um táxi?
11:19Pode deixar.
11:20É sua, é?
11:24E sua também.
11:26É muito bonita.
11:29Isso porque eu nem tive tempo de ir ao cabeleireiro.
11:33É muito elegante.
11:35Ah, professor, por favor.
11:37É uma pena que esteja tão maltratada.
11:39Claro, como é do início do século.
11:43Mas olhe só essas suas pernas.
11:48Estão todas arranhadas.
11:50E veja, totalmente moles.
11:54Devia arrumar um bom tapeceiro ou um carpinteiro para consertar esta cadeira.
11:57O senhor falava da cadeira?
12:02Sim.
12:02Por quê?
12:03É que eu pensei...
12:05Não, não, não.
12:05Por nada.
12:08Bem, se a senhora quiser, talvez eu possa arrumá-la.
12:13Verdade.
12:14Bem, eu conheço um pouco de tapeçaria.
12:16Ai, professor Girafales, eu acho que o senhor é um homem incomparável.
12:24Que coincidência, dona Florinda.
12:26Eu também acho que sou um homem incomparável.
12:29Puxa, já está funcionando o restaurante?
12:49É claro que não, ô Chaves.
12:51Mas eu estou vendo que você está cozinhando a sopa.
12:54Menino, isso não é de comer.
12:57Então o que está fazendo?
12:58Grude.
12:59O que?
13:00Estou fazendo grude.
13:03Mas o restaurante ainda não abriu.
13:07Me refiro a este grude.
13:09Isto é uma substância que serve para grudar.
13:13Vai grudar em mim?
13:15Ora, Chaves, como eu vou grudar em você?
13:17Grudar de colar para consertar a cadeira de dona Florinda.
13:22Que, por sinal, ela está furiosa.
13:23Por quê?
13:24Acha pouco ter quebrado um pé.
13:26Da dona Florinda?
13:27Da cadeira.
13:29A dona Florinda não quebrou pé nenhum.
13:31É, mas que parece, parece, viu?
13:34Qualquer dia preste atenção.
13:37Principalmente olhando assim contra a luz.
13:39parecem dois pauzinhos, assim, meio tortos, assim.
13:43Isso são pernas.
13:46O que foi?
13:47O que está acontecendo?
13:49É o que o professor Girafales falou, que os pés da senhora se chamam pernas.
13:53Não, o que eu disse, dona Florinda, foi que eu estava explicando.
13:59Sim, está bem, professor Girafales, eu acho que já entendi.
14:03Escuta, Chaves, se você ainda não sabe, o que suporta o nosso corpo são os pés.
14:08E as cadeiras?
14:12Bem, sim, mas...
14:13E as mesas?
14:14Sim, também.
14:15Seus olhos têm pés.
14:17Também, o que eu quero dizer...
14:20Como é que os meus olhos têm pés?
14:22Pés de galinha.
14:25Aqui tem uma, aqui tem...
14:30Olha, por que você não vai brincar na rua com os seus amiguinhos, hein?
14:35Isso, isso, isso, isso, isso, isso.
14:37Cuidado com o grude, menino.
14:39O que?
14:39Você ia tropeçar na cola.
14:41E o senhor ia tropeçando nas patas?
14:43O que?
14:43O senhor que começou.
14:49Olha, Chaves, ao invés de ficar discutindo...
14:52Você não quer ganhar uma moeda?
14:54Sim, sim, sim, sim.
14:55O que eu tenho que fazer?
14:56Fala, fala, fala.
14:58Pode me ajudar a mexer a cola?
15:00Tá.
15:13Vamos abrir agora.
15:35Dona Chaves.
15:37Pode dar, obrigada.
15:38Ele disse pra mim...
15:39Pera, Chaves, eu vou por a...
15:41Tinha que ser Chaves de novo.
15:47É que a Chiquinha ficou...
15:48Tá, tá, vai levar essa placa na cozinha e traz a outra, vai.
15:52Tá.
15:52Vai, vai, passa logo.
16:09Ai, meu Deus.
16:11Então, acabou de arrumar seu boteco?
16:21Restaurante.
16:21Agora, senhor barriga, o senhor já tem um lugar pra encher isto aqui.
16:25O senhor já tem um lugar pra encher isto aqui.
16:55O senhor já tem um lugar pra encher isto aqui.
17:25O senhor já tem um lugar pra encher isto aqui.
17:55O senhor já tem um lugar pra encher isto aqui.
18:25Javes.
18:34Chaves, o que aconteceu com a placa?
18:37Eles estão esperando.
18:38E que o balcão não deixa eu levar?
18:54Aqui está a placa, professor Girafás.
18:56Obrigado, Chiquinha.
18:57De nada.
18:58Escuta, dona Florinda, imagino que esse deva ser um bom negócio, não?
19:02Bom, seu Barriga, dizem que o ponto é bom, mas...
19:06de qualquer forma, eu espero que seja um bom negócio.
19:08E a propósito de negócio, senhor Barriga,
19:12outro dia o senhor fez uma coisa que me pareceu francamente repugnante.
19:17O que foi que eu fiz, professor Girafales?
19:19Mandou seu filho Nhonho cobrar o aluguel de dona Florinda.
19:23Ah, é que esse dia...
19:25Claro, claro.
19:26É uma bela maneira de economizar o seu tempo
19:29ou economizar o salário de um cobrador.
19:31Saiba, professor Girafales, que naquele dia eu estava doente.
19:35Além disso, eu devo lhe informar, senhor,
19:39que estou em dia com todos os aluguéis de minha casa, ou não?
19:42Isso mesmo, dona Florinda.
19:45Mas eu não mandei cobrar o aluguel de sua casa.
19:49Então?
19:50O que eu mandei cobrar foi o aluguel deste restaurante.
20:01Não me diga que o senhor também é dono deste local.
20:05Sim, eu digo.
20:06E por um acaso, a senhora não leu o contrato de locação?
20:10Ah, bom, sim, mas...
20:13Essas coisas a gente lê tão depressa que...
20:15Ah, mas está aqui, deixa eu ver.
20:24Proprietário, senhor barriga e pesado.
20:29Quer dizer que o aluguel daqui também vai ser cobrado pelo senhor barriga.
20:35Aqui está.
20:37Aqui está o letreiro.
20:40Pronto.
20:43Bem, então, qual foi o que a Chiquinha trouxe?
20:45A placa do seu barriga.
20:47A placa do seu barriga.
20:53A placa do seu barriga.
20:55E aí
21:01A placa do seu barriga.
21:07A placa do seu barriga.
21:13A placa do seu barriga.
21:18A placa do seu barriga.
21:20A placa do seu barriga.
21:28A placa do seu barriga.
21:34A placa do seu barriga.
21:36A placa do seu barriga.
21:38A placa do seu barriga.
21:45A placa do seu barriga.
21:47A placa do seu barriga.
21:49A placa do seu barriga.
21:59A placa do seu barriga.
22:01A placa do seu barriga.
22:09A placa do seu barriga.
22:20A placa do seu barriga.