Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • anteontem
Juliana Benvenuto, sócia e coordenadora de alocação e inteligência da Avenue, analisou os impactos do novo tarifaço proposto por Donald Trump. Segundo ela, a palavra-chave para os investidores é incerteza — e isso já se reflete nos mercados. A entrevista destacou riscos e possíveis efeitos nas bolsas.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://tinyurl.com/guerra-tarifaria-trump

🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!

Siga o Times Brasil nas redes sociais: @otimesbrasil

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, TCL Channels, Pluto TV, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasil

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00O Dow Jones subiu 600 pontos nesta sexta-feira, encerrando uma das semanas mais voláteis da história de Wall Street.
00:10E as informações são do site da CNBC, que eu trago aqui para vocês.
00:15O SP500 avançou 1,81% e o Dow Jones subiu 1,56%.
00:24Já o Nasdaq encerrou com alta de 2,06% em uma das semanas mais voláteis já registradas em Wall Street.
00:35As ações desta sexta-feira, após as declarações da Casa Branca, sinalizando que Donald Trump está otimista de que a China vai buscar um acordo com os Estados Unidos.
00:48E, curiosamente, essa mesma matéria aí do site da CNBC dos Estados Unidos, traz aqui um panorama de uma semana dos índices,
00:59ou pelo menos do índice Dow Jones, que é o principal balizador da Bolsa de Valores Nova York, que é a maior do mundo.
01:05Aqui nas colunas em verde e vermelho, a gente entende na expressão gráfica que houve quedas nos dias 3, 4, 7, 8 de abril.
01:18Lembrando que o tarifaço foi anunciado no dia 2 de abril.
01:23Imediatamente, nós tivemos quatro sessões consecutivas de queda.
01:27Houve um retorno no dia 9 de abril, forte retorno depois do Donald Trump ter suspendido, ter aliviado um pouquinho aí essa pressão tarifária,
01:42mas depois houve uma queda, houve um retorno.
01:46Se a gente olhar isoladamente, houve dias de muitos ganhos, mas num arco de tempo maior,
01:52as perdas ainda não compensaram, se a gente olhar principalmente desde o apóstolo de Donald Trump,
02:00que foi lá no comecinho, no final de janeiro, mais precisamente no dia 20.
02:05Para a gente comentar essas reações do mercado, e daqui a pouco, inclusive, eu volto com esses gráficos,
02:11vamos olhar todo esse cenário tarifário, eu convido Juliana Benvenuto,
02:17que é sócia e coordenadora de alocação e inteligência da Avenue.
02:21E a Juliana está aqui do meu lado.
02:23Juliana, obrigado pela participação, pela presença.
02:27Eu queria começar justamente com esse gráfico aqui, trazido pela CNBC dos Estados Unidos,
02:33que é o Dow Jones, que é o índice industrial, pelo menos a média, entre 3 de abril,
02:39que é essa revolução tarifária de Donald Trump, até o dia 11.
02:43A gente tem aí quase que uma montanha russa.
02:46Diante da sua expertise de analista, como é que a gente pode jogar para a próxima semana ou só com bola de cristal?
02:55Perfeito. Marcelo, primeiro, é um prazer estar aqui com você.
02:58Prazer todo nosso.
02:58Muito obrigada pela oportunidade.
03:00De fato, assim, mais uma semana de muita volatilidade nos mercados.
03:03Então, a gente viu desde a semana passada, enfim, desde que o Donald Trump colocou a questão das tarifas,
03:10o mercado tem reagido, enfim, negativa, muito negativamente, depois positivamente.
03:16E acho que o grande ponto é, a palavra principal é incerteza.
03:20Acho que é isso que a gente tem visto.
03:22E os investidores, no geral, eles se assustam bastante.
03:29E aí, acho que esses grandes movimentos que a gente viu, por exemplo, o mercado voltando bastante aqui na quarta-feira,
03:34como você mesmo comentou, ele mostra muito isso.
03:37Então, sai uma notícia, o mercado vem bastante, depois sai outra notícia, o mercado cai.
03:41E aí, daí pra frente, o que a gente faz?
03:43A gente vê que as pessoas estão realmente com muito medo, fala assim,
03:47poxa, acabou essa questão dos Estados Unidos.
03:49Mas será que é isso mesmo, né?
03:51Se a gente tentar olhar, acho que antes de olhar pra frente,
03:55eu acho que é legal a gente olhar pro passado, olhar pro histórico.
03:59Poxa, nos últimos 100 anos, os Estados Unidos, eles já passaram por diversas crises.
04:05Claro.
04:06E recessões.
04:07Então, teve lá o crash de 1929, assim, grande depressão.
04:12Enfim, o mercado caiu quase 90% do pico até o ápice ali da crise.
04:17Daí você pega, por exemplo, enfim, depois a gente teve a Segunda Guerra,
04:21que os Estados Unidos saíram bastante fortalecidos, inclusive o dólar se fortaleceu.
04:24A crise do petróleo na década de 70.
04:27Perfeito.
04:27Em 1987, você teve ali um crash, a Black Monday, que ficou conhecida como Black Monday,
04:34que o próprio Dow Jones, como você mostrou aqui, ele chegou a cair 22,6% em um único dia,
04:39que foi o pior desempenho do Dow Jones em um dia só.
04:42Então, assim, a gente já passou por diversas crises.
04:44E aí, mais recentemente, a gente teve, por exemplo, 2 mil ali.
04:48A crise das empresas ponto com, também mais de 50% de queda nos mercados.
04:53Você pega 2008.
04:55Crise imobiliária nos Estados Unidos.
04:58Poxa, o mercado despencou.
04:59E esse foi um momento, o epicentro da crise nos Estados Unidos,
05:02que se falou muito em, pô, acabou a economia americana, acabou a hegemonia dos Estados Unidos.
05:08E o mercado recuperou.
05:09O Fed foi lá, interviu.
05:11E os Estados Unidos mostraram a resiliência que tem o mercado.
05:13Mais recentemente, a gente teve o Covid.
05:16Inclusive, o mercado despencou, foi mais de 30% em questão de semanas.
05:22E você teve uma recuperação super rápida ali em questão de cinco meses.
05:26Então, quando a gente olha para o passado e vê esse tanto de crise e recessão que o mercado global,
05:32e principalmente o mercado americano, já passou,
05:35poxa, o mundo não vai acabar amanhã.
05:38E acho que é isso que a gente tem que parar para pensar.
05:40Vai ter volatilidade?
05:42Vai.
05:42A gente não sabe.
05:43Obviamente, a gente está aqui com o Donald Trump.
05:46Vamos pegar o caso da China.
05:47Agora, gente, o Trump, ele aliviou a questão dos outros países.
05:52Então, as tarifas recíprocas ele derrubou por 90 dias.
05:56Mas a escalada realmente aconteceu com a China.
05:58Então, agora é muito mais uma questão de Estados Unidos e China.
06:02Só que assim, se a gente for pensar,
06:03Pô, até onde vai isso?
06:05Até onde dá para ir isso?
06:07Agora, Juliana, eu gosto muito dessa expressão que a bolsa, ela sobe caindo, né?
06:11Ela dá passos, recua.
06:13Tem que ter estômago e esperar, claro.
06:17Só que vamos olhar para um traço aqui muito mais contemporâneo.
06:21Claro, a gente voltou no tempo, falamos de 29,
06:23da década de 70, 80, que aconteceu nos anos 2000, 2008,
06:28a última grande crise nos Estados Unidos.
06:30Mas olhando agora para esse traço de tempo mais curto,
06:35é este movimento de uma retirada do dinheiro dos investidores.
06:40E é importante todo mundo entender,
06:42corrija-me se eu estiver errado,
06:43o investidor médio americano,
06:45aqui a gente tem a tradicional poupança,
06:48a caderneta de poupança.
06:49O americano tem muito, o americano médio,
06:51tem muita coisa investido, muito dinheiro investido,
06:54não na caderneta de poupança,
06:55mas sim nos índices da Bolsa de Valores de Nova York.
06:58Esta queda de dinheiro não significa que o americano está colocando isso no colchão.
07:03Está indo para onde?
07:04E aí eu embuto essa pergunta numa segunda sub-pergunta, Juliana,
07:09que os yields, o tesouro, tem chegado a níveis preocupantes.
07:16Isso tem a ver?
07:17Perfeito.
07:18A gente primeiro tem que lembrar que os Estados Unidos,
07:20eles são o hub do mundo.
07:22Então, dentro do mercado americano,
07:24obviamente, como você comentou,
07:26o americano investe em Bolsa,
07:27isso é comum, é da cultura deles.
07:30Mais de 50% das famílias americanas investem em Bolsa,
07:32mas você tem o mundo inteiro investindo nos Estados Unidos.
07:35Então, tem um movimento global, de novo, de risco,
07:38tem várias questões que fazem o mercado se mover bastante.
07:41E o mundo, nesses momentos de estresse,
07:44eles, de fato, procuram segurança.
07:46Ok.
07:47E o tesouro americano, ele é a segurança do mundo há muitas décadas.
07:52Títulos do governo americano sempre foram o safe haven do mundo.
07:56A gente viu, realmente, o movimento recente,
07:58principalmente nos títulos mais longos do governo americano,
08:03que é um movimento meio até diferente do que se esperava,
08:06porque se todo mundo vai para o tesouro americano,
08:08o preço desses títulos deveria subir,
08:10os preços caíram e as taxas subiram,
08:12porque os títulos lá são pré-fixados,
08:14então você tem essa relação inversamente proporcional.
08:17E só que os títulos de curtíssimo prazo dos Estados Unidos
08:21tiveram uma entrada de recurso.
08:24Então, as pessoas, nesse momento de muito estresse,
08:27não querem alongar risco.
08:29Então, elas não querem,
08:30acaba saindo muito dinheiro de títulos de longo prazo
08:33e entra muito dinheiro em curto prazo.
08:36Então, você tem esse movimento nos títulos mais curtos,
08:38treasuries de até um ano,
08:40e você vê essa saída de títulos mais longos.
08:43Então, foi um pouco disso que aconteceu.
08:45Saiu uma entrevista com o Larry Fink,
08:47que é o CEO da BlackRock,
08:50e ele fala que viu essa semana muito dinheiro,
08:54cash mesmo, nas contas.
08:56Então, os investidores, de fato, fizeram muitos resgates,
08:59estão deixando o dinheiro em caixa
09:01para, muitas vezes, aproveitar alguma oportunidade
09:03dentro de toda essa volatilidade.
09:05Então, o próprio Warren Buffett, enfim,
09:07com muito dinheiro em caixa,
09:09e eu acho que essa volatilidade toda
09:12acaba, por outro lado, gerando muita oportunidade também.
09:16Juliana, você lembra de um programa muito famoso
09:18na TV americana, chamado Joe Party?
09:21É o Show do Milhão,
09:22um programa de perguntas e respostas
09:24que cunhou a célebre frase,
09:27a pergunta de um milhão de dólares.
09:29Quem chegava até o final e respondia tudo certo,
09:32a pergunta mais difícil no final,
09:33um milhão de dólares.
09:34Te faço agora a pergunta de um milhão de dólares.
09:37Os Estados Unidos, diante desse cenário,
09:40e o Federal Reserve,
09:41sinalizando uma frase simbólica,
09:44nesse finalzinho de semana,
09:46olha, se for preciso,
09:48eu estou pronto para intervir.
09:50Dá para entender nas entrelinhas
09:51que ele pode fazer alguma movimentação,
09:53entre essas movimentações,
09:55talvez aumentar a taxa de juros.
09:57Pergunta de um milhão de dólares.
09:59Os Estados Unidos continuam sendo ainda
10:00um bom pagador para esses títulos?
10:02Ainda está na casa do AAA?
10:04Ou isso pode riscar um pouco,
10:06arranhar um pouco a reputação
10:07de bom pagador dos Estados Unidos?
10:09Acho que, assim como as outras crises
10:12que eu comentei,
10:13sempre vão falar que isso vai acontecer,
10:15que os Estados Unidos pode vir a dar default,
10:18pode se tornar um mau pagador,
10:21enfim, que a geomunia americana vai acabar.
10:23Eu acho isso muito difícil de acontecer.
10:25Acho que tem muitos dados que corroboram
10:28com os Estados Unidos ainda se mantendo
10:30resilientes e fortes
10:32e sendo o principal centro econômico do mundo.
10:35Então, você pega, por exemplo,
10:37os Estados Unidos, eles têm o maior PIB hoje,
10:3925%,
10:40as reservas globais hoje ainda são em dólar,
10:43então são coisas que são difíceis de mudar
10:45do dia para a noite.
10:46Boa parte das transações do mundo
10:48são realizadas em dólar,
10:49mais de 80% das transações
10:51são realizadas em dólar.
10:53Então, é muito difícil você ver
10:55um movimento diferente desse
10:57porque a economia americana
10:58tem as maiores empresas,
11:00enfim, o S&P,
11:01a gente está falando das 500 maiores empresas do mundo.
11:03É um lugar, um ambiente muito propício
11:06para negócios,
11:07é fácil abrir, é fácil fechar a empresa
11:09e as grandes empresas do mundo,
11:11tecnologia e tudo mais,
11:13estão nos Estados Unidos.
11:14Então, assim,
11:15é realmente muito difícil
11:17a gente ver uma mudança muito grande
11:19nesse patamar.
11:19Eu acho que, de novo,
11:21o estresse de curto prazo
11:22sempre vai acontecer,
11:23as pessoas ficam assustadas,
11:26acham que não vai ter amanhã,
11:27que tudo vai mudar,
11:29mas eu acho que a gente tem que ter calma,
11:31paciência e entender que,
11:34poxa, muita coisa é barulho
11:35e a gente tem que separar o que é barulho
11:37do que de fato é fato.
11:39Então, acho que vale esperar
11:41os próximos meses, enfim,
11:44e ver o que vai acontecer,
11:45mas acho muito difícil
11:46esse cenário mudar.
11:47Helena, vou jogar a batata quente
11:49na sua mão,
11:50aí você assopra e descasca.
11:52E, aliás, tem uma câmera ali,
11:53só para você,
11:54você pode olhar para o telespectador
11:57e responder para ele,
11:59ainda vale a pena investir
12:01na Bolsa de Valores dos Estados Unidos?
12:03Parafraseando Donald Trump,
12:05comprem, está barato,
12:06esse é o momento.
12:08Depois ele foi acusado
12:09de estar manipulando o mercado,
12:11foi acusado pelos seus opositores políticos,
12:13os democratas.
12:14Mas é um bom momento?
12:16Perfeito, vou falar aqui.
12:17Diretamente para a câmera.
12:18Bom, nós, como brasileiros,
12:20nós temos que pensar
12:22que a gente tem que diversificar.
12:25Marcelo, acho que esse é o principal ponto.
12:27E quando a gente está concentrado
12:28100% aqui no Brasil,
12:29a gente não está diversificado.
12:31O Brasil representa
12:31menos de 1% do mercado global.
12:34Então, quando eu estou investindo
12:35100% nos recursos no Brasil,
12:37eu estou numa moeda,
12:38inclusive, que perde valor
12:39ao longo do tempo
12:40frente ao dólar.
12:42Então, desde a criação
12:42do Plano Real em 1994,
12:44a nossa moeda já perdeu
12:45mais de 80% do seu valor
12:47frente ao dólar.
12:48Eu estou falando
12:50de uma moeda forte,
12:51que ainda assim
12:51é uma moeda extremamente forte
12:53perante o mundo.
12:54Eu estou falando
12:55de acessar mercados
12:56que a gente não acessa
12:58através do mercado brasileiro.
12:59Então, diversas teses,
13:00enfim, como eu falei,
13:01a gente está olhando,
13:02quando eu olho para fora do Brasil,
13:03eu estou olhando
13:03para 99% do mercado.
13:06Então, a diversificação aumenta.
13:07E dizem que a diversificação
13:09é o último almoço gratuito
13:11que a gente tem no mercado.
13:14Então, sem diversificação,
13:16a nossa carteira sofre muito mais.
13:18Diversificar parte do patrimônio
13:20fora do Brasil
13:21em moeda forte
13:22é extremamente importante.
13:24Traz mais proteção,
13:26traz resiliência
13:26para a carteira de investimentos
13:28e isso é extremamente importante.
13:29Juliana, para encerrar,
13:30última pergunta.
13:31Gostou da experiência?
13:32Primeira vez que nós nos conversamos
13:34aqui ao vivo.
13:35Espero que seja a primeira
13:36de muitas.
13:37Com toda certeza.
13:38Gostei muito.
13:39Foi um prazer enorme.
13:40Muito legal conhecer vocês
13:41e o estúdio aqui.
13:43Espero estar aqui
13:44numa próxima com toda certeza.
13:45E nós estamos tão alinhados.
13:47Eu vou até me aproximar aqui.
13:48Vou pedir para a Juliana
13:49ajudar a comandar o resto aqui.
13:51A próxima.
13:52Juliana citou
13:53uma entrevista
13:54dada pelo Larry Fink,
13:56que é alguém do BlackRock,
13:59que hoje é CEO da BlackRock.
14:01Ele tem 11 trilhões de dólares
14:04ali debaixo do guarda-chuva dele.
14:06Juliana está tão integrada aqui
14:09com a nossa programação,
14:10que você assiste a seguir justamente
14:12essa entrevista que foi dada
14:13com exclusividade à CNBC.
14:17O que pode estar acontecendo
14:18é que muitas pessoas estão comprando
14:20antes dos aumentos elevados,
14:22como as filas nas lojas da Apple,
14:23comprando iPhones
14:24e todas essas coisas.
14:25Mas acredito que toda a incerteza
14:27está realmente fazendo
14:28com que todos parem.
14:30E todos estão esperando para ver,
14:31e por isso,
14:32acho que veremos que em todos os setores,
14:34eles simplesmente dizem
14:35para irmos devagar
14:36até termos mais certeza.
14:37E você sabe,
14:38agora temos uma pausa
14:39de 90 dias
14:40na tarifa recíproca.
14:42Você obviamente falou sobre isso.
14:44Ouça,
14:44estávamos falando
14:45sobre a incerteza.
14:47Muitos CEOs
14:47com quem estamos falando,
14:49já ouvi isso várias vezes,
14:51como nos primeiros dias da Covid,
14:53há uns cinco anos.
14:54E...
14:54Eu simplesmente não sei
14:55o que está por vir.
14:57Não tenho nada a esperar
14:58e por isso,
14:59estou mantendo
14:59minha cabeça baixa.
15:00Essa é uma maneira justa
15:02de caracterizar.
15:02Então, acho que essa é uma resposta ruim.
15:04Porque hoje,
15:04você precisa enfrentar
15:06a incerteza
15:06e tentar encontrar soluções.
15:09Portanto,
15:10eu não gostaria
15:10de ter essa resposta
15:11como acionista
15:12de nenhum CEO.
15:13Quero dizer,
15:14para mim,
15:15esta é uma oportunidade
15:16de procurar oportunidades
15:18e como todos os nossos clientes
15:19estão incertos,
15:21estamos gastando mais tempo
15:22com mais conversas
15:23com mais clientes
15:24globalmente do que nunca.
15:26Nosso trabalho agora
15:27é ajudar,
15:28acalmar
15:28e dar ideias a eles.
15:30Mas acho que é a própria incerteza
15:31que cria a incapacidade
15:32de fazer um planejamento
15:33de longo prazo
15:34em termos de alocação
15:35de capital.
15:36Acredito que as mega tendências
15:38ainda estão conosco,
15:39seja em IA,
15:40data centers,
15:41infraestrutura,
15:43toda a reorientação
15:44de nossa economia.
15:45Se levarmos em conta
15:46todas as tarifas,
15:48todas essas outras questões,
15:49isso será bastante aditivo.
15:51Quero dizer,
15:52li em um relatório
15:53que,
15:54se considerarmos apenas
15:55as tarifas
15:56no custo da construção
15:57de casas,
15:58a Casa Nova Média
15:59poderia aumentar
16:00em até 26%.
16:02E a propósito,
16:03é tudo autoinfligido.
16:04Nada disso é necessário.
16:05Não é uma pandemia.
16:06Não se trata
16:07de uma crise financeira.
16:08Isso é algo
16:09que nós criamos.
16:10Como eu disse também
16:11na segunda-feira,
16:12os Estados Unidos
16:13após a Segunda Guerra Mundial
16:14foram um estabilizador global.
16:17E sabe,
16:17é uma coisa
16:18muito difícil de dizer
16:19porque eu me orgulho
16:20de ser, sabe,
16:21de trazer a liderança.
16:23Mas digo que
16:24o poder do capitalismo
16:25do SEAM
16:26ainda está vivo.
16:27Cada vez mais,
16:29os clientes do mundo todo
16:30estão pedindo,
16:31pelo menos no nível
16:32de CEO,
16:33nossa visão
16:33e nossas opiniões.
16:35Eles ainda querem
16:36se envolver.
16:37Eles ainda querem
16:38construir.
16:39Estou menos preocupado
16:40com algumas dessas questões,
16:42mas no curto prazo
16:43fico surpreso
16:44com algumas dessas questões.
16:45Vamos voltar
16:46na questão
16:46de ficar surpreso.
16:47Você e eu
16:48temos idade suficiente
16:48para lembrar
16:49quando Nixon foi à China
16:50e abriu a porta.
16:51Ou o ouro,
16:52você sabe,
16:52abandonou o padrão ouro.
16:53Pois é,
16:54nesse mesmo período
16:54de dois anos.
16:55E acho que havia
16:56uma enorme ansiedade
16:57na época
16:57em relação ao outro lado.
16:59Será que realmente
16:59achávamos que poderíamos
17:00ter um ótimo relacionamento
17:01com o Mao,
17:02que era um assassino em massa?
17:03Será que achávamos
17:04que poderíamos realmente
17:04fazer negócios com a China?
17:06Fizemos um bilhão
17:06com ele no ano seguinte.
17:07Depois,
17:08quando nos demos conta,
17:09estávamos negociando
17:09100 bilhões.
17:10Agora estamos fazendo
17:114 bilhões e 38 bilhões.
17:13Sim,
17:13e agora queremos fazer zero.
17:15Qual é o impacto
17:15do zero em nosso país?
17:18Bem,
17:18já temos mais de 20 anos
17:20de criações
17:20de cadeias de suprimentos.
17:21É,
17:22você sabe.
17:24Outra força econômica,
17:26Jim,
17:26após a Segunda Guerra Mundial,
17:27foi o consumismo.
17:29Assim,
17:29construímos toda a base
17:31da política econômica
17:32em torno do consumismo,
17:34fornecendo aos americanos
17:35os produtos mais baratos
17:36que pudessem.
17:37E essa foi a base.
17:39Agora,
17:39isso teve um custo,
17:40pois algumas de nossas
17:41comunidades foram dizimadas
17:42e perderam empregos?
17:44Sem dúvida.
17:45Então,
17:45talvez tenhamos ido longe demais
17:47em todo o conceito
17:48de consumismo.
17:49Mas sejamos claros,
17:50o principal alicerce econômico
17:52foi baseado no consumismo.
17:54Por isso,
17:54queríamos que nossas
17:55empresas percorressem o mundo
17:57para encontrar
17:58os melhores lugares
17:59para oferecer
17:59a mais alta qualidade
18:00com os preços
18:01mais baratos
18:02para que pudéssemos
18:03consumir mais.
18:05Mais pessoas
18:05poderiam ter mais.
18:07E esse foi um dos motivos
18:08fundamentais pelos quais
18:09os Estados Unidos
18:10eram os líderes,
18:12porque nossos cidadãos
18:13eram grandes consumidores.
18:15Agora,
18:16ao mudar esse equilíbrio,
18:17será mais difícil consumir.

Recomendado