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Transcrição
00:00Donald Trump anuncia tarifas de 145% contra a China.
00:04Mercados despencam no mundo inteiro.
00:07E o presidente americano suspende taxação para outros países por até 90 dias.
00:13China responde medida, aumenta tarifas para 125% e temor de guerra comercial aumenta.
00:20Governo de Pequim pede união contra valentões americanos.
00:24Crise pode destravar acordo entre União Europeia e Mercosul.
00:28Países se manifestam e pedem agilidade para texto entrar em vigor.
00:32Você vai ver também.
00:34No Líbano, Hezbollah admite possibilidade de acordo para abandonar luta armada e fazer exigências ao governo.
00:41Meu nome é Fabrício Naitz, que pela próxima meia hora nós vamos navegar juntos pelos principais assuntos do mundo.
00:47O JP Internacional está no ar.
00:49Olá, seja muito bem-vindo, seja muito bem-vinda.
00:58A gente começa essa edição do JP Internacional falando sobre as tarifas de Donald Trump.
01:03Afinal de contas, não é nenhum exagero a gente dizer que essa foi uma das semanas mais agitadas da história do comércio internacional.
01:10E para esclarecer tudo aquilo que aconteceu nos últimos dias, a gente separou uma arte aqui, uma linha do tempo,
01:16para entender exatamente as datas, a configuração de como as coisas se desenrolaram ao redor do mundo.
01:24Vamos dar uma olhada na nossa linha do tempo?
01:25Olha só.
01:26Começa no dia 2 de abril, quando Donald Trump anuncia as tarifas recíprocas na semana passada.
01:33Na ocasião, a China recebeu 34% de tarifas.
01:37E aí o que acontece? No dia seguinte, 3 de abril, a China respondeu.
01:42E as taxas também foram para 34% no sentido contrário.
01:46No dia 9, já nessa última semana, Trump voltou a aumentar as tarifas e elas foram para 104%.
01:54No mesmo dia, ele não freou a caneta não.
01:57Pelo contrário, aumentou as tarifas para a China para 125%.
02:02Aí os chineses responderam, não recuaram, ampliaram as tarifas e elas chegaram em 84%.
02:09No dia seguinte, dia 10, a Casa Branca esclareceu que o imposto, na verdade, é de 145% porque eles consideram outros 20% pré-existentes.
02:19E no último dia 11, sexta-feira, a China subiu, dobrou a aposta e mandou as tarifas também para 125%.
02:28O motivo para os chineses não se assustarem com o avanço americano é bem simples.
02:32O valor das exportações para os Estados Unidos corresponde a apenas 2% do PIB chinês.
02:38E aí é verdade que a China depende de exportações para manter a economia em alta.
02:42Tinha uma expectativa de crescer 5% esse ano.
02:45Isso porque o mercado interno não é capaz de absorver tudo aquilo que o país produz.
02:51Então ele precisa mandar para fora.
02:53Mas Pequim garante ser capaz de lidar com as tarifas americanas.
02:57Vamos dar uma olhada nas relações entre China e Estados Unidos no sentido comercial.
03:02Quanto que a China exporta e quanto que a China importa dos Estados Unidos.
03:08Os Estados Unidos tem um grande déficit com a China e a situação não parece que vai ser resolvida tão cedo.
03:14Quando a gente fala em bilhões de dólares, as importações da China são de 439 bilhões para os Estados Unidos.
03:23Enquanto a China recebe 144,6 bilhões dos Estados Unidos.
03:28Ou seja, há um déficit comercial na balança americana de 295 bilhões de dólares.
03:35E aí a gente fala dessa guerra comercial de Donald Trump, onde ele prometeu uma série de coisas.
03:41E de todas essas promessas do Trump envolvendo as tarifas, elas vão desde a reativação da indústria até a readequação da balança comercial, como é esse o caso aqui.
03:51Nenhuma delas avançou até o momento.
03:54A estabilidade das medidas adotadas pelo presidente americano Donald Trump deixam em alerta diversos países, não só os chineses.
04:01O acordo entre o Mercosul e a União Europeia pode ser uma saída para os países europeus.
04:07É o que a gente vê agora na reportagem de Bruna Millon.
04:11Após mais de 25 anos, o Mercosul e a União Europeia formalizaram, no fim do ano passado, um acordo de livre comércio entre os blocos.
04:21No entanto, para passar a valer, o tratado ainda precisa ser aprovado pelo Parlamento Europeu e enfrenta resistência por parte de setores econômicos, especialmente franceses, para avançar.
04:34Caso o acordo seja ratificado, o primeiro parceiro comercial do Mercosul poderá ter maior facilidade para exportar carros, máquinas e produtos farmacêuticos.
04:45Enquanto o bloco sul-americano poderá exportar mais carne, açúcar, soja e mel para a Europa, criando um mercado de cerca de 700 milhões de pessoas.
04:56Mas a França lidera um grupo de países europeus que se opõem à sua aprovação.
05:02A ministra da Agricultura francesa, Annie Genevieve, alertou que o pacto não é um remédio para as tarifas de Trump.
05:10O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que o país continua buscando uma minoria de bloqueio dentro da União Europeia contra o acordo comercial com o Mercosul.
05:21É nisso que estamos trabalhando. Estamos trabalhando para garantir que não haja divisão no acordo.
05:27Para garantir uma minoria de bloqueio e para convencer todos os nossos parceiros.
05:33Acredito que nossos argumentos são os mesmos em toda a Europa.
05:37Devemos defender a capacidade de produção da Europa. Nada é garantido, mas as coisas estão avançando.
05:44O país tem buscado estabelecer regras de sustentabilidade para a entrada de produtos do Mercosul na Europa, principalmente em relação ao desmatamento e uso de agrotóxicos.
05:56Macron defende que os produtos do Mercosul só poderão entrar na União Europeia se seguirem as mesmas regras que regem os produtores europeus.
06:04Segundo o presidente, seria anticompetitivo para a União Europeia aceitar produtos sem a regulamentação ambiental, enquanto o Bloco aprova regras mais severas internamente.
06:16A aceleração das discussões sobre o acordo com os países latino-americanos foi apresentado como uma forma de a União Europeia diversificar seus mercados comerciais,
06:28enquanto os Estados Unidos agora impõem um aumento de 20% a 25% nas tarifas alfandegárias sobre seus produtos.
06:35Com os constantes anúncios do presidente americano Donald Trump sobre tarifas, diversos países têm buscado um acordo com outros parceiros comerciais, fugindo da retaliação americana.
06:48Só na última semana, Finlândia e Suécia partiram em defesa do desenvolvimento do livre comércio com outros países e se colocaram a favor do início do acordo com os países do Mercosul.
06:59Na tentativa de uma negociação com os Estados Unidos, a Comissão Europeia ofereceu ao país um tratado para adotar uma tarifa zero no comércio de produtos industriais,
07:09uma oferta que Trump já considerou insuficiente.
07:13Em resposta às medidas anunciadas por Trump, a maioria dos 27 Estados-membros da União Europeia aprovou a aplicação de tarifas sobre cerca de 21 bilhões de euros de produtos dos Estados Unidos.
07:26Enquanto Trump decide se mantém ou não a imposição da taxação, líderes latino-americanos pedem uma frente unida para enfrentar a ofensiva tarifária e a incerteza econômica.
07:42Para falar mais sobre esse assunto, a gente recebe nosso mestre em Relações Internacionais, Urian Fanceli, sempre presente aqui com a gente no JP Internacional.
07:49Urian, seja muito bem-vindo.
07:52Obrigado, prazer estar aqui mais uma vez.
07:54Urian, a gente tem visto esse dente por dente, olho por olho entre Estados Unidos e China, que só faz aumentar a incerteza no comércio internacional, na economia mundial.
08:05Agora, você acredita que essas tarifas, diante desse cenário, podem acabar sendo diferencial para destravar esse acordo entre União Europeia e Mercosul?
08:14O acordo já foi acertado, falta colocar ele em prática, né?
08:16Fabrício, o que deve acontecer na prática agora é a Europa entender que eles não podem combater o protecionismo norte-americano com mais protecionismo.
08:28Então, de fato, vai haver uma maior oferta de produtos chineses para o mundo inteiro, inclusive para a Europa.
08:35E a Europa, se ela quiser continuar a se colocar como um paladino e um defensor da defesa do livre comércio,
08:43ela vai precisar seguir as regras do comércio internacional.
08:47E, entre essas regras, o que está?
08:50Está aqui, você não pode ter tarifas diferentes para parceiros diferentes, a não ser que você tenha um acordo comercial com os seus parceiros.
08:59Então, no caso, se a Europa quisesse proteger, entre aspas, daquela inundação de produtos chineses
09:07e quiser priorizar algum tipo de comércio com o Mercosul para, inclusive, beneficiar, para estreitar esses laços com o Mercosul,
09:15ela vai precisar acelerar a aprovação desse acordo.
09:21Então, é algo bastante importante, não apenas para a Europa, mas para o Mercosul também,
09:27porque vale a gente lembrar, e não é porque o Brasil vai acabar vendendo mais para a China,
09:33como a gente já observou ao longo dos últimos dias, uma maior busca de chineses procurando importar soja do Brasil, por exemplo,
09:42o Brasil não pode ficar vulnerável apenas a um parceiro comercial, a China.
09:48Então, poderia ser beneficiado também ao colocar esse acordo em prática de uma vez por todas.
09:55A gente está falando de um mercado comum de 700 milhões de pessoas.
09:59É algo extremamente relevante e eu acho que é uma maneira de mandar uma mensagem bastante clara,
10:06de que o livre comércio continua a ser algo que pode beneficiar o mundo inteiro.
10:12Se a Europa quer defender esse sistema, que é o sistema vigente até então,
10:17ela precisa abandonar o protecionismo.
10:19Agora, Elian, está muito difícil a gente prever qualquer coisa ao redor do mundo
10:23para os próximos meses, para os próximos anos, principalmente no sentido econômico.
10:27Mas há uma tendência de que países e blocos procurem mais acordos comerciais
10:32já nas próximas semanas.
10:35O Brasil ganha mais negociando individualmente ou ganha mais negociando como o Mercosul?
10:42Eu acho que o Brasil sempre vai ganhar se negociar, independente se for individualmente ou como o Mercosul.
10:48A gente viu ao longo da história que em diversas ocasiões diferentes,
10:51o Brasil foi travado porque não tinha uma compatibilidade ali do governo brasileiro,
10:57por exemplo, com o governo argentino.
10:59Em momentos nos quais o governo brasileiro buscava uma economia mais liberal,
11:03às vezes isso acabava sendo travado pela Argentina.
11:06A gente até viu também no passado o Uruguai ameaçando negociar unilateralmente com a China
11:12e abandonar o Mercosul caso o Mercosul não quisesse negociar juntamente com o país.
11:19Então, agora eu acho que é o momento de aproveitar que existe um alinhamento,
11:24pelo menos existe uma antipatia pessoal do presidente Lula com o Javier Milley na Argentina,
11:33um de direita, outro de esquerda.
11:35Por outro lado, algo que os dois têm em comum é uma visão liberal do comércio.
11:40Então, no sentido de que o bloco deveria negociar com o maior número possível de parceiros.
11:46Então, é o momento de que é provável que isso aconteça a partir de então.
11:51Que o bloco tente negociar como um todo.
11:54O presidente Lula vai fazer uma viagem para a Rússia, para a China no mês de maio.
11:59Então, deve negociar outros acordos.
12:02E vamos torcer para que o Milley também embarque
12:05apoiando qualquer tipo de novo acordo que possa surgir a partir de então.
12:11Bom, o Uriam Fonselli já volta a conversar com a gente aqui no JP Internacional
12:14sobre outros assuntos ao redor do mundo.
12:17Agora a gente vai ver o seguinte, pressionado dentro e fora do país,
12:21o grupo libanês Hezbollah pode fazer um acordo histórico.
12:25Segundo fontes, a organização pode entregar as armas
12:28e abandonar as atividades militares em definitivo.
12:32Mas para que isso aconteça, algumas exigências precisam ser cumpridas.
12:36É o que a gente confere agora na reportagem de Camila Yunis.
12:38O que parecia impossível, agora pode se tornar realidade.
12:46Líderes do Hezbollah admitiram que o grupo está pronto
12:49para negociar com o governo do Líbano
12:51um acordo para encerrar a luta armada no país.
12:55A proposta inicial, chancelada pelo presidente Joseph Aouni,
12:59que possui apoio dos Estados Unidos,
13:02garante que o grupo entregaria as armas
13:04em troca da retirada de tropas de Israel do sul do território.
13:08Se confirmado, o texto pode pôr fim
13:11em um dos principais movimentos islamistas do Oriente Médio,
13:15mas que permaneceria como um dos principais partidos políticos libaneses.
13:20Fundado em 1982, em meio à invasão de Israel no Líbano,
13:25o Hezbollah se expandiu ao longo das décadas com o apoio do Irã.
13:29Desde os anos 90, o partido também passou a fazer parte do parlamento.
13:35Mas a última guerra contra Israel
13:37teve fortes impactos na estrutura da organização.
13:40Os principais líderes foram mortos em ataques,
13:43incluindo o secretário-geral Hassan Nasrallah
13:46e o sucessor Hassan Safedini, em outubro.
13:50O Hezbollah também foi alvo de operações que assustaram o grupo.
13:54É o caso da explosão dos Pagers Wall Talks
13:58conduzida pelo Serviço Secreto Israelense,
14:01o Mossad, que deixou pelo menos 37 mortos.
14:05Em teoria, o conflito deveria ter acabado em novembro do ano passado,
14:09com a assinatura de um cessar-fogo entre Israel e Líbano.
14:13Mas o Estado judeu decidiu manter tropas em cinco pontos do território,
14:18além do período determinado no acordo.
14:21Nos últimos meses, a posição do Hezbollah dentro do Líbano
14:25tem ficado cada vez mais fragilizada.
14:28É o que explica o professor de Relações Internacionais
14:31e especialista em Islã Político, Danilo Porfírio de Castro.
14:35Eu não consigo enxergar o Hezbollah se afirmar como um movimento de insurgência.
14:44Então o que resta para ele é o quê?
14:46É essa adesão como um movimento representativo de assistência
14:52e um movimento político.
14:54Só que mesmo existindo, Fabrício,
14:58uma consciência da população libanesa de hostilidade
15:03em relação à invasão israelense,
15:07eles também, o quê?
15:08Porque, principalmente, os grúgobos cristãos,
15:11cristãos maronitas, melquitas, os sunitas, os drusos,
15:16como todas as comunidades que ali estão, que não são xiitas,
15:20atribuem culpabilidade de tudo o que está acontecendo
15:23ao Hezbollah e ao apoio à ação do Hamas contra Israel.
15:29Israel foi, agiu, não digo de forma inédita, Fabrício,
15:34porque ele já fez isso mais de uma vez,
15:36mas de uma forma tão intensa e tão, assim, deliberada,
15:41Israel, na hora de assumir um processo de contra-ataque
15:46e de resistência contra as forças do Hamas e do Hezbollah,
15:49ele foi diretamente às cabeças.
15:52Israel não estava apenas preocupado com as lideranças presentes,
15:58mas toda o quê?
15:59Uma cadeia de sucessão.
16:02Sucessão.
16:03Então, ele desmobiliza cortando a cabeça desses movimentos,
16:11tanto do Hamas quanto do Hezbollah.
16:14O Hezbollah foi um dos primeiros grupos a manifestar apoio ao Hamas
16:18após os ataques de 7 de outubro de 2023.
16:22Na ocasião, o grupo libanês pressionou Israel com foguetes
16:26na região de fronteira entre os dois países.
16:29Mas a organização não contava com um ponto fundamental,
16:34a falta de apoio do Irã.
16:36O país persa, inimigo de primeira hora dos israelenses,
16:40conta com os chamados proxies para manter os combates na região,
16:44na conhecida guerra por procuração.
16:47Historicamente, o Irã é o responsável por dar suporte financeiro,
16:51militar e logístico para grupos como o Hezbollah, o Hamas e os Houtis no Iêmen.
16:58Mas a crise e a pressão também chegaram em Teirã.
17:01E o governo precisou recuar em parte da estratégia
17:05depois dos fortes contra-ataques israelenses.
17:08Semi-abandonado, o Hezbollah também teve outro revés.
17:12Eleito em janeiro, o novo presidente do Líbano,
17:15Joseph Aouni, é conhecido pela postura pró-Estados Unidos.
17:19Apesar de prometer acabar com a ocupação de Israel,
17:22a ONI tem alinhado o discurso com a Casa Branca
17:25e buscado colocar a população contra movimentos islamistas.
17:30O Irã cria todo um projeto de ação contra Israel,
17:36contando com braços proxies.
17:39Só que o que acontece?
17:41O Irã não contava com a resposta israelense.
17:47A articulação do governo.
17:51Um senso de unidade nacional.
17:54E por que de unidade nacional, Fabrício?
17:56Porque o Irã contava com a instabilidade institucional.
18:01Netanyahu e seus problemas com a justiça.
18:04Netanyahu e seus problemas com a população.
18:07Netanyahu e seus problemas com a oposição.
18:10Isso não aconteceu.
18:11O José Feão é de um quê?
18:13Ele acende também de uma linhagem política.
18:18Família já esteve na presidência mais de uma vez.
18:21Isso na década de 90.
18:25O José Feão é general de brigada.
18:28O José Feão se investe da roupagem nacionalista.
18:33O José Feão é pro-americano.
18:35E se é pro-americano, está próximo de um diálogo com os aliados americanos.
18:42Entre eles, Israel.
18:43Então, o Hezbollah volta a insistir.
18:48Eu gosto de usar esse termo.
18:50E, por favor, não é trocadilho.
18:52Tem que deixar as barbas morrem.
18:54Convencer toda a estrutura do Hezbollah a abandonar a luta armada não deve ser tarefa fácil.
19:02E usar da força para parar o grupo ainda menos.
19:05Mas agora, mais do que nunca, o futuro de Líbano e Hezbollah andam lado a lado.
19:11O Rian Fanceli, o professor Danilo Porfírio, falou que o Hezbollah precisa deixar as barbas de molho.
19:19Você acredita que o Hezbollah, se ele entregar e finalizar a luta armada,
19:24ele consegue se sustentar como partido político em uma democracia muito frágil ali no Oriente Médio, que é a do Líbano, né?
19:32A situação do Hezbollah não está muito fácil, né?
19:35Lembrando que se o grupo tinha ali 150 mil mísseis, foguetes, Israel conseguiu fazer com que restassem ali pelo menos 30% de tudo.
19:44Então, militarmente falando, ele foi enfraquecido.
19:47Foi enfraquecido politicamente também.
19:49Ele faz parte desse novo governo do Líbano.
19:52Recebeu, inclusive, alguns cargos.
19:55Ele tem uma presença forte ali num bloco com bastante força no parlamento libanês.
20:01Então, continua nesse sentido ativo.
20:05Agora, o grupo vai ter alguns desafios pela frente, né?
20:09Ele não está fazendo essas concessões agora, mostrando a disposição para o diálogo ou para se desarmar,
20:18simplesmente porque ele mudou e deixou de ter toda uma postura violenta, ideológica que ele tinha até então.
20:24Pelo contrário, está fazendo tudo isso agora de maneira cuidadosamente calculada.
20:30Então, é uma decisão que, se de fato ocorrer, ela vai ser motivada principalmente por pragmatismo tático,
20:38que vai ter como objetivo de longo prazo a recuperação organizacional e o reposicionamento do grupo.
20:45Então, esses confrontos recentes com Israel, que foram bastante intensos, eles deixaram o grupo extremamente enfraquecido
20:56e, ao se mostrar agora publicamente aberto às negociações, o grupo busca ganhar tempo tão precioso
21:03para conseguir se reconstruir discretamente ali como ele fez no passado, depois de 2006, por exemplo,
21:10que teve uma guerra com Israel e voltou agora do jeito que voltou.
21:15E vale a gente ressaltar também que agora o desafio é ainda maior pelo fato do regime ter mudado na Síria,
21:23porque quando o Bachar Al-Assad cai na Síria, agora tem um regime que ele é basicamente...
21:29ele não é simpático ao regime iraniano.
21:34Então, a Síria, que era usada como caminho para ligar o Irã ao Líbano,
21:40agora já não pode mais haver, por exemplo, um transporte de armamentos como havia até então.
21:46Então, a situação é bastante delicada.
21:49Se você não pode sobreviver militarmente, você tenta sobreviver politicamente
21:53para tentar, de alguma maneira, enquanto sobrevive, se reorganizar.
21:58Uriã, rapidamente, para a gente finalizar, sem os dois principais fiadores, a Síria e o Irã,
22:03dá para a gente dizer que o Hezbollah acabou, no fim das contas, comprando uma briga que ele não podia pagar?
22:10Eu acho que é uma briga que saiu bastante cara, foi, de certa maneira, abandonado pelo Irã,
22:18quando o Irã tenta mudar aquela sua tática de ter aquela paciência estratégica,
22:24de sempre que ele ia retaliar a Israel, ele, normalmente, ele retaliava por um desses grupos.
22:33Em um momento no qual o Irã, ele começa a fazer ataques diretos contra Israel,
22:38como a gente viu, aqueles ataques com mais de 200 drones, alguns mísseis também,
22:44ele não bancou também até o final.
22:46Então, acho que não foi a defesa de Israel, desculpa, do Hezbollah, como o grupo estava esperando,
22:54então, acabou ficando ali numa posição bastante vulnerável.
22:59Bom, mestre em Relações Internacionais, Uriã Fanceli, participando aqui com a gente,
23:02mais uma vez, no JP Internacional. Uriã, muito obrigado, hein?
23:06Obrigado, até a próxima.
23:07Até a próxima.
23:08Agora, chegou aquele momento da gente conferir o que de mais importante aconteceu na semana
23:12no Radar Internacional.
23:14Hora da gente conferir, então, o que foi manchete, o que foi destaque ao redor do mundo
23:26nos últimos dias, mais uma semana muito agitada e o Radar Internacional não deixa passar nada batido.
23:31Vamos começar pela Alemanha?
23:33A União Democrática Cristã, partido que venceu as eleições em fevereiro,
23:37finalmente concluiu o acordo de coalizão para formar governo no país.
23:41O anúncio foi feito por Friedrich Merz, que deve ser oficializado chanceler em maio,
23:46com o apoio dos sociais democratas, que são o atual governo.
23:50Mais de 220 pessoas morreram e centenas ficaram feridas após uma boate desabar em Santo Domingo,
23:56a capital da República Dominicana.
23:58O local recebia um show de merengue e, segundo especialistas,
24:02a estrutura pode ter sofrido com o excesso de peso.
24:05Delegações da Rússia e dos Estados Unidos se reuniram em Istambul, na Turquia,
24:11para buscar uma reaproximação diplomática entre os países.
24:14Moscou quer apoio para a retirada das sanções ocidentais,
24:18um dos pontos fundamentais para destravar o acordo de cessar fogo com a Ucrânia
24:22e, quem sabe, essa reunião pode ter ajudado um pouquinho nesse quesito.
24:26Vamos mudar a nossa página aqui no radar dessa semana?
24:28Em Nova Iorque, um helicóptero com seis pessoas a bordo caiu no Rio Hudson, próximo de Manhattan.
24:35Entre as vítimas estavam o executivo da Siemens e três crianças.
24:39As causas do acidente ainda estão sendo investigadas.
24:43O presidente Emmanuel Macron afirmou que a França deve reconhecer o Estado palestino em junho.
24:48O anúncio deve acontecer em uma conferência com a Arábia Saudita,
24:51programada para o fim do semestre.
24:53Depois de Espanha, Irlanda, Noruega, entre os europeus,
24:56chegou a vez da França reconhecer a Palestina também.
25:00Já na Ucrânia, o presidente Volodymyr Zelensky afirmou que tropas capturaram dois chineses
25:05que lutavam com as forças russas.
25:07Mas esse número escalonou.
25:09Segundo a inteligência americana, mercenários chineses passam da marca dos 120.
25:14O presidente ucraniano afirmou que a China estava ciente da participação dos combatentes,
25:19mas o governo de Pequim afirmou que Zelensky faz comentários irresponsáveis.
25:25Virando a nossa página aqui do Radar Internacional,
25:27indo agora para o que vai acontecer na semana que vem, começando já pelo domingo.
25:31No segundo turno, milhões de equatorianos vão às urnas para escolher o novo presidente equatoriano.
25:37A disputa é entre o centro-direitista Daniel Noboa, atual presidente Tampão,
25:43e a esquerdista Luísa Gonçalves, levemente à frente nas pesquisas lá no Equador.
25:48Mas esse levemente à frente nas pesquisas é bem levemente mesmo.
25:51O famoso empate técnico, 51% para um, 49% para outro.
25:55Certeza de muita emoção nos próximos dias lá no Equador.
26:00Já o ex-cineasta Harvey Weinstein vai passar por um novo julgamento por agressão sexual em Nova York.
26:06Um dos principais nomes da história de Hollywood é acusado de abusar de uma mulher em um hotel em Manhattan em 2006.
26:13Agora presta atenção nessa história que vai dar muito o que falar, viu?
26:16A Corte Suprema do Reino Unido vai julgar a definição legal de mulher.
26:22A ação veio de um grupo na Escócia que afirma que as proteções de gênero devem valer apenas para as pessoas cis.
26:28Ou seja, as mulheres que nascem mulheres e permanecem com essa identidade biológica ao longo da sua vida.
26:34E elas dizem que essas leis, o governo, melhor dizendo, diz que as leis devem se aplicar também para as pessoas trans.
26:41Ou seja, aquelas que têm alguma mudança de gênero com certificado de gênero.
26:46Isso vai ser decidido pela Suprema Corte Britânica nesta semana.
26:50Esse é o nosso Radar Internacional, que volta na semana que vem.
26:53Receber uma quantia fixa mensal sem exigência de trabalho não leva as pessoas a trabalharem menos.
27:06E ainda melhora a saúde mental.
27:09Reportagem de Grieco Holtz.
27:10Essa foi a conclusão de um estudo conduzido na Alemanha entre junho de 2021 e maio de 2024,
27:19com 107 participantes que receberam 1.200 euros mensais, cerca de 8 mil reais, durante três anos,
27:27sem qualquer condição para o recebimento.
27:29O estudo, o maior já feito sobre a renda básica universal no país,
27:33mostrou que essas pessoas não se afastaram mais do mercado de trabalho do que o grupo de controle,
27:39composto por 1.580 indivíduos, que não receberam a quantia.
27:44Na verdade, o que se destacou foi a melhora no bem-estar e na qualidade de vida dos beneficiários.
27:50De acordo com o Instituto Alemão de Pesquisa Econômica,
27:53os participantes que receberam valor mensal relataram maior satisfação com a vida
27:57e uma sensação ampliada de controle sobre suas decisões.
28:02Além disso, passaram a se dedicar, em média, quatro horas a mais por semana a atividades sociais.
28:07Isso, segundo os pesquisadores, pode estar diretamente ligado ao dinheiro extra.
28:13As atividades sociais costumam ser acompanhadas de gastos,
28:17seja para ir ao restaurante, comprar ingressos do cinema ou atividades de lazer conjunta,
28:22explicaram os autores.
28:24Apesar das mudanças no comportamento,
28:26os pesquisadores destacaram que os beneficiários não alteraram sua visão política,
28:31nem traços de personalidade, como a disposição para assumir riscos.
28:35Para a psicóloga Susan Feidler, da Universidade Econômica de Viena,
28:39o ponto central está nas novas possibilidades que o dinheiro proporcionou.
28:44Os participantes do estudo atuaram de forma diferente,
28:48não porque mudaram sua personalidade, mas sim porque mudaram suas possibilidades, afirmou.
28:54A proposta da RBU tem ganhado cada vez mais atenção global,
28:58especialmente diante dos impactos que a inteligência artificial pode causar no mercado de trabalho.
29:03Na Finlândia, o experimento semelhante, realizado entre 2017 e 2018,
29:09também constatou efeitos positivos no bem-estar dos beneficiários.
29:12Um pouco mais de dinheiro no bolso nunca faz mal para ninguém, né?
29:18Quem sabe chega por aqui também.
29:20O JP Internacional dessa semana vai ficando por aqui,
29:23mas a gente segue de olho em tudo o que acontece ao redor do mundo.
29:27Nosso próximo encontro é no sábado que vem,
29:29e claro, ao longo de toda a programação da Jovem Pan News.
29:32Muito obrigado pela sua companhia, até a próxima.
29:34A opinião dos nossos comentaristas não reflete necessariamente a opinião do Grupo Jovem Pan de Comunicação.
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