A vida e a obra do diretor Luiz Rosemberg Filho | dG1fMHJjSzlKWU9NbmM
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00:00Outro dia uma menina me perguntou, se eu tivesse que definir o que era o cinema, como eu definiria
00:06com poucas palavras.
00:08Eu disse para ela que o cinema para mim é uma carta de amor ao outro.
00:12Uma das coisas que eu aprendi com o cinema foi a me aproximar de pessoas representativas
00:19para o meu crescimento, para a minha vida, que são, na verdade, solárias e que me fizeram
00:25acreditar que a vida não era só uma censura permanente, vinda de cima para baixo, e sim
00:31um gesto de liberdade.
00:33A mesma liberdade que você tem no ato afetivo, no ato amoroso, no sentido de prazer, no sentido
00:38do gozar, você encontra isso nas relações de amizade.
00:42Eu acho que é fundamental o cinema pensar esse viés, não do capital, não da ideologia
00:48dominante, não da dominação através da imagem, mas através do afeto, das relações
00:54afetivas, da troca.
00:55Eu não devo nada ao Brasil, devo aos amigos, muitos amigos.
01:24Eu sempre fui inquieto, na verdade não sei o que eu sou, eu sou muita coisa, na verdade,
01:45eu acho que se me perguntarem o que você é, eu sou tudo, eu sou escritor, eu sou jornalista,
01:52eu sou cineasta, e também não sou nada, eu sou Luiz Rosenberg filho, para os mais
01:57Ãntimos.