Codinome Clemente | movie | 2019 | Official Trailer

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Carlos Eugênio Paz relembra sua participação na luta armada contra a ditadura militar entre as décadas de 1960 e 198 | dG1fYUVWeDZkbWVnSFk
Transcript
00:00 Era uma guerra.
00:02 Todo dia era dito à população brasileira que aquilo era uma guerra.
00:06 Me acusaram do que eu fiz, me acusaram de assaltar bancos
00:09 para conseguir recursos para derrubar a ditadura.
00:12 Atenção, Brasil!
00:14 As tropas do segundo exército jacitearam o estado da Guanabara.
00:20 Eu falei, "Pô, tem que sumir.
00:22 A partir de agora eu sou apenas o Clemente."
00:25 Ele é uma pessoa que tinha uma noção muito clara
00:28 de como organizar uma ação.
00:31 Eu vim aqui nessa esquina, já com a metralhadora na mão.
00:34 Dei uma rajada curta nos pneus do carro que estava na frente
00:38 e os quatro companheiros se aproximam e rendem
00:41 os quatro guardas, o gerente e o motorista da Combi.
00:45 Nós somos um povo que luta e não um povo que apanha.
00:48 Apanhamos porque lutamos.
00:50 A média dos companheiros, quando eles voltavam para a mãe de Cuba,
00:54 era de nove a dez, onze meses de sobrevivência.
00:59 Quando a gente chega aqui, eu falei assim para o Yuri,
01:03 "Dá um balão e vamos em cima dos caras."
01:05 Os caras pegaram a Combi, atravessaram ela no meio da rua
01:08 e passaram fogo.
01:10 Então eu peguei a minha Luga e fui atirando, atirando, atirando.
01:15 O prêmio pela minha cabeça era um milhão de dólares da época.
01:21 Se o Carlos Eugênio fosse capturado, com certeza seria torturado até a morte,
01:26 porque era um cara que era odiado.
01:28 Foi uma derrota para a repressão, né?
01:30 Deixar que o Carlos Eugênio sobrevivesse.
01:33 Que saibam os golpistas, que se nesse país tiver golpe,
01:39 vai ter sempre gente que vai resistir.
01:42 Sempre gente que vai resistir.
01:44 [Música]
01:50 [Música]

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