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Existe um lado oculto dos aplicativos de prestação de serviços, geridos por grandes empresas, como o Uber e Airbnb, que ganhou o nome de Uberização do trabalho, como explicou ao GGN o pesquisador de tecnologias digitais, Rafael Zanatta: “Uberização é um conceito usado para designar esse tipo de economia, no qual você tem pares oferecendo um serviço ou um produto, uma relação de troca, mas, no meio, você tem um intermediário extraindo valor dessas partes e não estabelecendo uma relação de trabalho formal com elas”. Os donos das plataformas detêm, em média, 25% a 30% do valor dos serviços prestados, sem um contrato que assegure direitos trabalhistas.

Essa entrevista foi concedida no dia do lançamento do livro ‘Cooperativismo de Plataforma: contestando a economia do compartilhamento corporativa’, do professor de cultura e mídia digital da The New School, de Nova York, Trebor Scholz, que acaba de ser lançado no Brasil pelas editoras Autonomia Literária e Elefante e a Fundação Rosa Luxemburgo, com tradução de Rafael Zanatta.

Repórter: Lilian Milena
Edição de imagem: Pedro Garbellini