BRASILEIRO PRESO NA VENEZUELA FOI FAKE NEWS PROGRAMADA

  • há 6 anos
São bastante elucidativos os comentários do cidadão brasileiro Jonatan Moisés Diniz, o gaúcho residente entre Santa Catarina e os Estados Unidos que recentemente foi preso e depois expulso da Venezuela, por atividades políticas consideradas ilegais.



Os comentários são elucidativos não das atividades de Diniz, que seguem tão confusas e mal explicadas como despontaram no noticiário em dezembro passado, mas dos mecanismos que produzem o próprio noticiário.



Ou da máquina de produzir difamação contra o regime venezuelano, em que se transformou a mídia corporativa mundial, com especial destaque para o seu braço brasileiro.



Em post no Facebook, Diniz afirmou que sua prisão foi planejada por ele, para chamar a atenção sobre a sua ONG supostamente dedicada à benemerência - a Time to Change the Earth, ou Tempo de Salvar o Mundo.



"Se eu fui pra lá e eu fui preso, foi porque eu incitei ser preso, porque eu planejei ir para a Venezuela chamar a atenção e ser preso", esclareceu o salvador. "Porque eu, sozinho, com o dinheiro que eu tinha, não ia dar pra salvar nem cem crianças".



O benemérito compatriota disse mais, sobre o seu ardil estratégico:



"Eu indo pra cadeia, aconteceu exatamente como estava no meu plano, chegar nas televisões. Não fizeram nada de mal comigo e o plano deu absolutamente certo. Peço desculpa se as pessoas ficaram receosas, mas os fins justificam os meios".



A mesma mídia que agora, constrangida, noticia essas explicações do fraudador é incapaz de reconhecer claramente a fraude e se desculpar por ela.



Porque ela foi, é e seguirá sendo o meio utilizado para qualquer tipo de mentira, exagero e manipulação que levem ao fim do regime bolivariano na Venezuela.



Todo o lixo político disponível será utilizado como um tesouro editorial, sempre justificável, para que esse objetivo seja atingido.



Diante de uma confissão de tramóia tão cristalina como essa de Diniz, dessa transparência no ardil para "chegar nas televisões", o que são mesmo as fake news?



Informações falsas ou manipuladas que são difundidas nas redes sociais? Mentiras de internet, como define a mídia corporativa?



Ou quiçá o conceito deva incluir também o endeusamento de picaretas antibolivarianos como heróis da liberdade, nos jornalões, revistas, rádios e TVs, entre outros infinitos exemplos similares ao caso Diniz?



De nada serve à vida democrática uma imprensa que se usa e se deixa usar para a manipulação da informação, seja por razões comerciais ou políticas.



Os Diniz vicejam onde o jornalismo se converte em propaganda.

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