Som de britadeira, alarme, toca o celular Eu não escuto, eu só enxergo a propaganda Soa a sirene, canta o pneu da ambulância E o mendigo quando sussura, diz que me ama
Sigo o caminho de casa sozinho, sinto pressa Penso naquele mendigo, na vida, corro à beça Sinto que deus nunca existiu, nunca existirá E me espanto
Cresce a cidade, mais uma légua, há quanto tempo? Chega mensagem, eu não escuto, eu não me lembro Um som mecânico toca ainda mais uma canção Já não me canso, mas eu insisto: eu não sou triste
Todos os dias nesse caminho quero avançar Quero que o mundo exiba seus sonhos no cinema Quero que deus possa morrer, possa descansar Nesse canto
Mansidão Tudo coube aqui Solidão Só eu quis cantar Tudo coube em mim Essa vastidão Todo o mundo em mim Me encanto
César Lacerda: voz e violão Romulo Fróes: voz Rodrigo Campos: guitarra