Madrid anuncia controlo da polícia regional da Catalunha

  • há 7 anos
O Executivo espanhol assumiu o controlo das forças de segurança regionais da Comunidade Autónoma da Catalunha, de forma a impedir o referendo relativo à independência da mais rica das regiões do país.

O ministério espanhol do Interior (Administração Interna) comunicou ao Governo da Generalitat o envio de reforços do Corpo Nacional de Polícia, assim com de elementos da Guardia Civil para prestar apoio aos agentes da região autónoma.

Interior asume la coordinación de las Fuerzas de Seguridad en Cataluña https://t.co/B5EjyTpP9b #EFEURGENTE— EFE Noticias (@EFEnoticias) 23 de setembro de 2017

A medida implica que seja suspensas algumas das competência dos Mossos d’Esquadra, a polícia autónoma catalã e está prevista na lei espanhola.

O mecanismo implementado pelo Estado espanhol é semelhante ao adotado durante as operações coordenadas que se seguiram aos atentados jiadistas de Barcelona e Cambrils (província de Tarragona) em agosto.

Tensão nas ruas de Barcelona

A decisão foi tomada depois das manifestações da passada semana contra as detenções de diferentes altos cargos do Governo catalão, dia 20 de setembro.

Pelo menos 14 pessoas foram detidas, acusadas pelas autoridades espanholas de responsabilidade na preparação do referendo.

As manifestações em Barcelona a favor da realização do referendo relativo à independência da Catalunha, previsto para dia 1 de outubro, mas suspenso pelo Tribunal Constitucional espanhol, têm vindo a crescer em número e em grau de intensidade.

Tardà (ERC): “Hoy quizás se sentirán más fuertes” controlando a los Mossos https://t.co/wT71sjMJFH pic.twitter.com/s3ZOSs2b31— Europa Press (@europapress) 23 de setembro de 2017

Depois das detenções, milhares de pessoas manifestaram-se diante do edifício do Conselho de Economia do Governo catalão (órgão correspondente a um ministério regional para a economia) para protestar, destruindo veículos da Guardia Civil e impedindo a saída dos polícias do local onde tinha lugar a intervenção.

Nos dias que se seguiram às detenções, multidões foram-se concentrado à porta do tribunal onde eram tomadas as declarações dos detidos.

Com EFE