Trump pediu ao Presidente do México para não dizer que não pagaria muro

  • há 7 anos
A divulgação de transcrições de conversas telefónicas tensas do Presidente dos Estados Unidos com o homólogo mexicano, Enrique Peña Nieto, e com o primeiro-ministro da Austrália, Malcolm Turnbull, promete trazer dores de cabeça adicionais à administração Trump.

Ao líder do executivo australiano – durante a primeira conversa oficial entre ambos no dia 28 de janeiro – Trump descreveu o acordo de migração entre os dois aliados como “estúpido”, “nojento”, “horrível” e acrescentou ser “uma vergonha para os Estados Unidos.” Terminou a chamada em tom amargo dizendo: “Pela parte que a mim diz respeito, chega Malcom. Estou farto. Tenho feito estas chamadas todo o dia e esta foi a mais desagradável do dia. A chamada com o Putin foi agradável. Isto é ridículo”.

O “The Washington Post” faz eco dos diálogos em que se percebe que também o Presidente do México foi pressionado para que parasse de dizer em público que não iria pagar pelo muro na fronteira entre os dois países.
De acordo com o jornal, o pedido foi verbalizado durante a primeira chamada oficial entre os dois chefes de Estado, sete dias depois da tomada de posse de Trump como Presidente dos Estados Unidos.

Trump insistia em que a postura de Peña Nieto “o deixaria mal visto.”

No Senado mexicano ouviram-se críticas sobre a “condescendência” e falta de firmeza de Enrique Peña Nieto em relação a Trump.

“Trump nunca parou de falar com arrogância, com grosseria e esta é a prova de que o Presidente mexicano não foi capaz de resistir, de lhe responder, de exigir a Trump para refrear a insolência”, disse o senador Miguel Barbosa, do Partido da Revolução Democrática.

Uma das principais promessas de campanha de Trump foi a de erguer um muro na fronteira com o México.

Alheio à posição do país vizinho, disse que seriam os mexicanos a pagar a fatura mas também já propôs instalar painéis solares no muro para que a energia produzida ajude o México“a pagar muito menos”.

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