Cerca de cinco centenas de pessoas protestaram este sábado junto ao terminal 4 do aeroporto internacional John F. Kennedy, em Nova Iorque, contra a ordem executiva do presidente Donald Trump, que proíbe a entrada nos Estados Unidos aos cidadãos de sete países muçulmanos (Síria, Iraque, Irão, Sudão, Líbia, Somália e Iémen).
O protesto foi desencadeado como resposta à notícia de que seis passageiros, cinco do Iraque e um do Iémen, que queriam embarcar num voo rumo a Nova Iorque, foram impedidos de entrar no avião da EgyptAir na cidade do Cairo, apesar de terem passaportes com autorização de entrada nos Estados Unidos.
Let Them In! #Muslimban #Terminal4 pic.twitter.com/zej9DZWYzO— Amira Pettus (@apettus3) January 28, 2017
As pessoas que estavam já em viagem quando a lei entrou em vigor foram detidas à chegada aos aeroportos. É o caso de dois cidadãos iraquianos que foram detidos na sexta-feira no aeroporto John F. Kennedy. Um deles tinha trabalhado como tradutor para o exército norte-americano.
“Há outras dez pessoas, sobre cuja situação temos menos informações, mas que presumivelmente já tinham embarcado nos aviões quando a ordem executiva entrou em vigor e que estão agora aqui. Os advogados ainda não falaram com eles, por isso não sabemos que estatuto têm”, disse Jerrold Lewis Nadler, membro da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos.
Donald Trump assinou na sexta-feira uma ordem executiva que suspende durante 120 dias o programa de asilo do país e por 90 dias a entrada de cidadãos originários do Iraque, Síria, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iémen.
Esta suspensão não se aplica a pessoas com visto diplomático e funcionários da ONU, mas afeta até pessoas com autorização de residência nos Estados Unidos.
O mesmo decreto prevê também a proibição por período indefinido da entrada nos Estados Unidos de refugiados sírios.
Cerca de cinco milhões de sírios abandonaram o país desde o início do conflito sírio em 2011 e na Síria vivem vários milhões de deslocados.
A maioria dos refugiados sírios estão instalados em acampamentos provisóriso sobrelotados nos países vizinhos, principalmente na Jordânia, Líbano e Turquia.
Muitos deles dizem que a sua prioridade é regressar à Síria assim que a guerra termine.
Num acampamento de refugiados na localidade libanesa de Al-Marj, próxima da fronteira Síria, os refugiados sírios consideram humilhante a decisão de Trump:
“É injusto, para onde vamos? Fugimos à guerra e aos bombardeamentos, procuramos refúgio em lugar seguro e o presidente dos Estados Unidos rejeita-nos? Para onde temos de ir?”, disse Abu Ayman.
Trump reduziu ainda o número de refugiados que os EUA previam receber em 2017 de 110 mil para 50 mil.
Entre 1 de outubro de 2015 e 30 de setembro de 2016, os Estados Unidos da América acolheram 84.994 refugiados de várias nacionalidades, incluindo cerca de dez mil sírios.
O protesto foi desencadeado como resposta à notícia de que seis passageiros, cinco do Iraque e um do Iémen, que queriam embarcar num voo rumo a Nova Iorque, foram impedidos de entrar no avião da EgyptAir na cidade do Cairo, apesar de terem passaportes com autorização de entrada nos Estados Unidos.
Let Them In! #Muslimban #Terminal4 pic.twitter.com/zej9DZWYzO— Amira Pettus (@apettus3) January 28, 2017
As pessoas que estavam já em viagem quando a lei entrou em vigor foram detidas à chegada aos aeroportos. É o caso de dois cidadãos iraquianos que foram detidos na sexta-feira no aeroporto John F. Kennedy. Um deles tinha trabalhado como tradutor para o exército norte-americano.
“Há outras dez pessoas, sobre cuja situação temos menos informações, mas que presumivelmente já tinham embarcado nos aviões quando a ordem executiva entrou em vigor e que estão agora aqui. Os advogados ainda não falaram com eles, por isso não sabemos que estatuto têm”, disse Jerrold Lewis Nadler, membro da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos.
Donald Trump assinou na sexta-feira uma ordem executiva que suspende durante 120 dias o programa de asilo do país e por 90 dias a entrada de cidadãos originários do Iraque, Síria, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iémen.
Esta suspensão não se aplica a pessoas com visto diplomático e funcionários da ONU, mas afeta até pessoas com autorização de residência nos Estados Unidos.
O mesmo decreto prevê também a proibição por período indefinido da entrada nos Estados Unidos de refugiados sírios.
Cerca de cinco milhões de sírios abandonaram o país desde o início do conflito sírio em 2011 e na Síria vivem vários milhões de deslocados.
A maioria dos refugiados sírios estão instalados em acampamentos provisóriso sobrelotados nos países vizinhos, principalmente na Jordânia, Líbano e Turquia.
Muitos deles dizem que a sua prioridade é regressar à Síria assim que a guerra termine.
Num acampamento de refugiados na localidade libanesa de Al-Marj, próxima da fronteira Síria, os refugiados sírios consideram humilhante a decisão de Trump:
“É injusto, para onde vamos? Fugimos à guerra e aos bombardeamentos, procuramos refúgio em lugar seguro e o presidente dos Estados Unidos rejeita-nos? Para onde temos de ir?”, disse Abu Ayman.
Trump reduziu ainda o número de refugiados que os EUA previam receber em 2017 de 110 mil para 50 mil.
Entre 1 de outubro de 2015 e 30 de setembro de 2016, os Estados Unidos da América acolheram 84.994 refugiados de várias nacionalidades, incluindo cerca de dez mil sírios.
Category
🗞
Notícias