Myanmar: Inquérito interno nega genocídio contra minoria étnica

  • há 8 anos
No Myanmar, antiga Birmânia, uma comissão governamental, responsável por um inquérito a um alegado genocídio de uma minoria muçulmana, no estado de Rakhine, deu como não provada a matança.

As acusações tinham ganhado expressão depois de ser difundido um vídeo no qual se via a polícia a agredir, violentamente, um membro da etnia Rakhine, enquanto os outros assistiam, sem poder fazer nada.

O relatório da comissão, liderada pelo vice-presidente do país, concluiu que não houve abuso por parte da polícia.

No que diz relação às alegações de violação de mulheres desta etnia, por soldados, a comissão diz que as provas são “insuficientes”, mas garante que continuará a investigar as acusações de outros crimes e tortura. O documento será publicado no final de janeiro.

O antigo Secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, presidente de uma comissão independente para o estado de Rakhine, e que esteve no país no início de dezembro, tinha pedido ao exército do Myanmar para respeitar os direitos dos civis e, em particular, esta minoria étnica, cuja cidadania não é reconhecida pelo país e que, de acordo com as Nações Unidas, é uma das mais perseguidas do planeta.