Resolução da ONU sobre Israel intensifica fricções

  • há 8 anos
A aprovação da resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que condena a política israelita de construção de colonatos nos territórios palestinianos ocupados, incluindo Jerusalém Oriental, está longe de gerar consenso.

As críticas sucedem-se do lado israelita, a par das lamentações “pela forma como Obama se despede.”

“Penso que a ONU nunca representou o Estado de Israel. Foi sempre contra. Como sempre, continuaremos a fazer o que consideramos ser correto, para bem do Estado de Israel e do povo”, diz Shlomo Levi, residente no colonato Har Homa, em Jerusalém.

A abstenção dos Estados Unidos, que podia ter usado do direito de veto, tornou possível a aprovação da resolução, mas apesar da aparente vitória, muitos palestinianos, como Khalil Jemzawi, preferem não alimentar grandes esperanças: “Nada vai mudar. Isto tudo não passa de política e de conversa. Esperamos que este passo seja benéfico para o nosso povo. No entanto, não estávamos a contar com este voto e esperamos que as coisas saiam do papel e sejam visíveis no terreno.”

A resolução foi apresentada pela Nova Zelândia, Senegal, Malásia e Venezuela. Israel não tem relações diplomáticas com estes dois últimos países, mas já chamou para consultas os embaixadores na Nova Zelândia e Senegal.

Fontes do Governo israelita também falam na suspensão de uma visita do ministro dos Negócios Estrangeiros do Senegal e que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ordenou a suspensão de toda a ajuda e cooperação israelitas ao Senegal.

O gabinete do primeiro-ministro israelita disse, em comunicado, que Israel “está ansioso por trabalhar com o presidente eleito Donald Trump” para anular os efeitos desta resolução.

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