Grécia: Comissário europeu favorável a alívio da dívida

  • há 8 anos
Pierre Moscovici é favorável ao alívio da dívida grega. De visita a Atenas, o comissário europeu para os Assuntos Económicos afirmou que se a Grécia respeitar os compromissos, os credores devem “assumir as suas responsabilidades.”

FMI e instituições europeias vão avaliar se foram cumpridas as reformas e os objetivos fiscais impostos a Atenas no verão passado, em troca dos 86.000 milhões de euros do terceiro pacote de resgate.

#Greece can become an example for improved revenue collect° tackling #taxavoidance & ensuring fair burden-sharing across society AmChamGr— Pierre Moscovici (pierremoscovici) 28 novembre 2016

“O que espero é que possamos alcançar um compromisso e que, no sentido do progresso para a Grécia e para a zona euro, possamos alcançar um acordo antes do final da semana, por forma a que, a 5 de dezembro, tenhamos uma reunião do Eurogrupo bem-sucedida, que abra a via àquilo que procuro: um pacote, um acordo global”, explica Pierre Moscovici.

Long discussion with tsipras_eu. Good progress made in the second review. Need to see staff level agreement ahead of Monday’s #Eurogroup! pic.twitter.com/OMbC0fiLqI— Pierre Moscovici (pierremoscovici) 28 novembre 2016

O governo do Syriza está a tentar negociar uma redução drástica da dívida pública – que deverá atingir, este ano, mais de180% do PIB – para permitir à Grécia e aos gregos um novo fôlego económico.

“Não são só os cortes nas nossas pensões ou os empréstimos a pagar…. As nossas vidas ficaram viradas do avesso e nem sequer temos o essencial. Isto é válido para a minha irmã e o marido, mas também para mim”, explica uma reformada, ao lado da irmã.

“Não conseguimos fazer face a tudo. Aguentamos umas duas semanas e depois ficamos sem dinheiro. As pessoas não têm dinheiro para comprar comida”, queixa-se um reformado.

O FMI não é contrário a uma revisão da dívida grega. Para já, a maior reticência ao alívio da dívida vem da Alemanha.

O correspondente da euronews da Atenas, Stamatis Giannisis, explica: “O governo grego acalenta, contudo, a esperança de um alívio da dívida, que pode resultar de uma difícil negociação política com os credores. Mas mesmo se isso for alcançado, o povo grego não sentirá grandes benefícios e vai continuar a viver em austeridade.”