Exército anda mais rápido que empreiteiras na obra do Rio São Francisco

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FONTE:
http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2012/02/exercito-anda-mais-rapido-que-empreiteiras-na-obra-da-transposicao.html?utm_source=facebook&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar
07/02/2012
Exército anda mais rápido que empreiteiras na obra da transposição
Eixo Leste da obra do Rio São Francisco está 71% feito e Eixo Norte, 46%.
Nos trechos feitos pelo Exército, obra andou de 3 a 5 vezes mais rápido.
As obras da Transposição das águas do Rio São Francisco tinham o término previsto para este ano, mas estão atrasadas - em alguns lugares, os trabalhos estão paralisados. A obra começou em agosto de 2007, com investimento previsto de R$ 6,8 bilhões. São dois canais: o Eixo Leste - 71% concluído - vai ter 287 quilômetros, começando em Floresta, em Pernambuco, e indo até Monteiro, na Paraíba. O Eixo Norte parte de Cabrobó (PE), corta o Rio Grande do Norte e vai até o Ceará, com 426 quilômetros de extensão - nem a metade foi concluída (46%).

O projeto foi dividido em 14 lotes e a maior parte ficou com os consórcios das construtoras. Os trechos que ficaram sob a responsabilidade do Exército estão quase prontos. Neles, no ano passado, o avanço foi três vezes maior que o das empreiteiras no Eixo Norte e cinco vezes maior no Eixo Leste.

Em Cabrobó (PE), os soldados finalizam a barragem de Tucutu. Quando tudo estiver pronto, os militares vão terminar de retirar as plantas de uma área que tem o tamanho equivalente ao de 480 campos de futebol e será transformada em um imenso reservatório com capacidade para acumular quinze bilhões de litros de água. “Faltam apenas as obras em concreto, que são complementares, e elas devem ser concluídas no mês de abril de 2012”, explica o engenheiro do exército Aedson José.

Esperança?
A transposição vai levar água a doze milhões de pessoas em Pernambuco, na Paraíba, no Rio Grande do Norte e no Ceará, uma movimentação que encheu de esperança o povo das cidades da região. Mas das nove mil pessoas que chegaram a trabalhar nos canteiros de obras, menos de 4 mil continuam. “Foi embora a empresa e a gente tá esperando nesse vai e vem, vai e vem e nunca que chega essas empresas”, disse Cícero Ferreira de Oliveira, ex-agricultor e ajudante de terraplanagem.

Para o governo, o atraso nas obras é consequência da diferença entre o que foi acertado nos contratos e a realidade encontrada na região. Agora serão feitas novas licitações para os trechos que tiveram o trabalho interrompido. “Vamos iniciar em fevereiro, março e abril as licitações dos saldos remanescentes para que a gente possa no segundo semestre de 2012 atingir o nível máximo de execução e de contratação de mão de obra mobilizada no projeto da integração do São Francisco”, disse o ministro da integração Fernando Bezerra Coelho.