Trump revê discurso e admite manter parte da "Obamacare"

  • há 8 anos
Milhares de pessoas voltaram a manifestar-se contra a vitória eleitoral de Donald Trump, pela terceira noite consecutiva nos Estados Unidos.

Os protestos decorreram sem incidentes, em cidades como Nova Iorque, Filadélfia, Miami ou São Francisco.

Os manifestantes voltaram a condenar as declarações do candidato, durante a campanha, contra emigrantes e homossexuais ou as posições sexistas de Trump reveladas pela imprensa.

Um grupo de ativistas marcou já um protesto para o dia da investidura do novo presidente, a 20 de Janeiro, em Washington.

Críticas que contrastam com a mudança de tom de Trump que parece rever algumas das suas posições mais polémicas.

Na sua primeira entrevista, ao Wall Street Journal, o republicano admite a possibilidade de manter parte da reforma sanitária de Obama – “Obamacare”, que prometera desmantelar.

Ao nível de diplomacia, Trump afirma, no entanto, que a prioridade na Síria vai ser derrotar o grupo Estado Islâmico e não apoiar os rebeldes opostos ao presidente Bashar Al-Assad.

O vice-presidente eleito Mike Pence foi ontem nomeado responsável da equipa de transição, que inclui o ex-presidente da Câmara de Nova Iorque Rudi Giuliani, assim como vários membros da família de Trump, como a filha Ivanka ou o genro Jared Kushner.

A equipa de 16 pessoas, quatro mulheres e doze homens, inclui vários membros do Congresso próximos da ala ultraconservadora dos republicanos ou próximos de bancos de Wall Street como o Goldman Sachs (GS).

Steven Mnuchin, antigo responsável do GS é aliás apontado como um dos favoritos para assumir a pasta do Tesouro, depois de Trump ter criticado durante a campanha as “elites” de Washington e Wall Street.

Na equipa destaca-se também outro personagem polémico, Stephen K. Bannon, até hoje assessor de imprensa de Trump. O diretor do site de notícias Breitbart, conhecido pelas suas notícias “conspiracionistas”, poderia assumir o cargo de chefe de gabinete de Trump.