Conteúdo da gravação de Lula provoca indignação no Judiciário

  • há 8 anos
O conteúdo das conversas do ex-presidente Lula divulgado pelo juiz Sérgio Moro provocou reações indignadas de autoridades do Judiciário, do Ministério Público e do Senado.

No Supremo Tribunal Federal, as reações tiveram discursos firmes. O decano, ministro mais antigo do tribunal, Celso de Mello, foi taxativo no plenário e respondeu a afirmação do ex-presidente Lula em conversas gravadas de que o STF está acovardado.

“Esse insulto ao Poder Judiciário, além de absolutamente inaceitável e passível da mais veemente repulsa por parte dessa corte suprema, traduz no presente contexto da profunda crise moral que envolve altos escalões da república, uma reação torpe e indigna, típica de mentes autocráticas e arrogantes. Absolutamente ninguém está acima da autoridade das leis e da constituição do nosso país”.

O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, falou logo depois. “Eu queria dizer que os constituintes de 1988 atribuíram a esta suprema corte a elevada missão de manter a supremacia da Constituição Federal e a manutenção do estado democrático de direito. Eu tenho certeza de que os juízes dessa casa não faltarão aos cidadãos brasileiros no cumprimento deste elevado múnus”.

No Superior Tribunal de Justiça, que Lula também acusa de estar acovardado, o ministro João Otávio de Noronha reagiu.

“Esta casa não é uma casa de covardes. É uma casa de juízes íntegros, que não recebe doação de empreiteiras. Esta casa não se alia à ditadura da América do Sul. A atitude do juiz Moro, gostem ou não, certa ou errada, revelou a podridão que se esconde atrás do poder. Se alguns caciques do judiciário se incomodam ou invejam o prestígio que ele adquiriu, eu lamento”.

Os investigadores da Lava Jato também falaram. Em Curitiba, o procurador Deltan Dallangol reforçou que as investigações contra Lula foram pedidas pelo Ministério Público.

Em Brasília, mais um ato em defesa das investigações e do juiz Sérgio Moro. Os juízes pediram uma justiça independente e sem intimidações.

Da Suíça, o procurador-geral da República Rodrigo Janot também rebateu Lula. Disse que o Ministério Público não tem medo.

“O Ministério Público tem que ter couro grosso. O Ministério Público mexe com a liberdade das pessoas, com o patrimônio das pessoas e é normal que as pessoas reajam. O Ministério Público tem que agir com tranquilidade e tecnicamente, mas destemidamente. O Ministério Público não tem medo de nada”, aponta Rodrigo Janot, procurador-geral da República.
Lula, se referindo a Janot na gravação, falou em falta de gratidão.

“Não sei que ingratidão é essa. O que eu posso dizer é que eu entrei no meu cargo por concurso público, tenho 32 anos de carreira, percorri toda a minha carreira, estou em final de carreira e ...
http://g1.globo.com/hora1/noticia/2016/03/conteudo-da-gravacao-de-lula-provoca-indignacao-em-autoridades.html
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