• há 10 anos
O comissário europeu indicado pelo governo espanhol garante que já não tem conflito de interesses que o impeçam de ficar com a pasta do Clima e Energia.

Na audição no Parlamento Europeu, Miguel Arias Cañete explicou que cortou os laços que o ligavam à indústria petrolífera.

“Vendi as minhas ações e o meu filho demitiu-se do conselho executivo. Nem a minha esposa, nem o meu filho, nem eu próprio temos ações dessa empresa ou de qualquer outra. Que fique claro que a minha família não tem interesses nessa área”, disse o ex-ministro da Agricultura e do Ambiente do governo de Mariano Rajoy.

Enquanto os eurodeputados faziam perguntas, no exterior do Parlamento o grupo de ativismo social Avaaz organizou um protesto e uma petição que recolheu 300 mil assinaturas.

A correspondente da euronews, Marta Vivas Chamorro, acrescenta que “mais de 70 eurodeputados assinaram o manifesto, sendo a maioria membros do grupo dos verdes e dos partidos de esquerda. Pedem ao governo espanhol que apresente outro candidato”.

A petição tinha sido lançada apenas na véspera da audição desta quarta-feira, durante a qual o candidato se recusou a comentar o facto do cunhado continuar a ter posições nas empresas em causa.

O diretor de campanha da Avaaz, Luis Morago, realça que “os interesses pessoais e financeiros de Cañete e da sua família na indústria petrolífera, e o apoio sobejamente conhecido que deu à exploração petrolífera em Espanha, quando era ministro do Ambiente, fazem dele uma pessoa completamente desadequada para este cargo”.

Cañete foi, ainda, interrogado pelos comentários sexistas que fez durante a campanha para as eleições europeias de maio, pelos quais se desculpou dizendo que foram “desafortunados”.

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